Fisiologia Da Dor
Exames: Fisiologia Da Dor. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: htaa • 13/9/2014 • 1.208 Palavras (5 Páginas) • 796 Visualizações
FISIOLOGIA E PSICOLOGIA DA DOR
Pode ser útil considerar uma definição vaga de dor como a de sensações subjetivas que acompanham a ativação de nociceptores (receptores de dor) e que sinalizam a localização e força de estímulos reais ou potenciais que lesam o tecido.
A dor é uma experiência pessoal pela qual todos os seres humanos passam. A dor aguda é a principal queixa descrita na avaliação inicial. A dor crônica pode debilitar mais do que o trauma e, em muitos casos, enfraquece emocional e fisicamente a tal ponto que é uma das causas que leva ao suicídio.
Apesar da dificuldade para chegar a uma definição aceitável de dor, a maioria das pessoas concordaria que essa pode ter uma qualidade variável, indo de leve irritação, passando por prurido, queimação e sensação de pontadas até sensações mais intensas lancinantes e latejantes e, finalmente, até a dor agonizante, intratável, que para algumas pessoas pode ser insuportável.
Os nociceptores são geralmente terminações nervosas livres embebidas nos tecidos, com variações na densidade desses receptores em diferentes tecidos. Essas terminações nervosas livres dão origem a fibras nervosas aferentes de pequeno diâmetro que conduzem potenciais de ação para a medula espinhal e centros superiores no sistema nervoso central. Essas fibras aferentes são classificadas como fibras mielinizadas A DELTA, com velocidades de condução entre 5 e 30 m/s, ou fibras C não-mielinizadas, que conduzem potenciais de ação com velocidades entre 0,5 e 2 m/s. (As fibras A DELTA são também, algumas vezes, chamadas de fibras do grupo III e as fibras C de fibras do grupo IV.) Esses dois tipos de fibras aferentes são responsáveis pelo que se chama dor "rápida" e "lenta".
Essas duas modalidades de dor fornecem a base para os conceitos de sensação de dor transitória e prolongada. O envolvimento subjetivo da dor transitória assim como da dor prolongada pode ser mais bem ilustrado citando as sensações dolorosas que acompanham uma lesão tal como uma "topada" do dedão. Inicialmente, há uma dor aguda associada com o contato físico do dedo com um objeto duro - a dor transitória - seguida por uma dor mais surda, latejante, que dura por muito mais tempo.
Essa é a dor prolongada causada pelo curso de liberação, no dedo, dos mediadores químicos do tecido lesado.
MODULAÇÃO DA TRANSMISSÃO DA DOR
É na medula espinhal, portanto, que existe a possibilidade de modulação
da transmissão das informações nociceptivas para os centros superiores. Para compreender como isso opera, é útil olhar um pouco mais detalhadamente para o que acontece no corno dorsal da substância cinzenta da medula espinhal.
As células da substância gelatinosa (células SG) têm uma influência inibitória nas células de transmissão. Isso se consegue através da inibição pré-sináptica dos terminais aferentes nociceptivos no ponto onde fazem sinapse com as células de transmissão. Contudo, as células SG são inibidas quando os aferentes nociceptivos são ativados, reduzindo a inibição pré-sináptica no terminal aferente nociceptor e assim permitindo que a informação nociceptiva seja passada para os centros superiores.
Teoria da dor: Perspectivas históricas
As primeiras teorias da causa, natureza e próposito da dor eram baseadas no princípio de que a dor estava relacionada com uma forma de punição. A palavra “pain” (dor na língua inglesa) é derivada da palavra em latim “poena”, que siginifica uma penalidade ou castigo.
Os Gregos associavam a dor ao prazer. Aristóteles declarou que o centro da dor se localizava no coração. Os romanos consideravam dor com algo que acompanha uma inflamação.
No século IV, os sucessores de Aristóteles descobriram uma prova anatômica de que o cérebro estava conectado ao sistema nervoso. Apesar disso, o pensamento de Aristóteles prevaleceu até o século XIX, quando cientistas alemães forneceram evidência irrefutável de que o cérebro está envolvido com a função sensorial e motora.
TEORIA DA ESPESCIFICIDADE: A teoria da especificidade sugere que existe uma via direta de receptores periféricos da dor para o cérebro. Os receptores da dor estão localizados na pele e levam impulsos de dor via uma fibra contínua, diretamente para o centro de dor localizado no cérebro. Essa via inclui os nervos periféricos, o trato espinotâlamico lateral da medula espinhal e o hipotálamo.
TEORIA DA PADRONIZAÇÃO: Não existem receptores especializados na pele.Um único nervo genérico responde de maneira diferente a cada tipo de sensação criando um impulso codificado de forma única, formado por um padrão espaço-temporal que envolve a frequência e o padrão de transmissão do nervo.
Melzack e Wall refutaram também essa teoria, baseados na evidência física da especialização fisiológica das unidades de receptores e fibras. Além disso, esta teoria não consegue explicar o papel desempenhado pelo cérebro na percepção da dor, conforme foi descrito na teoria da especificidade.
TEORIA DA COMPORTA: Melzack e Wall incorporaram características da especialização fisiológica do receptor, retiradas da teoria da especificidade, e a codificação espaço-temporal dos potenciais de ação, proveniente da teoria da padronização, ao mesmo tempo em que incluíram a evidência fisiológica do mecanismo espinhal e do controle central sobre o impulso aferente.proposta por Melzack e Wall em 1965.
Um estímulo não doloroso que
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