Liberação de GnRH por células do núcleo arqueado análoga à neurohipófise

Introdução: é sabido que as células nervosas do núcleo arqueado produzem o hormônio GnRH e o libera, de forma pulsátil com frequências diferentes de acordo com o período menstrual, nos capilares porta-hipofisários. O objetivo do estudo é questionar, por meio de bases de evidências, a liberação de GnRH por meio exclusivamente neuronal.

Adolescente de 16 anos e de sexo masculino procura o ambulatório de adolescentes relatando que, apesar de ter um corpo masculino, se sente como se fosse do sexo oposto. Deseja saber se haveria, do ponto de vista médico, possibilidade de obter a sua transformação anatômica nesse sentido. Veste calças, os sapatos são do tipo masculino, mas os adornos, a bolsa que usa e outros aspectos do comportamento identificam o conjunto como feminino. Apesar de se encontrar na puberdade, desde os 14 anos, a voz é fina, se bem que com uma tonalidade de falsete, denotando que faz esforço em torná-la o mais feminina possível. O seu modo de estar, os gestos e conversação assemelham-se aos de uma mulher, sem, contudo, se revestirem de aspectos grotescos.

Com relação ao comportamento, refere que antes dos cinco anos já preferia brincar com bonecas, desprezando os brinquedos masculinos. A própria tia, notando a sua preferência, oferecia-lhe ocasionalmente bonecas. Em casa da avó, recorda-se desde sempre que o seu passatempo favorito consistia em vestir, sempre que possível e as ocultas, roupas femininas. No colégio os meninos faziam chacota dele, por acharem-no efeminado. Detestava as brincadeiras destes, procurando isolar-se, mas era bem acolhido pelas meninas que o tratavam como igual. No Carnaval, vestia-se sempre com trajes do sexo contrário. O pai, apesar de recriminá-lo pela tendência em usar adornos femininos, comprou-lhe uma peruca no Carnaval quando ele tinha 7 anos. A mãe apreciava que ele a acompanhasse as compras, pois achava que tinha gosto para escolher roupas femininas.