Laudo Aas Aula
Dissertações: Laudo Aas Aula. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mauricesouza • 5/12/2014 • 2.327 Palavras (10 Páginas) • 634 Visualizações
INTRODUÇÃO
A Química Farmacêutica é uma ciência utilizada na identificação de compostos bioativos, suas sínteses, desenvolvimento de novos compostos e o estudo molecular da relação entre a estrutura química e a atividade biológica, para podermos compreender os inúmeros mecanismos dos fármacos, sejam eles de uso terapêutico ou colateral e também o seu comportamento no que se refere aos aspectos farmacocinéticos, farmacodinâmicos e físico-químicos.
O laudo técnico, busca analisar uma determinada substância a partir do emprego de técnicas analíticas e físico-químicas com a intenção de assegurar que a amostra recebida é mesmo daquela matéria prima envolvida no processo de produção do fármaco almejado. Diante disso, as técnicas utilizadas para tal finalidade são de grande importância, pois garante que o produto final (medicamento) tenha qualidade, segurança e eficácia.
Neste laudo se pretendeu verificar se a amostra analisada é o ácido acetilsalicílico ou ácido 2-acetoxibenzóico. A aspirina, nome comercial deste composto é pertencente à família dos salicilatos e possui propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias.
OBJETIVOS
Efetuar as análises da amostra de Ácido Acetilsalicílico (AAS) do Fornecedor 2 para primeiramente identificar a amostra recebida, avaliando suas características e comparando-as com o estabelecido na literatura científica(Farmacopéia) para o AAS.
No segundo momento, verificar a qualidade geral da amostra com o propósito de aprovar ou reprová-la para seguir em linha de produção do medicamento final.
TÉCNICAS
3.1. Determinação da solubilidade
3.1.1. Descrição da técnica
Solubilidade de uma substância é a quantidade máxima que esta pode se dissolver quando em contato com um determinado com um solvente.
Um fator condicionante para a solubilidade é saber a polaridade que esta substância apresenta, ou seja, substâncias polares tendem a se dissolver em solventes polares, enquanto que substâncias apolares tendem a se dissolver em solventes apolares. Outros fatores como a pressão e a temperatura às quais o sistema é submetido também são determinantes para a análise de sua solubilidade.
O mecanismo de interação entre as moléculas do solvente e as partículas do soluto é denominado solvatação e, se o solvente em questão for à água, esse processo chama-se hidratação.
3.1.2. Metodologia
Pesou-se no vidro relógio 0,1089g de AAS e acrescentou-se no tubo 1. Mediu-se, com auxílio de uma pipeta, 0,1mL de água destilada, despejou-se para este tubo e não solubilizou. Então, mediu-se mais 0,9mL de água e não solubilizou no total de 1mL. Adicionou-se mais 2mL, e ainda não solubilizou no total de 3mL. Adicionou-se 7mL de água e não solubilizou no total de 10mL.Após adicionou-se mais 90mL de água, em um béquer, no total de 100mL,finalmente sendo solubilizado.
Pesou-se 0,1060g de AAS e acrescentou-se no tubo 2. Mediu-se 0,1mL de etanol e levou-se ao tubo 2, porém não solubilizou. Adicionou-se mais 0,9 mL, e com o total de 1mL o AAS foi solubilizado.
Pesou-se 0,1090g de AAS, mediu-se 0,1 mL de éter e levou-se ao tubo 3, não apresentou solubilização. Adicionou-se mais 0,9 mL e no total de 1mL não solubilizou. Adicionou-se mais 2mL e no total de 3 mL o AAS foi solubilizado.
3.1.3. Resultados
Avaliando a solubilidade do AAS nesses três solventes, levando uma quantidade aproximada de 1 g desse composto para a dissolução, observou-se que este se apresentou fracamente solúvel em água, pois no total de 100 mL houve solubilização; facilmente solúvel em etanol, já que em apenas 1mL de etanol este foi dissolvido; e solúvel em éter etílico, pois foi necessário 3 mL deste pra solubilizar a amostra de AAS.
Comparando esses dados com a descrição de solubilidade do AAS contida na 5° Edição da Farmacopéia Brasileira, observou-se uma pequena contradição quando se trata da sua solubilidade em água. Na descrição é dito que o AAS é pouco solúvel em água e no experimento realizado em aula este se mostrou fracamente solúvel, pois se usou uma grande quantidade bem maior de solvente. Através disso, pode-se concluir que a substância testada não apresenta uma boa pureza e que deve estar provavelmente, misturada com algum outro composto ou já parcialmente degradada a ácido acético e ácido salicílico, o que justifica essa alteração na sua solubilidade.
Determinação do ponto de fusão
3.2.1 Descrição da Técnica
O ponto de fusão designa a temperatura à qual uma substância passa do estado sólido ao estado líquido nas condições normais de temperatura e pressão, coexistindo ambas as fases (sólida e líquida) em equilíbrio. O ponto de fusão, a uma determinada pressão, é um valor constante, característico de uma substância pura, e por isso a sua determinação constitui um método para calcular o grau de pureza da mesma substância.
O ponto de fusão é um parâmetro físico-químico bastante influenciado pela presença de outras substâncias, sendo por isso um importante critério de pureza. Embora existam exceções, um ponto de fusão bem definido, com intervalo menor que 1ºC, é considerado indicativo de pureza de um composto. O ponto de fusão é um critério de qualidade exigido pela legislação para as matérias–primas utilizadas em farmácias de manipulação é bastante simples de ser feito e já pode ser um bom indicativo de pureza da amostra.
3.2.2 Metodologia
A determinação do ponto de fusão foi realizada conforme o procedimento que a Farmacopéia Brasileira 5ª edição preconiza. Com o auxílio de um isqueiro (chama) fechou-se três capilares em uma das extremidades. Colocou-se uma pequena quantidade de fármaco em cada um dos capilares e levou-se os mesmos ao aparelho de determinação do ponto de fusão. Aguardou-se o fármaco começar a fundir até a sua fusão completa e anotou-se a temperatura.
3.2.3
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