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Disfunção Erétil

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Por:   •  12/11/2014  •  1.492 Palavras (6 Páginas)  •  816 Visualizações

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Disfunção erétil ou impotência sexual é a incapacidade de iniciar e de manter uma ereção em, pelo menos, 50% das tentativas durante a relação sexual. Essa disfunção incapacita o homem a obter ou manter ereções suficientemente rígidas para a penetração vaginal, impedindo a satisfação sexual.

Em medicina, disfunção erétil é definida como “falta de habilidade masculina para obter ou manter ereção suficiente para o intercurso sexual”.

A ereção do pênis requer funcionamento orquestrado dos sistemas vascular, nervoso e hormonal. A mensagem do estímulo sexual disparada pelo cérebro é transmitida através da medula espinal, até as terminações nervosas que chegam aos corpos cavernosos — estruturas de consistência esponjosa que ao se encher de sangue provocam a ereção do pênis.

Quando recebem a mensagem, as células do endotélio (camada que reveste a parede interna das artérias) das artérias penianas liberam neurotransmissores, que vão relaxar a musculatura lisa dos vasos sanguíneos que nutrem os corpos cavernosos, facilitando seu enchimento.

O principal desses neurotransmissores é o óxido nítrico. O acúmulo dessa substância facilita o relaxamento das trabéculas que constituem o corpo cavernoso, para aumentar o fluxo de entrada do sangue. A maior parte dos medicamentos usados para tratamento das disfunções eréteis, exerce sua ação ao aumentar as concentrações desse neurotransmissor nos vasos do pênis.

Como os homens não gostam de admitir que sofrem de disfunção erétil, nem sempre é fácil estimar a prevalência do problema. Num dos estudos mais respeitados sobre o tema, o Massachusetts Male Aging Study , realizado com 1290 homens entre 40 e 70 anos, foi demonstrado que 52% deles apresentavam certo grau de disfunção e que 10% tinham total ausência de ereção.

As disfunções eréteis podem ser classificadas como psicogênicas, orgânicas ou mistas. As de causa orgânica podem ser de origem vascular, neurogênica, hormonal, induzida por drogas ou estar associadas a alterações anatômicas dos corpos cavernosos.

Ao contrário do que muitos imaginam, as causas orgânicas são as mais comuns: constituem cerca de 80% dos casos. As principais delas são as causas vasculares:

1) Aterosclerose:

É a mais comum de todas as causas. No mecanismo de formação das placas de aterosclerose ocorre agressão ao endotélio com consequente diminuição do diâmetro interno do vaso e dificuldade para manter o fluxo sangüíneo. O envelhecimento do endotélio também altera os níveis de óxido nítrico, prejudicando a entrada de sangue nos corpos cavernosos.

2) Cigarro:

Fumar durante muitos anos é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de disfunção erétil de causa vascular. As substâncias tóxicas presentes no cigarro provocam danos no endotélio e diminuem os níveis de óxido nítrico no pênis. Além disso, a própria nicotina provoca contração da musculatura lisa dos vasos que irrigam os corpos cavernosos, reduzindo o aporte sangüíneo para o local.

3) Diabetes:

No Massachusetts Male Aging Study , 28% dos diabéticos apresentavam disfunções eréteis, contra 9,6% dos não-diabéticos (prevalência três vezes maior). As causas estão ligadas à aterosclerose mais acelerada, às alterações nos tecidos dos corpos cavernosos e à neuropatia diabética.

4) Hipertensão arterial:

É causa importante de disfunção erétil como deixou claro o estudo americano já citado. Seria ela provocada pela própria hipertensão ou estaria relacionada com a medicação anti-hipertensiva? Essa polêmica foi esclarecida por um estudo recente: tanto os medicamentos quanto a própria hipertensão podem ser responsabilizados pelas dificuldades de ereção.

5) Hiperlipidemia:

A presença de altos níveis sanguíneos de LDL-colesterol, triglicérides e fibrinogênio estão associados à disfunção erétil tanto em fumantes como em não-fumantes.

A enumeração dos fatores acima mostra que disfunção erétil e doenças cardiovasculares compartilham fatores de risco semelhantes. Dificuldade de ereção pode constituir o primeiro sintoma de doença coronariana, uma vez que ambas estão ligadas a comprometimento do endotélio, estrutura essencial para a regulação das funções circulatórias.

Uma vez que os fatores de risco citados agem de forma sinergística sobre o endotélio vascular, a extensão e a gravidade do acometimento cardiovascular costuma ser proporcional ao grau de dificuldade de ereção.

Sobre a saúde sexual

Segundo estatísticas, 10 % dos homens entre 40 a 70 anos tem alguma forma de

disfunção erétil, e apenas 30% procuram ajuda médica. É a doença mais comum do sexo masculino e a menos tratada do mundo.

O Processo da Ereção

Sem estímulo sexual o pênis deve permanecer flácido ou relaxado. O pênis começa a intumescer quando o gatilho erótico do cérebro é disparado por estímulos eróticos - cheiro, visão, som, toque ou memória. Quem controla esta reação é a testosterona.

