Estudo De Caso
Monografias: Estudo De Caso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Allvox • 27/10/2014 • 785 Palavras (4 Páginas) • 302 Visualizações
LUXAÇÃO DO OMBRO
LUXAÇÃO DO OMBRO – LUXAÇÃO GLENO-UMERAL
Se a articulação do ombro receber uma força além de sua amplitude de movimento normal, a superfície articular da cabeça umeral poderá se deslocar da glenóide em vários graus, sendo que a maioria das luxações ou subluxações do ombro são no sentido anteroinferior.
Luxação anterior
A luxação anterior pode ocorrer de diversas formas, sendo mais comumente causada por uma força indireta, geralmente por uma rotação externa com o ombro em abdução, ou por um trauma direto posterior sobre o úmero proximal.
A cápsula anterior é distendida ou rompida com a sua inserção na glenóide anterior. A cabeça pode deslocar-se para a região subcoracoide, subglenoide, subclavicular ou posição intratorácica.
Nos atletas que têm luxações recorrentes, podem ocorrer duas lesões: lesão de Bankart, que é uma lesão capsular anterior associada com lesão do labrum glenoidal, geralmente com avulsão do ligamento glenoumeral inferior. A lesão de Bankart pode ocorrer com fraturas da glenóide, geralmente sem desvio e tratadas juntamente com a instabilidade.
A segunda é a lesão de Hill-Sachs, uma fratura por compressão da superfície articular póstero-lateral da cabeça umeral, sendo criada pelo impacto da cabeça umeral luxada contra a glenóide anterior.
Se estas duas lesões forem muito extensas, o atleta ficará predisposto a ter luxações recorrentes, principalmente quando o braço estiver em abdução e rotação externa.
Uma fratura da glenóide também poderá contribuir enormemente para instabilidade, quando envolver mais que 20% do diâmetro da glenóide.
Podem ocorrer outras lesões, como avulsão da tuberosidade maior e lesão do nervo axilar.
Pode ocorrer também o denominado “braço morto”, uma síndrome que pós-instabilidade articular, comum em lançadores que sentem uma súbita impotência funcional, com perda de força após um lançamento, porém os sintomas se resolvem em alguns segundos.
A luxação pode ser reduzida por inúmeras formas e técnicas, no entanto o indicado é o encaminhamento do atleta a um serviço médico, para uma avaliação adequada, exame radiográfico de rotina e para diagnósticos diferenciais e afastar possíveis fraturas.
Após a redução de uma primeira luxação, geralmente imobiliza-se o ombro em rotação interna por 2 a 6 semanas, pois a cicatrização leva até 6 semanas. Antes de retornar às atividades atléticas, o atleta deve ter amplitude de movimento normal, sem dor e com força normal no ombro. Deve ser dada ênfase ao fortalecimento dos músculos rotadores para compensar a frouxidão capsuloligamentar.
Luxações recorrentes devem ser tratadas com imobilização mínima até o alívio da dor, seguida de ganho de amplitude de movimento e exercícios de fortalecimento muscular. Não havendo resposta ao tratamento conservador, a reconstrução cirúrgica da articulação pode ser indicada, havendo uma grande variedade de técnicas cirúrgicas, envolvendo o reparo do defeito labral e redução da frouxidão da cápsula anterior e estruturas ligamentares. Após a cirurgia, o objetivo é ganhar abdução total e rotação externa de aproximadamente 90 graus e o retorno ao esporte normalmente não ocorre antes de 6 meses.
LUXAÇÃO POSTERIOR
A luxação posterior resulta da lesão ou distensão da cápsula posterior ou da lesão da glenóide posterior. A lesão reversa de Hill-Sachs pode aparecer na superfície articular anterior do úmero. Com a luxação posterior, o músculo subescapular na inserção da tuberosidade menor pode ser lesionado.
A luxação posterior é frequentemente de difícil diagnóstico porque o paciente pode ter contorno normal no ombro ou o deltoide bem desenvolvido do atleta pode mascarar os sinais de luxação da cabeça umeral. O paciente mantem o ombro lesionado em rotação interna e o examinador não pode rodá-lo
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