Habilidades Clinicas Semiologia Osteomuscular
Por: medcesu20 • 16/1/2017 • Trabalho acadêmico • 10.736 Palavras (43 Páginas) • 434 Visualizações
HABILIDADES CLÍNICAS II – 4º Bimestre
SEMIOLOGIA OSTEOMUSCULAR- PROF. BRUNO- 04/10- PARTE 1
Esse sistema é composto por ossos, músculos, tendões e cartilagens. Algumas funções desse sistema:
- Sustentação; Locomoção- integração entre os sistemas, assim como na sustentação; Metabolismo- o fluxo de sais minerais entre osso e sangue é fundamental assim como a regulação de eletrólitos; Proteção- a caixa craniana protege o cérebro; arcos costais protegem parte do rim, fígado, pulmões, coração; Hematopoese- A medula vermelha é encontrada nas fases mais jovens. Com o tempo vai sendo substituída pela medula amarela. Numa pessoa de 65 anos há uma substituição de 30% da medula vermelha para amarela.
Qual a função da medula amarela? Reserva energética. Medula amarela pode voltar a virar vermelha? Sim, em situações patológicas.
ANATOMIA: enfoque nas partes clínicas – osso é formado por epífise proximal, metáfise proximal, diáfise (com vasos sanguíneos, contendo mais medula amarela), metáfise distal e epífise distal.
METABOLISMO ÓSSEO:
- Paratormônio: quando os níveis de cálcio estão baixos no sangue, sua principal ação é promover a calcemia. Esse hormônio age essencialmente nos osteoclastos, os quais fazem a reabsorção óssea (cálcio para o sangue). Quando a calcemia está adequada, não há necessidade da secreção elevada de paratormônio. Nisso, há ação da calcitonina, produzida pelas células C na tireoide. Sua ação é favorecer a absorção óssea (“segura” cálcio no osso).
- Uma patologia pode atingir tanto o osso, quanto o órgão secretor do hormônio com importância no metabolismo ósseo. Ex: Tumor de tireoide e de paratireoide podem provocar desequilíbrio do íon cálcio.
- Nem sempre uma alteração inicial no metabolismo de cálcio apresenta sintomas. Ex: A osteoporose por si só não dói, mas a dor está associada à fraqueza muscular pelo desequilíbrio hidroeletrolítico – cálcio e potássio baixo. A miastenia (cansaço, fraqueza muscular) não é por rarefação óssea e sim pela alteração iônica, sobretudo de cálcio.
- Obs: banana e água de coco podem elevar o índice de potássio no sangue – cardiopatas tem necessidade de uma restrição de potássio, pois pode gerar uma parada cardíaca.
- Esse quadro ocorre com a exclusão de “vícios posturais” – no idoso a complacência muscular, óssea e cartilagínea é totalmente diferente de um jovem, ocorrendo dor em decorrência disso, além de pessoas que trabalham ou ficam muito tempo em uma posição têm dor em decorrência desses vícios posturais.
ANAMNESE: há alguns pontos importantes numa queixa osteomuscular.
Identificação e idade - São importantes pois com o passar do tempo vai ocorrendo vícios posturais, atrofia muscular, sedentarismo e alterações hormonais que vão corroborando para quadros de osteopenia ou osteoporose.
Ex: Jovem de 20 anos com dor lombar intensa de início súbito, sem fator de melhora ou piora, não responde bem a analgesia, nega traumas, doenças prévias e atividade física – hipótese de TUMOR. Idosa, 86 anos, sadia, com dor nas costas há muitos anos – hipótese de osteoporose.
Tumor x dor do crescimento: a dor do crescimento normalmente é simétrica, acomete os dois membros; tem horários de melhora e piora; melhora com analgesia e atividade física.
Sexo- Homens são mais expostos a traumas por sua elevada exposição a causas traumáticas. Raças- negros possuem ossos e musculatura mais densos, dando uma compleição física mais avantajada.
Tecnologia- mudou o perfil de fraturas. Ex: Aumento de politraumas decorrentes de acidentes de trânsito. Uma colisão frontal ocasiona politrauma grave, pois existe transmissão da força da batida para as partes do membro inferior. É comum fratura de coxa, sem, no entanto, ocorrer uma fratura na perna. Outros fatores que aumentaram os índices de lesões musculares são a musculação e os esportes, devido aos avanços no nível das competições.
Qual a diferença de ligamento x tendão? Tendão liga músculo ao osso; ligamento liga osso com osso.
Envelhecimento normal- Há perda de massa óssea e elasticidade.
SINAIS E SINTOMAS:
Dor – Saber a localização da dor - onde é a dor? Em algum lugar a dor é mais pronunciada;
Progressão da dor – quando dói? Ex: Pessoa acorda com dor que melhora ao longo do dia. Nesse caso não é resultante de um trauma. Tem mais relação com artrite reumatoide, artrose, falta de alongamento, enrijecimento articular;
Medicação e histórico - Houve melhora com anti-inflamatório? Tem histórico de trauma? Caso não haja histórico de trauma e a dor na cessa à analgesia deve-se ficar atento para tumor, má formação óssea.
Tipo de dor- A dor óssea é caracterizada como uma “dor surda”. Essa é uma dor profunda e intensa.[pic 1]
[pic 2]
As deformidades são decorrentes de uma gama de síndromes, como por ex., num paciente com raquitismo (deficiência de vitamina D) – deve se comparar as estruturas contralaterais, pois as deformidades não são simétricas.
EXAME FÍSICO: não tem ausculta.
Inspeção- Importante para identificar lesões levando em conta o histórico. Ex: lesão de plexo braquial ao nascimento pode geral uma atrofia. Poliomielite com acometimento dos membros leva a atrofia muscular, característico o “pé em gota” (não tem a pisada utilizando a planta do pé). Observar a marcha do paciente – antálgica (não utiliza o membro ou pisa só com o calcâneo).
Palpação- A palpação pode intensificar a dor em casos de fraturas.
Mobilidade geral- Deve-se avaliar a mobilidade geral, principalmente em politrauma. Avaliar a localização da dor. Na palpação a dor é intensificada. Consegue-se mexer/mover? Normalmente o paciente não consegue mexer os membros acometidos, nem se mover. Pensar em trauma raquimedular quando não consegue se mover.
Mobilidade de segmentos– Avaliação em segmentos, por membros, um de cada vez. Ex: membro superior com mobilidade preservada, sem sinal de fratura; membro inferior com fratura. Quando o membro está formigando deve se investigar uma secção vascular e nervosa. Nesses casos há falta de irrigação e presença de parestesia (componentes neurovasculares não preservados).
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