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Doação De Orgãos

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Por:   •  27/8/2014  •  1.175 Palavras (5 Páginas)  •  315 Visualizações

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PORQUE A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS É UM PROBLEMA BIOÉTICO

Uma das maiores filas de espera no Brasil passa despercebida. Ela não dá voltas em prédios, nem interdita vários quarteirões, mas seria capaz de ocupar a extensão de 23 avenidas Paulistas. Segundo o Ministério da Saúde, o País tem 64 mil pacientes na fila de espera por um transplante de órgãos que será decisivo para a vida de cada um. Ao mesmo tempo, o número de doadores, que vinha aumentando nos últimos anos, parou de crescer desde 2005. Muitas famílias ainda rejeitam a doação por dilemas éticos e falta de informação, mas não se pode dizer que sejam egoístas.

De acordo com a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), no último ano foram transplantados 4.668 órgãos. Em 2005, o número foi 4.746 e, em 2004, 4.955. Esses resultados interrompem um crescimento iniciado em 1997, com a criação do SNT (Sistema Nacional de Transplantes), braço do Ministério da Saúde responsável pela regularização dos processos de captação e distribuição de órgãos, além de nortear políticas públicas.

Apesar de já preparada a capacitação para identificar potenciais doadores e realizar o transplante, um grande obstáculo a ser vencido é a recusa das famílias. Elas são as responsáveis legais pelo aval da doação, independente da vontade do falecido. No entanto, a quantidade de recusas é gigantesca: em Sergipe, a família proibiu a retirada dos órgãos em 51,4% dos casos, no Piauí, em 45,1%, e em São Paulo, em 26%

O profissional da saúde vai lidar com dois problemas, os dois tipos de tempo. Um é o cronológico, em que ele deve se apressar para fazer a retirada dos órgãos e o transporte sem perder nada. Essa parte é técnica e objetiva.

Mas também existe o tempo subjetivo. Durante a morte repentina, como são os casos de morte cerebral, a família sofre muito, pois nem teve tempo de se preparar. Os parentes vão tomar uma decisão muito abalada. Ali, não será feita a retirada de órgãos de um corpo, mas sim do ente querido. Os profissionais precisam respeitar esse tempo e a decisão, qualquer que seja, para evitar mais sofrimento aos familiares.”

HISTÓRIA DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

O primeiro transplante bem sucedido de órgãos aconteceu em 1954, em Boston (EUA), quando o Dr. Joseph E. M urray realizou um transplante de rins entre dois gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women. Murray se baseou na descoberta dos médicos até então de que em transplante entre gêmeos idênticos não havia o perigo de rejeição uma vez que o genoma de ambos, receptor e doador, é o mesmo.

Porém, foi somente na década de 60 que os médicos descobriram um meio de realizar um transplante de órgão entre não parentes sem que houvesse a rejeição. Mesmo assim, os riscos eram altos e as chances de sobrevivência após a cirurgia eram baixíssimos imunossupressores tiveram uma evolução tremenda e possibilitaram que a prática de transplantes de órgãos e tecidos se tornasse rotineira. Mas ainda faltava uma barreira a transpor: a falta de informação e o preconceito.

No Brasil a realização de transplante de órgãos começou em 1964 no Rio de Janeiro e é regulamentada pela Lei 9.434 de 4 de fevereiro de 1997 e pela Lei 10.211 de 23 de março de 2001 que determinam que a doação de órgãos e tecidos pode ocorrer em duas situações: de doador vivo com até 4º grau de parentesco desde que não haja prejuízo para o doador; e de um doador morto, que deve ser autorizada por escrito por um familiar até 2º grau de parentesco.

No Brasil 86% dos transplantes são realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com verbas do governo, ou seja, nem doador nem receptor precisam pagar pelas operações o que coloca o Brasil no segundo lugar do ranking de países com maior número de transplantes por ano, atrás apenas dos EUA (são cerca de 11 mil transplantados por ano).

http://www.infoescola.com/medicina/transplante-de-orgaos/

Doação após a morte

Tipicamente são pessoas que sofreram um acidente que provocou um dano na cabeça (acidente com carro, moto, queda, etc.). Para serem doadores pós-morte, os pacientes devem ter sofrido uma morte encefálica (morte do cérebro e tronco cerebral).

A família é que decide se os órgãos dever ser doados ou não,

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