Um estudo sobre o autismo
Relatório de pesquisa: Um estudo sobre o autismo. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ethelgisondi • 3/6/2013 • Relatório de pesquisa • 5.490 Palavras (22 Páginas) • 939 Visualizações
INSTITUTO APAE – ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DE SÃO PAULO
UM ESTUDO SOBRE O AUTISMO
ETHEL LEOPOLDINE GISONDI
SANDRA APARECIDA DE CAMARGO
SOLANGE DO CARMO SOARES
SÃO PAULO/SP
AGOSTO/2008
ETHEL LEOPOLDINE GISONDI
SANDRA APARECIDA DE CAMARGO
SOLANGE DO CARMO SOARES
UM ESTUDO SOBRE O AUTISMO
Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo – APAE/SP como requisito para a obtenção da certificação do Curso 180 horas – Deficiência Intelectual e Educação Inclusiva, sob a orientação do(a).Professor(a): Karina Pagnez.
SÃO PAULO/SP
AGOSTO/2008
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. CAPÍTULO I – HISTÓRICO DO AUTISMO
3. CAPÍTULO II – CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO
4. CAPÍTULO III – QUANDO CLÍNICO
4.1. Início Precoce
4.2. Interação Social Recíproca
4.3. Linguagem e Comunicação
4.4. Repertório Restrito de Atividades e Interesses
5. CAPÍTULO IV – O AUTISMO NA ESCOLA INCLUSIVA
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LISTA DE SIGLAS
CID 10
Classificação Internacional de Doenças 10ª Edição.
DSM II
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – 2ª Edição.
DSM III
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – 3ª Edição.
DSM IV
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – 4ª Edição.
DSM IV TR
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – 4ª Edição (Traduzida e Revisada).
TGD
Transtornos Globais do Desenvolvimento
1. INTRODUÇÃO
O Autismo é um Transtorno Mental que se insere nos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Inicia-se antes dos 3 anos de idade e caracteriza-se por prejuízo qualitativo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento, como habilidades de interações sociais recíprocas, habilidade de comunicação ou presença de comportamentos, interesses e atividades estereotipadas, prejuízo esse que representa um desvio acentuado em relação ao desenvolvimento ou idade mental do indivíduo.
O Autismo apresenta um distúrbio do desenvolvimento neuropsicológico complexo, tanto em seus aspectos clínicos quanto etiológicos, no qual o indivíduo acometido permanece voltado para si mesmo, com grave prejuízo de relacionamento interpessoal. Além dessa manifestação principal, há prejuízo em outras áreas, como menor habilidade em comunicação verbal e não verbal, tendência a realizar atividades repetitivas e ritualísticas, dificuldade em se adaptar a mudanças de rotinas, bem como comprometimento cognitivo, resultando, em geral, em deficiência mental.
O autismo foi definido inicialmente na década de 40, graças sobretudo aos estudos de Leo Kanner. Foi, entretanto, a partir da década de 80 que essa condição passou a ser mais conhecida das comunidades científica e leiga, quando foram definidos critérios diagnósticos e de avaliação clínica que possibilitaram sua melhor descrição. Mais recentemente, os avanços no campo da neuroimagem, incluindo o desenvolvimento de instrumentos apurados de análise do sistema nervoso central, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, permitiram uma melhor compreensão desse e de diversos outros distúrbios cerebrais e aspectos do autismo, em descrições que abordam suas características clínicas e neurológicas.
Mesmo após sessenta anos de pesquisas sobre o autismo, descreveram-se muito sobre suas principais características, suas associações com diversas patologias, possíveis causas etiológicas e a organização de inúmeros itens que auxiliam no diagnóstico, até hoje, estritamente clínicos. As pesquisas levantadas procuram esclarecer, principalmente, sobre o histórico, a etiologia e as características do autismo, que justificam nossa escolha.
2. CAPÍTULO I – HISTÓRICO DO AUTISMO
No curso dos últimos anos, podemos identificar uma proliferação de interesses voltados à questão do autismo. Não se trata somente de estudar um transtorno, mas uma contemplação do desconhecido, que inspira fascínio, instiga à curiosidade e seduz, por provocar um movimento em direção a algo que desafia o conhecimento, mas que aos poucos vem se mostrando ao mundo científico. É um tema fascinante, por seu diagnóstico apresentar grandes dificuldades, sendo passível de várias discussões. Engloba, dentro dos atuais conceitos, uma gama bastante variada de doenças com diferentes quadros clínicos e matizes de gravidade que tem como fator comum o sintoma autístico.
O termo autismo foi utilizado pela primeira vez por E. Bleuler em 1911, para designar a perda de contato com a realidade,
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