Genética, Biologia Molecular E ética: As Relações Trabalho E Saúde
Artigo: Genética, Biologia Molecular E ética: As Relações Trabalho E Saúde. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: matheusmunizsuxx • 11/6/2014 • 477 Palavras (2 Páginas) • 616 Visualizações
De acordo com a legislação trabalhista, empregadores
podem selecionar seus empregados
com base no grau de instrução e na experiência
profissional anterior, mas não podem
usar como critério de seleção condições específicas
como idade, sexo, cor de pele e origem
étnica. Atualmente, informações sobre o perfil
genético de candidatos a emprego têm sido
incluídas em processos seletivos. Nos Estados
Unidos, estudos recentes estimaram que cerca
de 7% das empresas americanas já fazem
uso do screening genético na seleção de seus
trabalhadores (Austin et al., 2000). O número
de informações genéticas tende a aumentar
constantemente e, entre as numerosas razões
apontadas para o uso destas informações
como critério para seleção de trabalhadores,
destaca-se a possibilidade de identificar indivíduos
suscetíveis de virem a apresentar determinadas
doenças como decorrência da interação
entre a especificidade de um genótipo
particular e a exposição a substâncias tóxicas
presentes no ambiente de trabalho.
A discriminação genética no trabalho, apesar
das novas tecnologias da biologia molecular,
não é um fato novo. Na década de 1970,
bem antes do início do Projeto Genoma Humano,
os negros americanos que possuíam traços
genéticos para anemia falciforme eram impedidos
de contratação em determinadas ocupações,
embora apresentassem condições adequadas
de saúde e ausência de riscos de virem
a desenvolver a doença (Rothenberg et al.,
1997). A primeira legislação proibindo esse tipo
de intervenção segregacionista ocorreu na
Carolina do Norte, em 1975, estendendo-se
posteriormente para os demais estados americanos.
A biologia molecular tem fornecido as ferramentas
básicas para geneticistas e epidemiologistas
aprofundarem-se nos mecanismos moleculares
que influem na variação da distribuição
de doenças nas famílias e nas populações.
A divulgação da seqüência do genoma humano
em fevereiro de 2001 (Venter et al., 2001)
abriu uma nova era para a biologia, a medicina
e a saúde pública. O Projeto Genoma Humano
gerou uma imensa base de dados de seqüências
genômicas e número crescente de genes
é descrito. Atualizações permanentes estão
disponíveis no endereço eletrônico do National
Center forBiotechnology Information
(NCBI) dos Estados Unidos (www.ncbi.nlm.
nih.gov). A velocidade com que esse conhecimento
vem sendo disseminado traz, ao lado
da
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