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Equideocultura

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Por:   •  19/3/2015  •  1.884 Palavras (8 Páginas)  •  179 Visualizações

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A Origem da Raça Quarto de Milha

A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América. Ela surgiu nos Estados Unidos por volta do ano de 1600. Os primeiros animais que a originaram foram trazidos da Arábia e Turquia à América do Norte pelos exploradores e comerciantes espanhóis. Os garanhões escolhidos eram cruzados com éguas que vieram da Inglaterra, em 1611. O cruzamento produziu cavalos compactos, com músculos fortes, podendo correr distâncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra raça.

Com a lida no campo, na desbravação do Oeste norte-americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado. Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas e pelas estradas dos campos, perto das plantações, com distância de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo.

QM no Brasil:

Tudo começou em 1955, quando a Swift-King Ranch (SKR) importou seis animais dos Estados Unidos para o Brasil, vindos de sua matriz norte-americana, a famosa King Ranch, no Texas, a maior fazenda dos EUA. À medida que vários pecuaristas, banqueiros e homens de negócios tiveram a oportunidade de conhecer os animais Quarto de Milha, começaram a pressionar a SKR para que lhes vendessem alguns exemplares. A companhia atendeu a poucos criadores, vendendo um número reduzido de potros. Em 15 de agosto de 1969, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), no Parque da Água Branca, em São Paulo, onde se encontra atualmente.

Hoje, o plantel brasileiro é composto, segundo dados fornecidos pelo Stud Book da ABQM, atualizados até 18/01/2013, por 395.698 animais registrados, com 74.038 criadores, proprietários e associados cadastrados, espalhados por todos os estados brasileiros.

Indústria:

O plantel Quarto de Milha no Brasil é composto por mais de 424 mil animais registrados(janeiro/2014), divididos entre 79,7 mil criadores, proprietários e associados. Seus haras distribuídos em 593,2 mil hectares, avaliados em mais US$ 827,3 milhões, consomem aproximadamente 180 mil toneladas de ração/ano. Esse consumo implica em aproximadamente US$ 30,4 milhões de investimento. A mão-de-obra empregada diretamente também é bastante significativa, oferecendo 318 mil empregos diretos (média de 4 funcionários por criador ou proprietário), sem contar com veterinários, agrônomos, zootecnistas, ferradores, centros de treinamento, centros de reprodução, leiloeiros, leiloeiras, carpinteiros, pedreiros, eletricistas, marceneiros, transportadores de cavalos, fabricantes de equipamentos e indústria de ração e produtos veterinários, entre outros.

Qualidade da Raça

Caracterizada por sua versatilidade, a raça eqüina Quarto de Milha possui habilidade para várias modalidades esportivas (vinte e duas, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha – ABQM) como rédeas, apartação, conformação, corrida, etc. Apesar desta grande variedade de atividades, a seleção de características relacionadas à robustez e rapidez dos animais predominou. Tal direcionamento destacou este cavalo em corridas de distâncias curtas, gerando, posteriormente, uma linhagem dentro da raça (ABQM, 2002).

Padrão Racial

APARÊNCIA – de força e tranquilidade. Quando não trabalhando, deve conservar-se calmo, mantendo a própria força sob controle. Na posição parado, mantém-se reunido, com os posteriores sob a massa, apoiando nos quatro pés, podendo partir rapidamente em qualquer direção.

PELAGEM – admite-se que a pelagem do Quarto de Milha possa ser alazã, alazã tostada, baia, baia amarilha ou palomina, castanha, rosilha, tordilha, lobuna, preta e zaina. Não serão admitidos, para registro, animais pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.

ANDAMENTO – harmonioso, em reta, natural, baixo. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.

ALTURA – são cavalos cuja altura é, em média, de 1,50 m. São robustos e muito musculados.

PESO – 500 quilogramas, em média.

CABEÇA – pequena e leve. Em posição normal, deve-se ligar ao pescoço em ângulo de 45º. Perfil anterior reto.

FACES – cheias, grandes, muito musculosas, redondas e chatas, vistas de lado; discretamente convexas e abertas de dentro para fora, vista de frente, o que proporciona ganachas bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediência às rédeas.

FRONTE – ampla.

ORELHAS – pequenas, alertas, bem distanciadas entre si.

OLHOS – grandes e, devido ao fato de a testa ser larga, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para trás, ao mesmo tempo, com o mesmo olho.

NARINAS – grandes.

BOCA – pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras.

FOCINHO – pequeno.

PESCOÇO – comprimento médio. Deve inserir-se no tronco em ângulo de 45º porém, bem destacado do mesmo. Somente a JUNÇÃO entre o pescoço e a cernelha deve ser gradual.

O BORDO INFERIOR – do pescoço é comparativamente reto e deve destacar-se nitidamente do tronco assegurando flexibilidade.

O BORDO SUPERIOR - é reto, quando o cavalo está com a cabeça na posição normal.

GARGANTA – estreita, permitindo grande obediência às rédeas.

MUSCULATURA – bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Quarto de Milha, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo, assim, usá-la melhor e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.

TRONCO – da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado: Não “selado” especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 5º a 8º da garupa à base da cernelha. O vértice da cernelha e

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