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Huanglongbing do citros

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Por:   •  26/11/2014  •  Artigo  •  912 Palavras (4 Páginas)  •  273 Visualizações

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INFORMATIVO TÉCNICO

Huanglongbing do citros

Qual a importância da doença?

É a mais destrutiva doença dos citros no Brasil. Não há variedade comercial de copa ou porta-enxerto resistente à doença e as plantas contaminadas não podem ser curadas. Surgido na Ásia há mais de cem anos, o Huanglongbing (HBL), também conhecido como Greening, foi identificado no Brasil em 2004, nas regiões Centro e Leste do Estado de São Paulo. Hoje, está presente em todas as regiões citrícolas de São Paulo e pomares de Minas Gerais e Paraná. A bactéria multiplica-se e é levada por meio do fluxo da seiva para toda a planta. Quando há sintomas na extremidade dos galhos, ela pode ficar alojada em vários pontos, inclusive na parte baixa do tronco e nas raízes, o que torna a poda inútil e perigosa. Além de não curar a planta, as brotações que surgem após a poda servem como fonte para novas infecções.

O que causa a doença?

A doença é causada por uma bactéria que se hospeda nos vasos de circulação da seiva elaborada, denominados de floema. Antes da constatação no Brasil, existiam duas formas de bactérias causadoras do greening: Candidatus Liberibacter africanus, associada à forma africana da doença, e Candidatus Liberibacter asiaticus associada à forma asiática. No Brasil, pesquisadores descobriram nas plantas doentes uma bactéria diferente das causadoras das formas asiáticas e africanas, porém bastante semelhante a estas, que denominaram Candidatus Liberibacter americanus. Atualmente, no Brasil, prevalece a presença da forma asiática.

Quais os sintomas da doença?

Os sintomas do HLB podem ser vistos durante o ano todo, com maior frequência entre o final do verão e o início da primavera. Primeiramente, observa-se a presença de um ou mais ramos com folhas amareladas ou mosqueadas (manchas irregulares no limbo foliar, alternado gradativamente entre o verde e o amarelo). Em plantas novas, a árvore fica toda comprometida em um ou dois anos. Em plantas mais velhas, pode levar de três a cinco anos.

Com a evolução da doença, podem surgir novos brotos, mas as folhas são pequenas, amarelas e voltadas para cima, como “orelhas de coelho”. Em alguns casos, a nervura da folha fica grossa e mais clara, podendo também ficar áspera (corticosa).

Os frutos de ramos com sintomas do greening não amadurecem normalmente e adquirem uma coloração verde clara manchada. Geralmente, ficam deformados, pequenos e assimétricos em relação à columela central. Ao cortá-los é possível verificar internamente filetes alaranjados na columela a partir da região do pedúnculo, sementes abortadas (necrosadas) e com albedo (a parte branca da casca) com espessura maior que a de um fruto sadio.

Que condições favorecem a doença?

As duas espécies da bactéria Candidatus Liberibacter que ocorrem no Brasil são transmitidas pelo psilídeo Diaphorina citri, inseto de coloração branca acinzentada e manchas escuras nas asas, com comprimento de 2 a 3 mm, que se hospeda na falsa-murta e em todas as variedades cítricas, podendo ser encontrado em todas as regiões cítricas do País. A bactéria pode ser transmitida pela enxertia de borbulhas infectadas em plantas sadias. Mudas contaminadas constituem um importante meio de disseminação da doença. Por isso, é muito importante a aquisição de mudas de procedência idônea e produzida em viveiros telados.

A bactéria não é disseminada pelo vento, água ou qualquer instrumento agrícola.

Como a doença pode ser manejada?

O manejo integrado é a forma mais eficiente de combate ao greening e deve ser feito simultaneamente por todos os citricultores de uma mesma região, que devem tomar as seguintes medidas:

Inspeção frequente

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