O cérebro comanda uma série de reações para nervos, vasos e músculos, que culminam com a ereção. Os corpos cavernosos enchem-se de sangue e o pênis torna-se rígido. As veias internas são comprimidas para evitar a saída de sangue.

Qualquer falha nesta reação em cadeia pode resultar numa disfunção erétil.

A falta de vontade (libido) para sexo, como a que ocorre no indivíduo hipoativo, ainda não tem tratamento. Isto é, não existe remédio que deixe o indivíduo "tarado" por sexo. Cada pessoa (ele ou ela) tem seu "apetite sexual" próprio.

Diagnóstico de Disfunção erétil

A impotência sexual tem cura e o primeiro passo é o diagnóstico correto.

Um dos exames realizados para detectar a disfunção erétil é a avaliação física global - teste de intumescência peniana noturna - realizada com auxílio de equipamentos específicos. Como todo homem tende a ter ereção dormindo, o aparelho mede a sua qualidade e a quantidade durante determinada fase do sono. O equipamento possui dois anéis conectados a eletrodos, colocados em volta do pênis, que analisam a qualidade das ereções noturnas e traçam um gráfico completo. Se as ereções espontâneas forem satisfatórias, significa que o sangue chega ao pênis e é corretamente represado. O distúrbio, portanto, tem fundo psicológico.

Outro recurso usado para o diagnóstico da disfunção erétil é o ecodoppler peniano, utilizado para medir o fluxo arterial e identificar eventuais obstruções arteriais penianas.

Um método menos popular são as injeções intracavernosas (dentro do corpo cavernoso do pênis) que aumentam o fluxo sanguíneo das artérias, diminuem o calibre das veias e relaxam a musculatura local, produzindo a ereção. O exame é feito no consultório médico e o remédio faz efeito em 10 a 20 minutos. Quem tem problemas psicológicos responde positivamente a este exame.

TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL

Muitos tratamentos começam com uma visita ao andrologista ou urologista que vai acompanhá-lo na pesquisa das condições atuais dos vasos penianos com alguns exames simples e pesquisa hormonal. Ao mesmo tempo em que o paciente está sendo submetido a exames físicos para checar alguma espécie de causa física, o ideal é que ele tenha um acompanhamento feito por um psicólogo especializado para que também seja pesquisado e entendido os aspectos emocionais resultantes da disfunção erétil. O trabalho do sexólogo vai desde o informativo até o esclarecimento, podendo ocorrer também um trabalho em conjunto com orientação ao par.

Alguns exames específicos como dosagens hormonais e avaliação do fluxo sangüíneo no pênis através de ultra-sonografia (com um método chamado cavernosograma por Doppler), onde se observa através de uma imagem colorida o fluxo sanguíneo peniano, podem ser realizados.

A possibilidade de qualquer tipo de doença orgânica deve ser afastada e avaliada para que se tenha um encaminhamento psicológico onde as questões emocionais poderão ser expostas de forma “limpa”. Mesmo assim, é bom ressaltar que mesmo que o distúrbio seja de causa orgânica, o psicológico muitas vezes também se encontra afetado. Alguns especialistas simpatizam com um tratamento a base de injeções intracavernosas. Mas alguns cuidados devem ser tomados como o tempo das ereções (que não devem ultrapassar 6 horas, com risco de priapismo e coagulação sanguínea intracavernosa), a freqüência das aplicações (que não deve ser superior a 3 vezes na semana com risco de fibrose e hematomas) e dosagem a ser utilizada (que deve ser a menor possível).

É preciso tomar cuidado com a administração de alguns remédios orais. Eles não afetam diretamente a ejaculação, o orgasmo ou a libido, permitindo a ereção desde que haja um estimulo sexual. Porém, é preciso estar ciente dos possíveis efeitos colaterais e contra indicações. O tratamento da disfunção erétil depende basicamente da causa do seu desencadeamento, seja da doença que a causou ou especificamente da disfunção. Deve-se ter cuidado para as soluções mágicas que o mercado tem apresentado para tal problema onde as pessoas no auge da aflição se sujeitam a coisas absurdas.

OBJETIVO DA TERAPIA

O objetivo da terapia é combater a ansiedade existente, desmistificando o valor cultural a que é dada muitas vezes a ereção. A maioria dos homens acredita que há algo errado no seu corpo, sem compreender que podem estar envolvidos nas causas da questão. Desejam que seus problemas tenham tratamento médico, preferencialmente através de pílulas, sem que se comprometam a mudar de estilo de vida ou cultivar o relacionamento. A sexualidade vai além do pênis ereto. O homem – o casal – precisa estar disposto, disponível para o encontro sexual. Afinal, sexualidade é carinho, é toque, é viver a espontaneidade. Não é obrigação nem cobranças – externas ou internas. Entrega e relaxamento podem ser os caminhos que estavam faltando.

O tratamento de qualquer disfunção sexual deve ser acompanhado por um profissional que possua conhecimentos dos mecanismos da resposta sexual quer sejam a anatomia e fisiologia da resposta sexual, assim como os seus estágios.

FONTE:

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/disfuncao-eretil

http://www.uro.com.br/viagtext.htm

http://drauziovarella.com.br/sexualidade/disfuncao-eretil-e-doenca-vascular/

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?732

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