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Dor Em cães

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Por:   •  19/3/2014  •  1.126 Palavras (5 Páginas)  •  303 Visualizações

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Esta é uma pergunta comumente feita por proprietários preocupados! E é natural tentar entender o que o animal está sentindo, por isso é correto acreditar que todo procedimento que causaria dor em humanos também causará dor nos animais.

A dor pode ser definida como a percepção de uma sensação desagradável originária de uma região específica do corpo. Ainda que em geral seja considerada ruim, a dor normalmente só ocorre quando há uma lesão tecidual real ou potencial, e na maioria das vezes serve como um alarme. Que de acordo com a experiência individual de dor poderá evitar o estímulo potencialmente prejudicial.

Além de ser desagradável a dor pode ter efeitos prejudiciais sobre outros sistemas orgânicos, interferir na função imune, aumentar o metabolismo tecidual ou diminuir função respiratória.

Nos animais a dor em geral está associada a inflamação ou traumatismo tecidual. É raro um animal ser levado ao veterinário com dor generalizada, mas sem qualquer indício de fonte de dor. Com frequência uma história de traumatismo fornece uma base importante para avaliação diagnóstica adicional. Da mesma forma, uma história que exclua traumatismo permite que o clínico se concentre em outros processos patológicos como doenças degenerativas, neurogênicas, viscerais e neoplásicas (câncer).

Os cães e gatos podem demonstrar a dor de várias maneiras, podendo apresentar alterações físicas e/ou comportamentais. Há ainda os animais que mesmo sofrendo de dor grave podem não manifestar nenhum sinal específico. Embora existam traços típicos da espécie, é frequente haver variação na resposta de um indivíduo a estímulos dolorosos, o que dificulta a interpretação do observador.

As alterações comportamentais associadas a dor incluem uma postura agressiva ou submissa, isolamento ou desinteresse com relação ao ambiente, perda do comportamento de saudação, depressão, agitação, inquietação, alteração nos habitos de cuidado consigo mesmo, anorexia, insônia, alteração da expressão facial e vocalização.

Os gatos com dor são geralmente silenciosos, mas podem rosnar ou silvar se provocados. Pode haver uma perda de apetite e tendência a se esconder. A postura corporal se torna tensa e o gato pode sentar curvado/ deitado sobre seu peito e relutando em se esticar. Um gato com dor severa pode uivar e demonstrar alterações de comportamento como desesperadas tentativas de fuga. Lambedura constante muitas vezes também pode ser associado com dor, mas comumente o gato apresentará uma pelagem descuidada com alteração do seu comportamento normal de lambedura/banho. Pode ocorrer ofego, aumento do pulso e dilatação das pupilas.

Cães com dor geralmente se apresentam quietos e menos alertas com movimentos tensos e sem disposição em se movimentar. O cão com dor severa pode deitar parado e adotar postura “agachada”. Numa dor menos severa ele pode parecer inquieto. Pode haver perda de apetite, tremores, aumento dos movimentos respiratórios e ofego. Latidos são improvaveis, o cão costuma mais choramingar ou uivar especialmente se deixados sozinhos. Podem rosnar sem causa aparente, morder ou arranhar as regiões dolorosas que podem se tornar um movimento repetitivo principalmente quando manipulado.

Há uma grande variação individual na reatividade de um animal a estímulos dolorosos, em sua resposta a dor e em seu comportamento. Além disso animais de matilha e animais que são presas potenciais podem mascarar sinais de enfermidade e desconforto. Cães podem continuar abanar suas caudas e gatos podem continuar ronronar, mesmo que estejam sofrendo de dor intensa.

Portanto uma maneira prática e segura de proceder no tratamento de dor é considerar que os animais provavelmente sentem dor em boa parte das situações que uma pessoa sentiria.

Como já foi dito, tanto em cães como em gatos sinais de desconforto, posturas corporais, expressões aflitas e tentativas de evitação ou fuga podem ser indicativos de dor, em especial quando comparados com comportamentos expressivos e posturas como solicitar atenção, ganir ou ronronar e esfregar a cabeça que podem ser indicativos de alívio da dor. Por outro lado, alterações de comportamento, como vocalização e agressão não são específicas da dor e podem estar associadas com muitos outros estímulos.

Qualquer alteração no comportamento, desejável ou não, pode ser indicativa de dor ou doença. Por exemplo, um animal pode se

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