Linfedema
Pesquisas Acadêmicas: Linfedema. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Brunaalugon • 10/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 2.641 Palavras (11 Páginas) • 362 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO – UNESC
BRUNA ALVES LUGON
LINFEDEMA
COLATINA
2013
BRUNA ALVES LUGON
LINFEDEMA
Trabalho apresentado ao Curso de Fisioterapia, do Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC, sob orientação da Professora Rosimara, como requisito para a obtenção de presença em AEEDs e nota no trabalho específico.
COLATINA
2013
DEFINIÇÃO
Linfedema ou edema linfático são sinônimos de aumento de volume de segmentos corpóreos causado por distúrbios do sistema linfático. Pelo fato deste sistema possuir várias funções importantes além do controle dos fluidos teciduais, o edema linfático possui características que o diferem de edemas que acompanham doenças de outros órgãos e sistemas. Por este motivo, deve-se considerar o linfedema como sendo apenas um dos sinais clínicos que acompanham a insuficiência linfática, síndrome complexa que tem etiologia variada e manifestações clínicas diversas e que, na sua forma crônica, causa profundas alterações do membro acometido, com graves repercussões funcionais, estéticas e psicossociais para o paciente. A alta prevalência de distúrbios linfáticos torna importante o conhecimento básico dos diferentes aspectos ligados a estas doenças. A filariose linfática atinge mais de 120 milhões de pessoas em 73 países e mais de 20% da população do planeta vive em áreas endêmicas. Em nosso país, a área metropolitana do Recife e a desembocadura do rio Amazonas são as grandes áreas de concentração do problema. As malformações do sistema linfático, associadas ou não a outros problemas de desenvolvimento, são uma causa importante de óbitos fetais. Linfático são bem mais raro na prática clínica.
SISTEMA LINFÁTICO
Em sua integridade, o sistema linfático é composto pelos vasos condutores, órgãos linfáticos (linfonodos, baço, timo, amígdalas, placas de peyer) e células (linfócitos e macrófagos). A linfa é composta pelo fluído extracelular, rico em macromoléculas e outros elementos do sangue que extravasaram da circulação dos capilares. Um desequilíbrio na relação sangue-linfa promove o aparecimento do edema tecidual. Em sentido estrito, o sistema linfático é um sistema unidirecional que transporta o excesso de fluido tecidual de volta á circulação. Em um sentido mais amplo, esse sistema estabiliza o líquido móvel intercelular e a matriz extracelular, mantendo a integridade e a função tissular.
O sistema linfático, diferentemente do sistema venoso, geralmente permanece vazio, com seus vasos colabados, decorrente da contração dos vasos.A linfa produzida diariamente é de aproximadamente 2 litros| dia a 2,5 litros| dia, decorrente do discreto desequilíbrio de movimento de água, sais e macromoléculas que vão do plasma para o espaço tecidual.
A linfa dos membros inferiores e das vísceras abdominais retorna à circulação através do ducto torácico que desemboca na veia subclávia esquerda. A linfa da cabeça, do pescoço e dos membros superiores geralmente drena diretamente para as veias centrais ou através de uma cisterna supraclavicular.
FISIOPATOLOGIA
O aparecimento do linfedema crônico segue um padrão de sequência análogo ao da estase venosa crônica decorrente da síndrome pós-flebítica, o que também pode ser considerado uma síndrome pós-linfangite. O intupimento, a obstrução ou a ligadura de um segmento linfático (vaso ou linfonodo) levam a um regime de estase e dilatação a montante, com uma perda gradativa da estrutura dos vasos linfáticos e uma insuficiência valvular subsequente. Após alongamento e tortuosidade dos vasos, ocorre o extravasamento da linfa, rica em proteínas, o que leva um aumento do volume inicialmente, seguido de um processo inflamatório que acarreta em um endurecimento do membro, hiperpigmentação, fibrose, espessamento cutâneo e possivelmente ulceração.
INCIDÊNCIA
O linfedema congênito familiar (Doença de Milroy) ocorre em 1 para cada 6.000 nascimentos. Nos países ocidentais, estima-se entre 600.000 e 2.000.000 o número de pessoas com linfedemascongênitos.
Há grande discussão quanto à incidência de linfedemas secundários, particularmente do linfedema pós-mastectomia. Nos últimos anos, vem ocorrendo um aumento da incidência do câncer de mama. Nos anos 80, havia 112.000 novos casos a cada ano, números que cresceram para 180.000 no início da década de 90. Com o diagnóstico mais precoce e a sobrevida mais longa destas pacientes, podese prever que haverá um número crescente de pacientes com linfedema de membro superior. Dados estatísticos recentes demonstram que cerca de 25% das mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama desenvolverão linfedema secundário do membro superior,após um período variável de tempo e comgravidade também
Se, a estes dados, acrescentarmos o enorme contingente de pacientes com insuficiência venosa crônica, onde a participação da insuficiência linfática tem um papel reconhecidamente importante, podemos chegar a uma prevalência aproximada de 450.000.000 de pacientes com distúrbios linfáticos, ou seja, 15% da população mundial.
QUADRO CLÍNICO
Infecção é a principal complicação que acompanha os pacientes com linfedema crônico. Pode ser tanto infecções fúngicas como erisipelas e celulites. Desnutrição e imunossupressão podem acompanhar linfangiectasias mesentéricas e quilotorax.
Pode ocorrer degeneração maligna- linfagiossarcoma (síndrome de Stewart-treves)- lesões eritematovioláceas, nodulares que podem aparecer em linfedemas crônicos.
ETIOLOGIA
Os linfedemas podem ser classificados conforme sua etiologia (primário x secundário), tempo de aparecimento (congênito, precoce ou tardio) e ainda em relação à genética (familiar e esporádico), o que habitualmente é feito a partir da história clínica. O linfedema primário ou idiopático é aquele que geralmente
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