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Decisões Extremas

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Por:   •  9/8/2014  •  1.206 Palavras (5 Páginas)  •  319 Visualizações

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Título no Brasil: Decisões Extremas

Título Original: Extraordinary Measures

País de Origem: EUA

Gênero: Drama

Duração: 106 minutos

Ano de Lançamento: 2010

Estréia no Brasil: 21/05/2010

Estúdio/Distrib.: Sony Pictures

Direção: Tom Vaughan

O filme Decisões extremas é baseado no livro The Cure: How a Father Raised $100 Million – And Bucked the Medical Establishment – in a Quest to Save His Children. O longa metragem narra o drama de John (Brendan Fraser) e Aillem Crowley (Keri Russell), um casal que tem dois filhos que sofrem de uma doença congênita, chamada doença de Pompe. Baseado em fatos reais, mostra a luta de um pai para encontrar um meio de salvar os seus filhos, que, apesar de desenganado pelos médicos, não perde a esperança. Sem medir esforços, entra em uma verdadeira batalha contra o tempo, demonstrando coragem, ousadia e sagacidade.

A trama do filme inicia mostrando o transporte das duas crianças portadoras da doença de Pompe, deixando claro que a família administra bem as dificuldades oriundas da situação dos filhos. O pai é um executivo muito bem remunerado, o que garante uma vida confortável à esposa e seus três filhos - um deles sem a doença -, com recursos que facilitam o cotidiano dos filhos doentes, como cadeiras de roda automáticas, automóvel adaptado e aparelhos médicos que são necessários.

Mesmo assim, o sofrimento do casal é inevitável por saberem que para esta doença não há cura, e que a expectativa de vida dos pequenos é de, no máximo, nove anos. Diante desta situação, o pai procura incansavelmente os avanços nas pesquisas sobre a doença e descobre sobre um possível controle para tal, realizada por Robert Stonehill (Harrison Ford), um pesquisador da Universidade de Nebraska. É impressionante a forma como esse encontro é bem dramatizado, e a forma como conduzem uma cena tão crítica, tornando-a cômica, o que, aliás, é uma característica marcante do filme: suavizar momentos dramáticos com um toque de humor. Deste encontro ficam dois sentimentos: a esperança, por descobrir que é possível desenvolver o medicamento que auxiliará no aumento da expectativa de vida de crianças portadoras dessa doença, e a revolta, ao nos depararmos com a realidade do quão desvalorizada é a área da pesquisa científica, pois o Dr. Stonehill deixa claro que pouco, ou quase nenhum investimento é dado para a sua pesquisa enquanto se investe mais em um time de futebol. Ao longo da trama, é possível verificar várias críticas às grandes corporações, o que na realidade, é uma característica predominante.

É neste momento que John toma uma decisão extrema, deixa seu emprego e se junta ao Dr. Stonehill em busca de investimentos para avançar sua pesquisa. Neste momento em que a relação entre pai dedicado e cientista egocêntrico é colocada a toda prova, são momentos em que o pesquisador põe tudo a perder ao não aceitar imposições dos financiadores. Pois estes possíveis investidores da pesquisa impõem que estas normas pré-estabelecidas sejam seguidas, é neste momento que o Dr. Stonehill discorda da aplicação “ao pé da letra” das regras, o que gera uma ruptura da negociação. Mesmo assim, John continua sua batalha de forma inteligente e sagaz, e decide ir à casa de um dos possíveis financiadores, a fim de lançar-lhe uma proposta. Entretanto esse homem não demonstra interesse, mas por insistência, se compromete a ler as propostas e, em menos de um minuto, decide se filiar ao Dr. Stonehill. Neste momento, fica clara a contradição dos investidores, que anteriormente primavam pela ética no desenvolvimento dos testes e agora demonstram uma preocupação superior com os lucros. A casa do médico executivo é uma denúncia de seu interesse capitalista acima de tudo.

Finalmente, as pesquisas do Dr. Stonehill ganham investimentos verdadeiros, porém competindo com mais duas pesquisas sobre o tratamento da doença de Pompe. Ao decorrer do filme, criam-se novas expectativas de otimismo com os avanços dos estudos ao serem desenvolvidos alguns medicamentos. Entretanto, o medicamento selecionado pela empresa para iniciar os testes não é a do Dr. Stonehill, que reconhece o seu medicamento como inacabado, mas afirma com precisão que a sua teoria é a melhor. Quando se acredita que tudo está resolvido e poderemos ver o pai esforçado triunfar, surge mais um problema. A ética não permite que o medicamento seja testado em parentes próximos aos funcionários da empresa, por questões de conflito de interesses. E essa posição não é tomada pelo pai das crianças, que é um dos gestores da empresa responsável pelo desenvolvimento do medicamento. John entra em desespero e mais uma vez toma uma decisão extrema, e é pego ao tentar roubar o medicamento, porém é salvo pelo Dr. Stonehill, que mesmo tendo sido traído pelo pai com a seleção dos medicamentos, ainda oferece-lhe a solução para o seu problema. Mais uma vez ocorre uma reviravolta no filme, e John é demitido para que a empresa possa realizar os testes nos irmãos que compartilham a mesma doença genética, o que é de extrema riqueza para a pesquisa.

O final do filme nos comove com a chegada do personagem de Harrison Ford ao hospital, e se entregando a emoção de ver as crianças, em gargalhadas, demonstrando bons resultados à pesquisa, devido à elevação do nível de açúcar no sangue. O pesquisador

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