Enfermagem Mental Idoso

1. INTRODUÇÃO

O aumento da incidência e prevalência das doenças mentais na terceira idade vem se

tornando um importante problema de saúde pública, principalmente evidenciado em

instituições dedicadas a cuidar dos idosos. Portanto, este estudo objetiva analisar a saúde

mental dos idosos institucionalizados, estudar se os transtornos cognitivos iniciaram antes ou

após a permanência destes idosos em instituições e identificar se o excesso de medicação

ocasionaria ou não problemas demenciais. Assim, correlacionar características da saúde

mental com a melhoria da qualidade de vida dos idosos e indicar possíveis soluções para

melhorar a saúde mental dos mesmos por meio de uma assistência da enfermagem

qualificada.

A saúde mental é ponto importante a ser destacado no idoso devido o aumento de

transtornos cognitivos e pode ser definida como atitudes positivas em relação a si próprio.

Em diversos estudos, a literatura enfatiza as síndromes depressivas e demências como os

problemas mentais mais prevalentes na população idosa. Consequentemente há um aumento

cada vez maior dessa população em instituições de saúde, em especial nos centros de

reabilitação (FILHA et. al, 2003).

As instituições, geralmente, são casas inapropriadas e inadequadas às necessidades do

idoso, as quais na maioria das vezes não lhes oferecem assistência social, cuidados básicos de

higiene e alimentação. Tendo como inconveniente favorecer isolamento, inatividade física e

mental, contribuindo dessa forma, para agravar a sua saúde mental (OLIVEIRA, 1985).

Os idosos quando afastados da família, de seu ambiente familiar, das relações nas

quais sua história de vida foi construída, acabam trazendo para si marcas e seqüelas das

doenças crônicas não transmissíveis, que são os motivos principais de internações nas

instituições (OLIVEIRA, 1985).

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Argumenta-se que o longo tempo de institucionalização pode causar ou agravar os

déficits cognitivos nesses pacientes devido ao ambiente pouco estimulante, ao excesso de

medicação e a outros fatores encontrados nesses locais, contribuindo para o número de

doenças psiquiátricas (GORZONI & PIRES, 2006).

É fundamental para o profissional de enfermagem distinguir o processo de

senescência (o envelhecimento fisiológico do indíviduo) e a senilidade (processo de

envelhecimento acompanhado por uma patologia). Com isso, analisar que cada idoso possui

a sua história de vida, influenciada por aspectos fisiológicos, psicológicos, patológicos,

sociais, culturais e econômicos. Baseado nestas questões, saúde mental para o idoso pode

significar diferente do que pode significar para o profissional da saúde. É uma área que

requer ainda grande investimento no ensino, na pesquisa e na assistência (TOWNSEND,

2002).

Entretanto, é importante a atuação dos profissionais de enfermagem juntamente com a

equipe interdisciplinar devido à carência desses profissionais na área, avaliando em especial

a saúde mental desses idosos que muitas vezes é influenciada pelo local onde vivem (LÉON

& GIGLIO, 1998).

Contudo, o profissional de enfermagem deve destacar a qualidade de vida desses

idosos sabendo que esta abrange aspectos sociais, ambientais, espirituais, emocionais e

físicos e favorecer a melhora terapêutica dos mesmos.

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2. JUSTIFICATIVA

O processo do envelhecimento é natural e contínuo, no qual estabelecem um declínio

progressivo das funções do organismo, principalmente do cognitivo, e conseqüente o

surgimento de doenças crônico-degenerativas, interferindo nas atividades de vida diária

(AVD’s), como higiene pessoal, vestuário, alimentação e atividades fisiológicas, onde há

importância da atuação da enfermagem e na conscientização da sociedade sobre a

importância dos cuidados na saúde mental do idoso (STUART & LARAIA, 2001).

Entre as pessoas idosas, a doença mental destaca-se como das mais importantes

doenças, que acarretam declínio funcional progressivo e perda gradual da autonomia e da

independência. A incidência e a prevalência das doenças mentais aumentam

exponencialmente com a idade, o que torna a saúde mental um problema prevalente de saúde

publica (STUART & LARAIA, 2001).

Portanto, é necessária atuação efetiva e aprimoramento dos profissionais de

enfermagem no conhecimento dos transtornos cognitivos, assim como na melhora da saúde

mental do idoso e a realização de estudos nessa área devido à escassez de conhecimentos.

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