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Equideocultura

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Por:   •  3/10/2013  •  9.356 Palavras (38 Páginas)  •  513 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As variáveis climáticas afetam os organismos animais direta e indiretamente, através de sua influência sobre o ambiente físico, que inclui o nutricional e biótico. Com relação à produção animal, o complexo climático tem larga influência na regulação da composição do solo, na produção e qualidade de gramíneas e leguminosas e no desempenho produtivo dos animais O efeito indireto do clima na produção de animal interfere na quantidade e qualidade dos alimentos, determinando o ciclo produtivo das forragens. Devido ao menor número e reduzida eficiência de suas glândulas sudoríparas, alguns animais sentem bastante os efeitos das variáveis climáticas, com algumas dificuldades na dissipação do excesso de calor corporal, o que pode prejudicar a expressão de seu potencial produtivo. Assim, este trabalho visa relacionar os efeitos climáticos na fisiologia e produtividade dos animais.

Caprinos.

Os fatores ambientais que mais intensificam a temperatura ambiente são, umidade relativa, radiação solar e velocidade do vento.

Os caprinos são animais homeotérmicos endotérmicos e como tais se caracterizam pela capacidade de manter a temperatura corporal dentro de limites estreitos, utilizando para esse fim, além das trocas com o ambiente, a produção interna de calor.

O sistema termorregulador é composto de receptores, vias de condução, centros e efetuadores. Os termo receptores, segundo Anderson

(1978) são classificados em periféricos e centrais, de cuja ação conjunta depende a homeotermia. Os termo receptores centrais estão representados por células nervosas termos sensíveis localizadas no hipotálamo, que respondem ao aquecimento ou resfriamento do sangue que circula nessa área

A resposta termo lítica ocorre quando essas células localizadas na porção anterior são estimuladas pelo calor e a termo gênica, quando tais células localizadas na parte posterior são estimuladas pelo frio. Assim, cada área aumenta sua frequência de descarga de acordo com o estímulo específico. Os centros envolvidos estão localizados no bulbo, na ponte e diencéfalo, sendo que os dois primeiros são reguladores da frequência e profundidade respiratória.

No diencéfalo, localiza-se o hipotálamo, que além de receptor funciona também como centro da termo regulação. A porção anterior do hipotálamo compara a temperatura central detectada com a temperatura de referência da espécie, chamada de ponto fixo. Se a temperatura estiver abaixo dessa referência, desencadeiam-se os mecanismos de termogênese, se estiver acima são ativados os mecanismos de termólise.

A região do Nordeste possui cerca de 93,2% do efetivo caprino do Brasil, sendo os estados da sub-região Meio-Norte, Piauí e Maranhão, responsáveis por 19,1% do efetivo brasileiro e 20,4% do Nordeste (IBGE, 2002). No entanto, a produtividade em carne e leite é baixa nesses estados, sendo a temperatura, radiação solar e pluviosidade responsáveis em parte pela redução da produção, visto que, influem na disponibilidade de pastagem e, também, na manifestação de enfermidades. Considerando que,

estes elementos climáticos são estressantes e geralmente associados ao baixo desempenho de rebanhos criados nas regiões tropicais (COLLIER et al., 1982), espera-se que animais mais adaptados às condições inerentes ao clima tropical tenham melhor produtividade, por possuírem características fisiológicas, morfológicas e comportamentais mais adequadas a esse ambiente.

Influência da temperatura.

Metabolismo dos alimentos; Temperatura; Iluminação; Radiação;

Pluviosidade e umidade

Altitude; Vento; Doenças; Ectoparasitos; Endoparasitos; pH do solo; Fertilidade do solo;

Todos estes elementos expostos acima são ambientais e devem estar em equilíbrio, do contrário, levaria ao insucesso da criação. Imaginemos que ocorra um aumento da temperatura, acima do que os animais estão acostumados, isso já traria estresse aos animais que responderiam com, provavelmente, queda de produção e risco de morte de embriões.

Caso esta situação se prolongue, ira favorecer as doenças, os endoparasitas e ectoparasitas, prejudicando ainda mais a criação e podendo levar a falência de animais e grandes prejuízos.

A velocidade de crescimento é influenciada pela temperatura ambiente, uma temperatura mantida elevada, leva a uma diminuição da ingestão de alimentos e consequentemente do crescimento. Com um aumento da temperatura ambiente acima de 25º C aumenta a frequência respiratória atingindo seu ponto máximo com temperaturas acima de 35º C, na qual ocorre aproximadamente 100 - 120 movimentos respiratórios por minuto em bovinos (GÜRTLER, 1987).

Com um aumento da temperatura ambiente acima de 30º C, diminui a ingestão de alimentos nos ruminantes e a produção de leite. Animais mantidos no pasto procuram locais com sombra quando a temperatura ambiente aumenta, reduzindo, também, o pastoreio nos períodos do dia.

Devido ao aumento da perda de água, aumenta também a necessidade de água destes animais. Nos países tropicais as raças locais possuem uma maior tolerância ao calor do que raças altamente produtivas, vivendo sob

condições climáticas moderadas. Nestes casos, os seguintes fatores desempenham um papel fundamental.

O pequeno grau de transformação energética sob condições de manutenção, condicionado por uma redução da secreção de tiroxina por Kg de massa corporal; O maior número de glândulas sudoríparas na pele, que promovem uma maior evaporação de água em alta temperaturas ambiente; Uma redução na capacidade de aumento de massa corpórea ou, então, da produção de leite.

Devido a isso, a formação de calor é menor que em raças altamente produtivas. Um aumento da temperatura ambiente para valores acima de 40º C leva, nos ruminantes, a um aumento lento e contínuo da temperatura, depois que os mecanismos de liberação de calor tornarem-se insuficiente (GÜRTLER, 1987).

Temperaturas ambiente acima de 43º C elevam a temperatura corpórea a valores superiores a 40º C, o que pode levar a distúrbios funcionais do sistema nervoso e circulatório, que, finalmente, levam ao êxito letal. A importância da temperatura, como fator climático, tem sua importância, que é considerada como o agente principal na distribuição geográfica dos animais.

A temperatura do ar se faz sentir sobre os animais, por condução.

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