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LUZ DO CANCRO E BIOLOGIA MOLECULAR: CONCEITOS BÁSICOS

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Por:   •  20/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.672 Palavras (7 Páginas)  •  350 Visualizações

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CÂNCER DE PULMÃO E BIOLOGIA MOLECULAR: CONCEITOS BÁSICOS.

Itamar S. Oliveira-Júnior,

Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP-EPM

Doutorando da Disciplina de Pneumologia da UNIFESP-EPM

Membro da “Sociedad Española Interdiciplinaria del SIDA”, España

Membro da “International Federation of AIDS Society”, Suiça

Ex-Fellowship “Heart Center of Tulsa”, EUA

PARTE I

Prólogo

O câncer (CA) segue sendo uns dos maiores e mais perigosos inimigos de nosso próprio corpo, com um elevado índice de mortalidade em indivíduos maiores de 40 anos.

Durante a década de 90 começamos a entender a Biologia Molecular (BioMol) do Câncer com maior exatidão e detalhes surpreendentes.

A BioMol transmite nestes momentos otimismo e entusiasmo porque vislumbra a cura desta enfermidade versátil e complexa.

Nosso objetivo fundamental, ao escrever este texto, é o de transmitir noções fundamentais para estudantes de medicina, biomedicina, biologia, farmácia e médicos em geral, assim como para pós-graduandos da área das ciências biológicas e da saúde que estejam envolvidos em campos relacionados com a oncologia.

Nesta primeira parte iremos repassar as noções sobre Câncer e Biologia Molecular (BioMol), para podermos nos aprofundar cada vez mais na BioMol e no Câncer de Pulmão.

Conceitos básicos sobre o Câncer e Biologia Molecular

CÂNCER

A palavra Câncer é empregada para descrever um complexo e heterogêneo grupo de estados patológicos no qual as células proliferam descontroladamente e invadem tecidos vizinhos.

O câncer é uma enfermidade de caráter genético, que se produz ao serem eliminadas as restrições que limitam a divisão celular em células de tecidos já diferenciados e na maioria dos casos é uma enfermidade adquirida e, com freqüência, de caráter irreversível.

Existem numerosos estudos que correlacionam a incidência de determinados cânceres com o estilo de vida, os hábitos, dietas, profissões, lugar geográfico, etc. O que ocorre é um crescimento descontrolado de um grupo de células dentro de um tecido fazendo com que, na maioria das vezes, se inicie a produção de uma massa celular diferenciada do resto, denominado tumor.

Este tumor pode ser:

1 - Não invasivo: constituído por um conjunto de células que permanecem “encapsuladas” no local de origem sem produzir maiores danos aos tecidos adjacentes. Neste caso consider-se o tumor como benigno.

2 - Invasivo: quando somamos ao crescimento e proliferação descontrolados a propriedade de invasão e dispersão a outros tecidos com produção de metástase, neste caso o tumor será catalogado como maligno. Metástase é um tumor secundário originado pela disseminação de células cancerosas procedentes de um primeiro tumor (ou tumor primário).

Outra forma de denominação do câncer é neoplasia, que significa literalmente “novas proliferações” ou multiplicação progressiva de células, e estas podem se iniciar a partir de células normais em qualquer tecido sadio.

Biológica e clinicamente a classificação mais importante dos tumores se encontra entre tumores benignos e malignos, dos quais somente estes últimos são considerados propriamente cânceres:

- Tumor benigno: 1) não necessariamente avança para a malignidade, 2) se mantêm parecido com o tecido de origem, 3) nem todos os tipos de tecidos podem estar implicados e 4) muitas vezes estão separados do tecido normal por uma espécie de cápsula de tecido conjuntivo. Citologicamente não se diferenciam muito de células normais e os problemas clínicos surgem, em muitos casos, de maneira indireta por pressão da massa tumoral sobre nervos ou outros tecidos próximos;

- Tumor maligno: ao contrário do anterior apresenta numerosas anormalidades citológicas, tais como: 1) variações na forma e tamanho, 2) aumento da densidade e tamanho do núcleo celular, 3) mitoses anormais, 4) não se “encapsulam”, 5) destroem a membrana basal invadindo vasos sangüíneos e nódulos linfáticos.

Conceitos básicos sobre Biologia Molecular

Do ponto de vista molecular sabemos que cada célula possui uma série de genes (unidade biológica da hereditariedade, que se auto-reproduz e é transmitida para outras gerações) que “controlam” as funções de crescimento e divisão celular. Os genes cujas alterações produzem ou contribuem para o aparecimento do câncer são denominados oncogenes (do grego onkos= tumor), e o homólogo celular normal constitui o proto-oncogene.

Ácidos Nucléicos

Os ácidos nucléicos são constituídos por unidades elementares denominadas "nucleotídeos", os quais estão formados por três componentes:

1.Molécula de açúcar

Ribose, no caso do ácido ribonucléico (RNA):

Desoxirribose, no caso do ácido desoxirribonucléico (DNA).

2.Base orgânica nitrogenada

Adenina, guanina (bases púricas), citosina e timina (bases pirimidínicas) no caso do DNA.

Adenina, guanina (bases púricas), citosina e uracila (bases pirimidínicas) no caso do RNA.

3.Grupos fosfato

Os nucleotídeos se unem formando cadeias cujo esqueleto está formado pela união entre o açúcar de um nucleotídeo e o fosfato do seguinte, ficando as bases nitrogenadas na parte central, unidas cada uma ao C1 do açúcar. Estas bases são as que conferem especificidade ao ácido nucléico.

ESTRUTURA DO DNA

Estrutura primária

A estrutura primaria é dada pela seqüência de nucleotídeos. Quando se deseja representar a seqüência de um oligonucleotídeo ou de um ácido nucléico, se representa mediante a terminologia de cada uma das bases. Por

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