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Efetividade Do Toque Terapêutico Sobre A Dor, Depressão E Sono Em Pacientes Com Dor Crônica: Ensaio Clínico

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Por:   •  13/6/2013  •  4.718 Palavras (19 Páginas)  •  880 Visualizações

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Efetividade do Toque Terapêutico sobre a dor, depressão e sono em pacientes com dor crônica: ensaio clínico

Efectividad del Toque Terapéutico en dolor, depresión y sueño en pacientes con dolor crónica: ensayo clínico

Ilda Estefani Ribeiro MartaI; Sueli Santiago BaldanII; Ani Fabiana BertonIII; Michele PavamIV; Maria Júlia Paes da SilvaV

IEnfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental. Professora do Curso de Medicina da Universidade Camilo Castelo Branco, Campus Fernandópolis. Fernandópolis, SP, Brasil. estefani@unicastelo.br

IIEnfermeira. Especialista em Saúde da Família. Mestranda em Promoção da Saúde da Universidade de Franca. Professora do Curso de Enfermagem das Faculdades Integradas de Fernandópolis da Fundação Educacional de Fernandópolis. Fernandópolis, SP, Brasil. ssbaldan@fef.br

IIIEnfermeira. Mestre em Enfermagem Psiquiátrica. Professora do Curso de Enfermagem das Faculdades Integradas de Fernandópolis da Fundação Educacional de Fernandópolis. Fernandópolis, SP, Brasil. aniberton@fef.br

IVEnfermeira Pós-Graduanda em Enfermagem do Trabalho do Centro de Aperfeiçoamento e Pós-Graduação da Fundação Educacional de Fernandópolis. Fernandópolis, SP, Brasil. mipavam@fef.br

VEnfermeira. Professora Titular do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. juliaps@usp.br

Correspondência

RESUMO

Este estudo teve como objetivo verificar a efetividade do Toque Terapêutico na diminuição da intensidade da dor, escores de auto-avaliação de depressão e melhora da qualidade do sono. Consiste em um ensaio clínico do tipo antes e depois, realizado com 30 idosos com dor crônica não-oncológica que receberam 8 sessões de Toque Terapêutico Método Krieger-Kunz na Unidade Básica de Saúde de Fernandópolis (SP), Brasil. A Escala Analógica Visual para dor foi aplicada antes e após cada sessão, o Inventário de Depressão de Beck e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, antes da primeira e após a última. A análise dos dados demonstrou diminuição significativa (p<0,05) na intensidade da dor, dos escores de auto-avaliação de depressão e do índice de qualidade do sono. Conclui-se que o Toque Terapêutico foi efetivo na diminuição da intensidade da dor, nas atitudes e nos sintomas depressivos e na melhora da qualidade do sono.

Descritores: Toque terapêutico. Terapias alternativas. Dor.

RESUMEN

Este estudio tuvo como objetivo verificar la efectividad del Tacto Terapéutico en la disminución de la intensidad del dolor, puntajes de autoevaluación de depresión y mejora de la calidad del sueño. Consistió en un ensayo clínico del tipo antes y después, realizado en una Unidad Básica de Salud de Fernandópolis - SP - Brasil, con 30 ancianos con dolor crónico no oncológico que recibieron 8 sesiones de Tacto Terapéutico Método Krieger-Kunz. La Escala Analógica Visual para dolor fue aplicada antes y después de cada sesión, el Inventario de Depresión de Beck y el Índice de Calidad del Sueño de Pittsburgh antes de la primera y luego de la última. El análisis de los datos demostró una disminución significativa (p< 0,005) en la intensidad del dolor, de los puntajes de autoevaluación de depresión y del índice de calidad del sueño. Se concluye en que el Tacto Terapéutico fue efectivo en la disminución de la intensidad del dolor, actitudes y síntomas depresivos y en la mejora de la calidad del sueño.

Descriptores: Tacto terapéutico. Terapias alternativas. Dolor.

INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional, inicialmente ocorrido em países desenvolvidos e, mais recentemente, nos países em desenvolvimento, tornou-se um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea(1).

Uma das conseqüências dessa mudança no perfil demográfico é a alta incidência de doenças crônicas e degenerativas, muitas delas acompanhadas por dor e, em uma significativa parcela, por dor crônica(2).

A dor crônica é aquela que persiste além do tempo necessário para a cura de uma lesão, ou está associada a processos patológicos crônicos. Em idosos, geralmente predomina a dor do tipo crônica, relacionada à patologia degenerativa(3).

Um estudo brasileiro com 451 idosos, servidores municipais de Londrina, PR, demonstrou que 51,4% apresentaram queixa de dor crônica(2).

Pessoas com dor crônica, freqüentemente apresentam manifestações emocionais de depressão e alterações na qualidade do sono(3).

Dor e depressão formam uma associação complexa, que se dá em uma via de mão dupla: a dor pode gerar a depressão pela sua trajetória de perdas e incapacidades; e a depressão apresenta diferentes tipos de dor dentre seus sintomas referidos(4).

Pesquisa realizada com 172 indivíduos de 60 anos ou mais, usuários de uma Unidade Básica de Saúde de Londrina-PR, demonstrou a incidência de dor crônica em 62,21% dos idosos estudados e, destes, 56,1% apresentavam depressão(5).

Estudos têm demonstrado uma correlação positiva entre intensidade da dor e sintomas de ansiedade e depressão(6-7). Enquanto a depressão, frequentemente, acompanha os quadros de dores crônicas, a ansiedade acompanha os quadros de dor aguda, ou de dores crônicas, nos quais o paciente não tem informações sobre seu estado e o que pode vir a acontecer(4).

Alterações na qualidade do sono em pessoas com dor têm sido relatadas em alguns estudos. Em um estudo com 92 pacientes oncológicos, observou-se que sinais e sintomas somáticos, dentre eles, alterações do sono, comuns à síndrome depressiva a ao câncer, apresentaram-se com freqüência muito maior no grupo de doentes com dor do que nos sem dor(7). Um estudo sobre a qualidade do sono em pacientes idosos com patologias vasculares periféricas demonstrou que a latência prolongada para o início do sono, embora não seja a mais comum entre idosos em geral, foi relevante nos pacientes com dor crônica(8).

O

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