Doença de Alzheimer
Tese: Doença de Alzheimer. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunasalomao • 26/5/2014 • Tese • 8.724 Palavras (35 Páginas) • 342 Visualizações
O que é Alzheimer?
No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas sofrem do Mal de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o mundo, 15 milhões de pessoas têm Alzheimer, doença incurável acompanhada de graves transtornos às vítimas. Nos Estados Unidos, é a quarta causa de morte de idosos entre 75 e 80 anos. Perde apenas para infarto, derrame e câncer.
Alzheimer: doença ligada ao envelhecimento afeta a memória recente
O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução do quadro, o alzheimer causa grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.
Anamnese / Entrevista
Anamnese de August Deter feita pelo Dr.Alzheimer - Original
Além das perguntas clássicas, o médico irá investigar alguns pontos específicos. A primeira visita ao médico deve ser preparada pelo familiar responsável, que, de posse de determinadas informações, poderá otimizar a entrevista.
É importante que os familiares descrevam:
• os primeiros sinais de anormalidade que foram detectados: data, tipo etc;
• a evolução dessas anormalidades: tempo de duração, ocorrências importantes e descrição detalhada das alterações atuais;
• doenças pregressas, especialmente acidente vascular cerebral (AVC) , cardiopatias, diabetes, depressão e doenças neurológicas;
• ocorrências mal esclarecidas nos antecedentes : desmaios, convulsões, quedas com contusão craniana, quedas suspeitadas não testemunhadas etc;
• medicação utilizada anteriormente e no presente momento, e os resultados obtidos.
Memória
• O paciente está com dificuldades nessa área?
• Encontra desculpas poucos razoáveis para os problemas que vêm enfrentando com a memória?
Comportamento
• O paciente tem explosões de raiva sem motivo relevante?
• Observam-se mudanças bruscas de comportamento?
• Tem estado deprimido? Desinteressado? Agressivo?
• Houve mudança marcante na personalidade prévia?
• Age antissocialmente?
• Apresenta comportamento sexual inadequado?
• Sente-se perseguido? Roubado? Tem visões? Ouve vozes?
Comunicação e autonomia
• Tem dificuldade para encontrar palavras?
• Apresenta problemas nas tarefas cotidianas? Recados telefônicos, vestir-se, controle do saldo bancário e banhar-se?
Orientação
• Apresenta dificuldades na orientação temporoespacial?
• Confunde dias e horários?
• Já se perdeu?
• Parece não saber onde está?
Hábitos
• Hábitos que o paciente mantém ou manteve: álcool, fumo, drogas ilícitas, contato profissional com tóxicos,padrão de sono, promiscuidade sexual etc.
Um dado comumente observado durante a anamnese é o chamado “sinal de virar a cabeça”.
Curiosidade:
Quando perguntados, por exemplo, quantos filhos têm, os pacientes com DA, muitas vezes, automaticamente , viram a cabeça em direção ao acompanhante e lhes dirigem a mesma pergunta.
Exame Físico
Após a anamnese detalhada, o paciente deverá ser submetido ao exame físico tradicional, com ênfase no sistema neurológico, que pode não apresentar alterações na fase inicial.
À medida que a doença evolui, alguns sinais costumam estar presentes, como alterações dos reflexos, sinais extrapiramidais que afetam aproximadamente 35% dos pacientes (desses sinais, a bradicinesia e a rigidez são os mais comuns), sinal de Babinsk positivo, mioclonias em 7% e 10% dos casos e estereotipias motoras.
Com as informações obtidas na anamnese e no exame físico, complementado com escores evidentes obtidos a partir dos testes de avaliação cognitiva, especialmente o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e a escala de Blessed, o diagnóstico poderá ser razoavelmente suspeitado ou afastado.
Escores fronteiriços necessitam de avaliação mais específica. Nesses casos, pode-se complementar o estudo comtestes específicos, como: escala de deterioração global, escala de ansiedade, escalas de depressão; Hamilton, Geriátrica etc.
A aplicação de testes e escalas é especialmente valiosa no diagnóstico diferencial de duas condições: depressão e demência por múltiplos infartos cerebrais.
De acordo com o próprio autor da escala isquêmica de Hachinski, atualmente sua utilidade limita-se aos serviços onde os métodos de imagem não são disponíveis.
As diferenças nas apresentações clínicas da doença de Alzheimer e da depressão são discutidas mais detalhadamente na seção “Diagnóstico Diferencial”.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Não há um teste laboratorial inquestionável que identifique a doença de Alzheimer. O método de aproximação diagnóstica é feito por exclusão de outras condições possíveis. Essas condições incluem as demências tratáveis e potencialmente reversíveis, como: depressão, hipotireoidismo, reação adversa a
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