FISIOLOGIA DO TRATO GASTRINTESTINAL
Exames: FISIOLOGIA DO TRATO GASTRINTESTINAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: apataluch • 27/10/2013 • 1.814 Palavras (8 Páginas) • 492 Visualizações
Funcões do fígado
Genericamente, a função do fígado é regular a concentração sérica de várias espécies químicas de extrema importância fisiológica. Especificamente, as funções do fígado são:
• Regulação dos níveis séricos de carboidratos, de lipídios, de proteínas e dos produtos do seu metabolismo. Ao fazê-lo o fígado participa de forma relevante do metabolismo destas espécies químicas
• Síntese de proteínas e de outras moléculas (aminoácidos não essenciais, por exemplo) séricas
• Armazenamento de vitaminas e metais (Fe)
• Degradação de hormônios
• Inativação de drogas e de toxinas e excreção dos produtos da degradação (deseintoxicação).
• Excreção do colesterol (ácidos e sais biliares).
• Excreção de produtos do metabolismo da hemoglobina (Bilirubina).
• A bile produzida e lançada na luz duodenal é indispensável para a digestão e absorção das gorduras.
Relação estrutura-atividade
Circulação hepática
O fígado recebe sangue da veia porta-hepática, que já passou pelos capilares do território gastrintestinal, e da artéria hepática. Do sangue venoso, que lhe chega pelo sistema porta, o fígado vigia e controla eficientemente as alterações da concentração sérica promovidas pela absorção intestinal. Como este sangue, venoso, tem baixa pressão parcial de O2, para o metabolismo próprio das células hepáticas, o O2 vem da circulação arterial. As quantidades são assim: a circulação hepática fica com 25 % do débito cardíaco, 3/4 de sangue venoso, chegando pela veia porta, e 1/4 de sangue arterial. A capacitância do fígado é significativa, com 15 % do volume sangüíneo (750 ml). Em hipotensões hipovolêmicas, a metade deste volume pode ser mobilizada. A circulação portal não sofre autoregulação. A arterial é autoregulada, com participação da adenosina. Os fluxos venoso e arterial variam reciprocamente.
Como a pressão na veia porta é de 10 mmHg e nas veias centrais fica entre 2 e 3 mmHg, a pressão nos sinusóides hepáticos, fica entre estes valores. Como a pressão arterial média é de 90 mmHg, sítios de resistência pré-capilar contribuem com um proporção muito maior que os pós-capilares para a resistência total. Esta distribuição das resistências torna o balanço das forças de Starling vulnerável à pressão venosa central. Uma elevação desta, como ocorre na insuficiência cardíaca congestiva, provoca ascite (acúmulo de fluido na cavidade peritoinal). Por outro lado, o sistema porta, nas cirroses hepáticas, aumenta a pressão esplâncnica, com edema peritonial. Veias que se anastomosam com a porta, nestas condições, experimentam aumento de pressão, com dilatação. Esta é uma das causas de varizes esofágicas. O tônus simpático promove constrição nos sítios de resistência arterial e venosa. O consumo de O2 pelas células hepáticas é constante. Nas eventuais reduções do fluxo sangüíneo, a fração de extração aumenta. Embora a PO2 seja menor que a arterial, a pouca permuta por contra-corrente entre arteríolas e vênulas permite uma pressão parcial do gás suficiente para as células hepáticas.
Estrutura do parênquima hepático.
Nos lóbulos há uma veia central para onde drena o sangue que percorre os sinusóides. Na periferia dos lóbulos há ramos da veia porta e da artéria hepática, que formam vênulas e arteríolas que irrigam os capilares, que no tecido hepático se denomimam sinusóides. Estes têm poros mais amplos que permitem um contato incomum dos hepatócitos com o plasma. Os hepatócitos, eles próprios, formam os canalículos biliares, delimitados pelas junções entre as células. Estes canalículos drenam para os dutos biliares, formados por células epiteliais. Estes dutos convergem para o duto hepático comum, que se bifurca entre o duto cístico e o colédoco.
Os componentes orgânicos da bile (sais biliares 60%, fosfolipídios 20%, colesterols 4%, proteínas 5%, pigmentos biliares, 0,3%) são secretados pelos hepatócitos, estimulados pela colecistocinina. Os dutos biliares secretam uma solução de bicarbonato de Na+, estimulados pela secretina. A secreção da bile é um processo ativo e não um filtração. Nas fase interdigestivas, com o esfíncter de Oddi cerrado, a bile (250 a 1550 ml) é armazenada na vesícula biliar, onde é concentrada de 5 a 20 vezes. Durante a fase digestiva a bile vesical é expulsa por contração da vesícula, estimulada pelo parassimpático e pela colecistocinina.
Funções
Metabolismo de carboidratos
Com os músculos esqueléticos, os hepatócitos são os principais sítios de armazenamente de glicose, na forma de glicogênio. Os hepatócitos estão enzimaticamente equipados para a síntese de glicogênio, para a glicogenólise e para a neoglicogênese. O metabolismo da glicose e o metabolismo de lipídios em adipócitos e hepatócitos, coordenados pelo glucagon e pela insulina, estão integrados, assegurando o suprimento energético às células do organismo. Em surtos de intensa atividade muscular esquelética, a demanda por ATP recorre à glicólise e à degradação de proteína, com produção de, respectivamente, piruvato e alanina. Estes são removidos da circulação pelos hepatócitos, que os utilizam na neoglicogênese.
Metabolismo de proteínas
Degradação de aminoácidos:
O primeiro passo na degradação dos aminoácidos é a conversão a glutamato, pela reação com alfa-cetoácido. A desaminação do glutamato produz NH4+/NH3. O íon amônio é tóxico às células. Em mamíferos, este íon é prontamente convertido a uréia pelos hepatócitos. A uréia é excretada pelos rins.
Síntese de proteínas séricas:
O fígado sintetiza e exporta para o plasma várias das suas proteínas: albumina, globulinas, lipoproteínas, fibrinogênio e outras proteínas implicadas na coagulação sangüínea.
Síntese de aminoácidos não essenciais.
Os onze aminoácidos não essenciais são sintetizados pelos hepatócitos.
Metabolismo de lipídios.
Os
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