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Links de autismo

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Por:   •  1/10/2014  •  Seminário  •  402 Palavras (2 Páginas)  •  248 Visualizações

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TEXTO: CONEXÕES DO AUTISMO

O texto “Conexões do Autismo”, de Marcos Pivetta, foi publicado na revista Fapesp em julho de 2010 e retrata que o autismo, uma doença de origem complexa, é um dos distúrbios neurológicos mais comuns em recém-nascidos. Acredita-se que fatores ambientais externos, como exposição a metais pesados, pesticidas ou outros agentes tóxicos podem desempenhar um papel no aparecimento da doença, mas os estudos a respeito da mesma são, em sua maioria, sobre as causas genéticas que podem causar alterações em diferentes genes ou trechos do genoma humano.

Cientistas brasileiros descobriram que a partir de dentes de leite de uma criança de 5 anos, pode-se obter células-tronco de pluripotência induzida (iPSC) e as transformar em neurônios no laboratório. Dessa forma, encontraram uma alteração em vias de cálcio extremamente importante para o desenvolvimento dos neurônios. A geneticista da USP, Maria Rita Passos Bueno, uma das autoras do estudo ainda não publicado, pesquisa sobre a doença há anos e faz um comentário a respeito: “Há menos cálcio alterando a ativação de vias celulares que podem estar relacionadas com o aparecimento do autismo nesse caso”. Um estudo semelhante foi realizado em San Diego, na Califórnia, no laboratório do brasileiro Alysson Muotri, pela bióloga e aluna de doutorado, Karina Griesi Oliveira e foi descoberto que neurônios de pacientes com autismo apresentam morfologia diferente e em menor número. “Isso pode significar que há um problema de desenvolvimento ou de maturação dos neurônios”, afirma Muotri.

O mesmo grupo de pesquisadores da Califórnia, também estudaram outro distúrbio cerebral, conhecido como síndrome de Rett que afeta quase exclusivamente meninas, por apresentarem na maioria das vezes mutações no gene MeCP2, localizado no cromossomo X. A partir de células de iPSC derivadas da pele, foram encontrados resultados semelhantes as alterações do autismo, estudados anteriormente. A proteína que também leva o nome de MeCP2, tem a função de sintetizar esse gene que tem grande importância no desenvolvimento cerebral e qualquer anomalia que ela sofra pode levar ao mau funcionamento de qualquer outro gene.

Os neurônios derivados de iPSC, em pacientes com a síndrome de Rett, também possuem alterações em vias de cálcio, assim como as do paciente com autismo estudado aqui no Brasil. “Pode ser que a proteína MeCP2 seja importante para a regulação da via de cálcio”, comenta Muotri. Portanto a hipótese que está sendo pesquisada parece fazer sentido, levando em conta todas essas alterações similares, tanto no autismo, quanto na síndrome de Rett.

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