Janes Watson
Dissertações: Janes Watson. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anynh • 26/6/2014 • 958 Palavras (4 Páginas) • 345 Visualizações
Biografia[editar | editar código-fonte]
Em 1947 ingressa na Universidade de Indiana, onde trabalhava Hermann Muller.
Em maio de 1950, com 22 anos de idade, Watson completou a sua graduação em zoologia. Trabalhou juntamente com o biofísico britânico Francis Crick no Laboratório Cavendish, Universidade de Cambridge, de 1951 até 1953. Integrou a Universidade de Harvard em 1955. Foi galardoado com o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1962 (partilhado com Maurice Wilkins e Francis Crick) pelo seu trabalho sobre as mutações induzidas pelos raios X, a partir do trabalho com imagens em 3D iniciado por Rosalind Franklin.
Tomando como base os trabalhos realizados por Maurice Wilkins, Watson e Crick revelaram a estrutura em dupla hélice da molécula do ácido desoxirribonucleico (ADN). As investigações proporcionaram os meios para comprender como se copia a informação hereditária. Eles descobriram que a molécula de DNA é formada por compostos químicos chamados nucleotídeos. Cada nucleotídeo consta de três partes: um açúcar chamado desoxirribose, um grupo fosfórico e uma das quatro possíveis bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina (C). Posteriormente Arthur Kornberg apresentou provas experimentais da exatidão do modelo apresentado. Como reconhecimento dos seu trabalhos sobre a molécula de ADN, Watson, Crick e Wilkins receberam o Prémio Nobel.
Em 1968 foi director do Laboratório de Biologia Quantitativa de Cold Spring Harbor, Nova Iorque. Escreveu The Double Helix (A Dupla Hélice, 1968), história da descoberta da estrutura do DNA. Participou no Projecto do Genoma Humano.
Em 2010 foi eleito presidente do Comité Científico da Fundação Champalimaud.1
Declarações polêmicas[editar | editar código-fonte]
Watson concede autógrafos após uma palestra no Cold Spring Harbor Laboratory, em 30 de abril de 2007
Watson declarou, em artigo publicado no Sunday Times Magazine em 14 de outubro de 2007, que está "inerentemente pessimista quanto às perspectivas da África" porque "todas as nossas políticas sociais estão baseadas no facto de que a inteligência deles é a mesma que a nossa – enquanto que todos os testes dizem que não é assim". Ele afirma desejar que todos fossem iguais, mas argumentou que "pessoas que têm de lidar com empregados negros descobrem que isso não é verdadeiro". Ele afirmou que não se deveria discriminar com base na cor da pele, porque "existem muitas pessoas de cor que são bastante talentosas, mas que não são encorajadas quando não obtêm sucesso no nível mais elementar."2
"Não há nenhuma razão sólida para antecipar que as capacidades intelectuais de pessoas geograficamente separadas em sua evolução provem ter evoluído de forma idêntica", escreveu. "Nosso desejo de reservar poderes iguais de raciocínio como alguma herança universal da humanidade não será suficiente para fazer com que assim seja."3
Como resultante destes comentários, o Museu de Ciências de Londres cancelou uma palestra que Watson daria em 19 de outubro de 2007. O porta-voz do museu declarou: "sentimos que o dr. Watson foi além do ponto do debate aceitável e estamos, como resultado, cancelando sua palestra".4
Watson posteriormente desculpou-se por seus comentários, declarando: "para todos aqueles que extraíram uma inferência de minhas palavras de que a África, como continente, é de algum modo geneticamente inferior, posso somente me desculpar sem restrições. Não foi o que eu quis dizer. O mais importante, do meu ponto de vista, é que não há base científica para tal crença", e depois, "não posso entender como posso ter dito o que foi citado como eu tendo dito. Posso certamente entender por que as pessoas que leram estas palavras reagiram da forma que reagiram."5 6
Várias críticas lhe foram dirigidas por este motivo. Keith Vaz, deputado trabalhista lamenta que um "cientista de tamanha reputação” faça comentários "acientíficos e sem nenhuma base" e que é "um destacado biólogo molecular e não deveria entrar em temas em que não está qualificado" (Steven Rose, neurobiólogo).
No seu livro Paixão pelo DNA (primeira edição em 2000), manifestou-se a favor da eugenesia. Em outras ocasiões, como no cinquentenário do descobrimento que lhe valeu o Nobel em conjunto com Francis Crick e Maurice Wilkins, fez comentários a favor da clonagem humana e manipulação genética (El Mundo, 25-IV-2003).
Referências
Ir para cima ↑ Scientific Committee (em inglês). Página visitada em 20 de novembro de 2010.
Ir para cima ↑ Museu cancela palestra de Prêmio Nobel
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