Epidemiologia Da cárie
Pesquisas Acadêmicas: Epidemiologia Da cárie. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: meri123 • 24/2/2014 • 2.588 Palavras (11 Páginas) • 2.856 Visualizações
O QUE É EPIDEMIOLOGIA?
Em sua etimologia, significa “estudo do que ocorre em uma população”.
Para a Associação Internacional de Epidemiologia, criada em 1954, a Epidemiologia tem como objetivo o “estudo de fatores que determinam a frequência e a distribuição de doenças nas coletividades humanas”.
ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA DA CÁRIE DENTÁRIA
A cárie dentária é uma doença infecciosa que progride de forma muito lenta na maioria dos indivíduos, raramente é autolimitante (desaparecer sem tratamento) e, na ausência de tratamento, progride até destruir totalmente a estrutura dentária (FEJERSKOV; KIDD, 2005). A diferenciação entre a doença e a manifestação (lesão) desta implica condutas diferenciadas na abordagem da prevenção e no tratamento da doença cárie. Se o tratamento for centralizado nas lesões pela restauração das cavidades, e não nos fatores etiológicos da doença, isso resultará em um “ciclo restaurador repetitivo”, ou seja, no fracasso do controle da doença. O paciente teve as manifestações e não a doença tratada e, portanto, poderá apresentar em um curto período de tempo novas lesões ou recidivas da lesão no mesmo elemento dentário.
Fatores etiológicos
De maneira sucinta, descreveremos os fatores determinantes e modificadores da doença cárie:
* Fatores determinantes
1. Hospedeiro: o hospedeiro compreende os dentes e a saliva.
2. Microrganismos: a cavidade bucal possui inúmeras espécies de microrganismos. Apesar da diversidade microbiana, poucas espécies estão relacionadas à doença cárie, como Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus e Lactobacillus, pois possuem as características específicas para participar do processo da doença.
3. Dieta: a dieta exerce, principalmente, um efeito tópico na etiologia da doença, ou seja, sem a sua presença, não há desenvolvimento da doença, pois os microrganismos cariogênicos necessitam da energia proveniente da sua fermentação para sobreviver.
4. Tempo: os três fatores anteriormente citados, quando associados, necessitam de um período de tempo para favorecer a desmineralização (perda de minerais) dos dentes.
* Fatores modificadores
Além dos fatores determinantes para a doença (interação entre hospedeiro, dieta, biofilme e tempo), é sabido que fatores sociais, econômicos e comportamentais podem influenciar no desenvolvimento da doença cárie. O conhecimento da epidemiologia da doença cárie é essencial para que possamos determinar o programa de prevenção e tratamento da doença, e também para o panejamento dos serviços odontológicos. A experiência da doença cárie pode ser expressa pela severidade das suas lesões, mensurada por índices como o CPO-D (número de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados) e o CEO-D (número de dentes decíduos, com indicação de extração e obturados).
DESCRIÇÃO DE COMO APLICAR O CPO-D E O CEO
Quando a unidade de medida é o dente temos o CPO-D, ou seja, "Cariados. Perdidos e Obturados". Indicados através de números.
O ceo-d é utilizado para a dentição decídua, este é correpondente ao CPO-D em relação à dentição temporária, mas inclui só os dentes cariados (c), com extração indicada (e) e oburados (o), excluindo os extraídos devido às dificuldades em separar os
que o foram por causa de cárie dos perdidos pelo processo natural de esfoliação dentária. Indicado através de letras.
ÍNDICES CPOD E CEO
Cárie Dentária
Os códigos e critérios são os seguintes (para decíduos entre parênteses):
0(A) – Coroa Hígida : Não há evidência de cárie. Estágios iniciais da doença não são levados emconsideração. Os seguintes sinais devem ser codificados como hígidos:
•manchas esbranquiçadas; manchas rugosas resistentes à pressão da sonda OMS; sulcos e fissuras do esmalte manchado, mas que não apresentam sinais visuais de base amolecida, esmalte socavado, ou amolecimento das paredes,detectáveis com a sonda OMS; áreas escuras, brilhantes, duras e fissuradas do esmalte de um dente comfluorose moderada ou severa; lesões que, com base na sua distribuição ou história, ou exame táctil/visual,resultem de abrasão. Raiz Hígida
1(B) – Coroa Cariada: Sulco, fissura ou superfície lisa apresenta cavidade evidente, ou tecido amolecido na base ou descoloração do esmalte ou de parede ou há uma restauração temporária (exceto ionômero de vidro). A sonda OMS deve ser empregada para confirmar evidências visuais de cárie nas superfícies oclusal, vestibular e lingual. Na dúvida, considerar o dente hígido. Raiz Cariada
2(C) – Coroa Restaurada mas Cariada: Há uma ou mais restaurações e ao mesmo tempo uma ou mais áreas estãocariadas. Não há distinção entre cáries primárias e secundárias, ou seja, se as lesões estão ou não em associaçãofísica com a(s)restauração(ões).Raiz Restaurada, mas Cariada
3(D) – Coroa Restaurada e Sem Cárie: Há uma ou mais restaurações definitivas e inexiste cárie primária ou recorrente.Um dente com coroa colocada devido à cárie inclui-se nesta categoria. Se a coroa resulta de outras causas, como suporte de prótese, é codificada como 7 (H).
4(E) – Dente Perdido Devido à Cárie: Um dente permanente ou decíduo foi extraído por causa de cárie e não por outras razões. Essa condição é registrada na casela correspondente à coroa. No caso de dentes decíduos, deve-se aplicar apenas quando o indivíduo está numa faixa etária na qual a esfoliação normal não constitui justificativa suficiente para a ausência.
5(F) – Dente Perdido por Outra Razão: Ausência se deve a razões ortodônticas, periodontais, traumáticas ou congênitas. Nesses casos, o código registrado na casela correspondente à raiz é “7” ou “9”. O código para decíduos (F) nestes casos deverá ser utilizado com certa cautela, uma vez que, a partir dos 5 anos, geralmente o espaço vazio se deve à exfoliação natural, devendo ser codificado como coroa não erupcionada (código “8”).
6(G) – Selante: Há um selante de fissura ou a fissura
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