ESTENOSE ACTINICA -SOBED

A radioterapia (RT)é uma modalidade de tratamento de várias doenças malignas do tórax, cabeça e pescoço.( Mesurolle, B. Unusual radiologic findings in the thorax after radiation therapy. Radiographics. 2000; 20:67–81.) Dois padrões de injuria esofágica após RT são estenose e alterações do peristaltismo. A estenose esofágica ocorre muitos meses após o fim da RT.( Lepke, R. Radiation-induced injury of the esophagus. Radiology. 1983; 148:375–378.) (Goldstein, H. Radiological manifestations of radiation-induced injury to the normal upper gastrointestinal tract. Radiology 1975; 117:135–140.) Muitos estudos mostram ocorrência de estenose esofágica bastante variável (0,8-30%) em casos tratados com doses de radiação superiores a 5000 cGy. (Coia, L. Late effects of radiation therapy on the gastrointestinal tract. Int J Radiat Oncol BiolPhys 1995; 31:1213–1236.) (Perez, C. A prospective randomized study of various irradiation doses in the treatment of inoperable non-oat-cell carcinoma of the lung: preliminary report by the Radiation Therapy Oncology Group. Cancer 1980; 45:2744–2753.)

O tratamento tradicional de estenose de esôfago pós-radioterapia é feito através do uso de velas. Posteriormente, dilatação com balão com controle radioscópico tem mostrado segurança e efetividade no tratamento de estenose benigno. (Choi, G. Fluoroscopically Guided Balloon Dilation for Patients with Esophageal Stricture after Radiation Treatment. J Vasc Interv Radiol. 2005; 16:1705–1709)

O uso da quimioterapia associada a radioterapia tem dramaticamente aumentado o número de pacientes que evoluem com formação de estenose após tratamento. (Lawson, J. Frequency of esophageal stenosis after simultaneous modulated accelerated radiation therapy and chemotherapy for head and neck cancer. Am J Otolaryngol 2008;29:13–19.) Porque o número de pacientes que sobrevivem ao tratamento está aumentando, mais atenção deve ser dirigida para perda funcional, para melhorar a qualidade de vida. (Ahlberg, A. Esophageal stricture after radiotherapy in patients with head and neck cancer: experience of a single institution over 2 treatment periods. Head & Neck. 2010; 452-61)

A estenose do esôfago após RT é muito caracterizada por fibrose causada por endarterite obliterativa progressiva, conduzindo a isquemia da parede esofágica. (Silvain, C. Treatment and long-term outcome of chronic radiation esophagitis after radiation therapy for head and neck tumors. A report of 13 cases. Dig Dis Sci 1993;38:927–931.) O exato mecanismo e também os fatores de risco da radiação para o desenvolvimento de estenose não são estabelecidos. Há evidências que a dose de radiação e o volume de esôfago radiado são de grande importância para acionar um processo que conduz a estenose. (Ahlberg, A. Esophageal stricture after radiotherapy in patients with head and neck cancer: experience of a single institution over 2 treatment periods. Head & Neck. 2010; 452-61)A estenose esofágica após RT é uma complicação de baixa incidência, dados levantado demonstram taxa de <5%. (Laurel,l G. Stricture of the proximal esophagus in head and neck carcinoma patients after radiotherapy. Cancer 2003;97:1693–1700.)

Estenoses de região faringoesofagiana são usualmente tratadas com passagem de endocópio através do esfíncter esofagiano superior e realizando uma variedade de técnicas convencionais, como os balões e as