Dinamica De Populações

DINÂMICA DE POPULAÇÕES

É comum definir população como um grupo de indivíduos da mesma espécie, ou que podem intercambiar informação genética (ODUM, 1988), que ocupa uma área ou volume e persiste ao longo de sucessivas gerações. Em alguns casos os limites das populações são facilmente identificáveis, como os indivíduos de uma espécie de peixe vivendo em um pequeno lago. Em outros casos, os limites são arbitrariamente definidos pelo pesquisador, dependendo dos seus objetivos. Pode-se pretender estudar, por exemplo, a população de afídios habitando uma folha, ou uma árvore, ou uma floresta inteira.

As populações tem características que lhe são peculiares e que se referem a elas como grupo, não podendo, não podendo se estender aos indivíduos isoladamente, como por exemplo a densidade, a natalidade e a mortalidade e o fitness ecológico.

DENSIDADE

É o número de indivíduos ou biomassa da população por unidade de área ou volume. Segundo ODUM (1988), às vezes, do ponto de vista biológico, a distinção entre densidade bruta e ecológica é mais importante. A primeira refere-se ao número de indivíduos ou biomassa por área ou volume total, enquanto a segunda refere-se ao número indivíduos por área ou volume que realmente pode ser colonizado pela população.

O mesmo autor cita o estudo de Kahl (1964) para ilustrar o contraste entre densidades bruta e ecológica. Em um pequeno lago na Flórida, a densidade de peixes diminui com a estação seca, mas a densidade ecológica aumenta à medida que os peixes se aglomeram em áreas cada vez menores de água (as poças que se formam). É neste período que os ovos eclodem, pois se torna mais fácil para os indivíduos adultos capturarem os peixes que servirão de alimento para os filhotes.

A densidade de uma população é regulada pelos processos de recrutamento (entrada de novos indivíduos por nascimento ou imigração), contrabalançados por processos de dispersão e mortalidade.

NATALIDADE, MORTALIDADE E TABELAS DE VIDA

A natalidade é expressa pela taxa de produção de indivíduos, seja qual for o processo: nascimento, eclosão, germinação ou divisão, ou número de indivíduos gerados por fêmea por unidade de tempo. A mortalidade refere-se ao número de indivíduos que morrem na população. Assim como a natalidade, pode ser expressa por uma taxa específica de mortes num dado intervalo de tempo ou em relação a qualquer parte da população.

A taxa de sobrevivência é muito importante em estudos populacionais, pois auxilia na compreensão da evolução de uma população. Se a taxa de mortalidade é M, a taxa de sobrevivência é 1-M.

As proporções entre os vários grupos etários de uma população interferem nas taxas de natalidade e mortalidade e determinam o estado reprodutivo atual da população e indicam o que poderá ser esperado no futuro.

As curvas de sobrevivência são a forma mais usual de representar os padrões de mortalidade de uma população (Figura 1). PEARL (1928) generalizou que haveria três tipos básicos de curva de sobrevivência. A do tipo I indica que a mortalidade está concentrada em idades mais avançadas. Este tipo é típico em humanos em países desenvolvidos e animais de