Estudo De Caso Paciente Diabética
Pesquisas Acadêmicas: Estudo De Caso Paciente Diabética. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mabita • 17/7/2013 • 1.608 Palavras (7 Páginas) • 1.944 Visualizações
1 - Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da alteração glicêmica apresentada pela paciente, considerando os dados de história clínica, exame físico e exames laboratoriais?
Como fatores de risco, em primeiro lugar verifica-se o fator genético, uma vez que a mãe e parentes próximos apresentam quadros de DM. Os familiares em primeiro grau de diabéticos apresentam de duas a seis vezes mais chances de virem a desenvolver diabetes do que pessoas sem história familiar, da mesma idade.
A faixa etária da paciente é também for de risco A incidência e prevalência do diabetes aumenta acentuadamente com a idade, particularmente após os 40 anos, sendo mais frequente nas mulheres do que nos homens.
Outro fator de risco é o fato da paciente ter apresentado quadro de diabetes gestacional, mulheres que apresentam diabetes gestacional possuem elevado risco de virem a desenvolver diabetes posteriormente. Estudos prospectivos mostram que 60% das mulheres com diabetes gestacional progrediram para diabetes, num período de 16 anos.
A paciente é sedentária e obesa. A inatividade reduz a tolerância à glicose, que por si só é um importante fator de risco para o diabetes.
Outro fator importante são os hábitos alimentares e de consumo de álcool, bem como o tabagismo intenso.
2 - O agrupamento das patologias apresentadas por esta paciente leva a pensar na possibilidade de alguma síndrome? Por quê? De acordo com sua resposta discorra sobre as patologias apresentada pela paciente?
Sim, ao analisar o conjunto de patologias da paciente, é possível apontar uma forte possibilidade de uma síndrome metabólica, que se caracteriza por um conjunto de distúrbios metabólicos associados. Segundo a American Heart Association/National Heart, Lung and Blood Institute – 2005. Estabelece-se o diagnóstico de síndrome metabólica quando o doente tem em conjunto 3 ou mais dos seguintes critérios:
• Perímetro de cintura aumentado:
Homem — Igual ou superior a 102 cm
Mulher — Igual ou superior a 88 cm
• Trigliceridémia elevada: Igual ou superior a 150 mg/dL (ou a utilização de fármacos para o controlo)
• Colesterol HDL (“bom”) diminuido (ou a utilização de fármacos para a sua elevação):
Homem — Inferior ou igual a 40 mg/dL
Mulher - Inferior ou igual a 50 mg/dL
• Pressão arterial elevada: Igual ou superior a 130/85 mmHg (ou a utilização de fármacos para o seu tratamento)
• Elevação da glicose em jejum: Igual ou superior a 110 mg/dL (5.6 mmol/L) (ou a utilização de fármacos para o tratamento da hiperglicémia
A paciente em questão apresenta todos os sintomas relacionados a SM, ficando claro a sua manifestação.
È de grande importância esclarecer a paciente a corelação de seus demais sintomas como, por exemplo, o seu prurido vaginal recorrente e a sua glicemia elevada, uma vez que os fungos dependem de açúcar para realizarem a fermentação e se proliferarem rapidamente.
Salientar a importância do controle da HA e da DM, pois são doenças com altos riscos de comorbidades, a diabetes tem como complicações a longo prazo as doenças macrovasculares (grandes vasos /síndrome metabólica ) e microvasculares (nefropatia e retinopatia).
O excesso de açúcar no sangue pode provocar cegueira. As alterações vasculares na região dos olhos podem provocar pequenos sangramentos e lesões na retina. É a chamada retinopatia diabética, que pode levar à perda da visão. O diabético deve fazer exames da vista com regularidade
Outro problema é a nefropatia, o excesso de açúcar e a hipertenção arterial lesam os rins durante o processo de filtração e do controle da osmolaridade salientando que a paciente já apresenta sintomas de falência renal tais como espuma na urina, cansaço e fadiga, aumento da micção principalmente à noite. podendo ter consequências graves como a dependência de hemodiálise.
O excesso de glicose ainda agride a parede dos vasos, facilitando o acumular de gordura e as inflamações que entopem artérias. Isso causa enfartes e derrames.
As lesões nos vasos e a queda da irrigação diminuem a sensibilidade nos membros inferiores. O pé do diabético é extremamente susceptível a feridas, que rapidamente podem virar úlceras de difícil cicatrização. Uma vez infeccionadas, podem levar à amputação.
A paciente precisa ser alertada também que apresenta grande risco de sofrer um infarto do miocárdio, de um AVC resultantes de uma hipertenção descontrolada comprovada através do relato da paciente que revela sofrer de dores de cabeça (sobretudo na parte posterior da cabeça e durante a manhã), assim como sensação de desmaio, vertigens, zumbidos, distúrbios na visão, risco esse reforçado pelo alto colesterol total e LDL, pelos índices insatisfatórios de HDL, considerado fator de proteção arterial.
3-Qual a importância da medida da circunferência abdominal?
A circunferência da cintura normalmente é usada em pacientes com IMC maior que 35, porem mesmo pessoas eutróficas devem estar atentas a CC, pois.
O excesso de peso e, especialmente, a obesidade abdominal correlacionaram-se com a maioria dos fatores de risco cardiovascular, principalmente com níveis elevados de triglicérides e reduzidos de HDL, apresentando maior impacto sobre a elevação da pressão arterial.
A medida da circunferência abdominal reflete melhor o conteúdo de gordura visceral que a Relação Cintura Quadril e também se associa muito à gordura corporal total. A OMS estabelece como ponto de corte para risco cardiovascular aumentado medida de circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres.
4- Com os exames disponíveis como você classificaria a alteração glicêmica apresentada pela paciente
A paciente pode ser diagnosticada com diabete melito do tipo 2. Em exames anteriores (150mg/dl) já se poderia ter chegado a essa conclusão, sendo errônea a avaliação do médico em acusar apenas uma pré - diabetes já o que o termo se aplica para valores entre 100 e 125mg/dl. Devendo o mesmo ter considerado que paciente já havia apresentado diabetes gestacional, além dos outros fatores de risco, havendo ainda a possibilidade dessa diabetes ter surgido ainda na terceira
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