FArmacia Hospitalar

A Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) define farmácia hospitalar como uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente (SBRAFH, 1997).

O principal objetivo é contribuir no processo de cuidado à saúde, melhorando a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de medicamentos e produtos para a Saúde (SBRAFH, 2007). Dessa forma, pode-se citar como sendo alguns dos objetivos específicos (REIS; GOMES, 2001):

• Implementação de sistema de gestão de estoque;

• Realizar a seleção de medicamentos necessários ao perfil do hospital;

• Promover o uso seguro e racional de medicamentos e correlatos.

A legislação que regulamenta o exercício profissional da Farmácia em Unidade Hospitalar é a Resolução 492 do Conselho Federal de Farmácia, do ano de 2008 (26/11/2008), que substituiu a resolução anterior de número 300. Esta resolução regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada.

1.1. O Profissional Farmacêutico (Perfil e Atribuições)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento em 1997 intitulado: “The role of the pharmacist in the health care system”, onde foi destacado sete qualidade que o farmacêutico deve apresentar para trabalhar em âmbito hospitalar. Este profissional sete estrelas deve ser (CRF SP, 2013):

• Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde;

• Capaz de tomar decisões;

• Comunicador;

• Líder;

• Gerente;

• Atualizado permanentemente e

• Educador.

O farmacêutico que deseja atuar em instituições hospitalares e de saúde deve possuir conhecimentos básicos de administração, habilidade para coordenação e liderança, e uso das ferramentas da qualidade total, incluindo competências para implantação da Farmácia Clínica, bem como para a atuação em programas de assistência e atenção farmacêutica (CRF SP, 2013).

As atribuições do farmacêutico hospitalar no Brasil são definidas pela Resolução do CFF nº 492 e podem ser agrupadas em cinco grandes áreas:

• Atividades logísticas: Engloba o planejamento, implementação e controle eficiente, ao correto custo, do fluxo e armazenagem de materiais médico-hospitalares, medicamentos e outros materiais. Além disso, inclui também a elaboração de normas e controles que garantam a sistemática da distribuição e a qualificação de fornecedores.

• Atividades de manipulação/produção: Manipulação de fórmulas magistrais, oficinais e parenterais para proporcionar medicamentos com segurança e qualidade, adaptados à necessidade da população atendida, além de desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégico ou mesmo econômico.