Medula Ossea

1 INTRODUÇÃO

1.1 Tema: Doação voluntária de medula óssea

1.2 Problema: Oferta limitada de doação voluntária de medula óssea.

1.3 Objetivo: Investigar os motivos da baixa adesão ao cadastro de novos doadores ao sistema de doação voluntária de medula óssea. Fazer levantamentos dos requisitos de aptidão para ser doação de medula óssea.

1.4 Justificativa: Considerando o baixo número de pessoas inscritas no cadastro de doação de medula óssea é importante conscientizar as pessoas da importância de ser um doador. Essa pesquisa poderá contribuir para o aumento do cadastro de doadores de medula óssea, pois com o conhecimento gerado poderão ser aplicadas melhores estratégias de conscientização, favorecendo o aumentando do número de transplantes realizados e reduzindo o de receptores a espera de uma doação.

1.5 Hipótese: A baixa oferta de candidatos a doações de medula óssea se dá devido a falta de conhecimento a respeito dos reais riscos e possibilidades de se tornar um doador.

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 Doação de medula óssea

A medula óssea (MO) é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos. Nela são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.

É possível se cadastrar como doador voluntário nos Hemocentros nos estados. No Rio de Janeiro, além do Hemorio, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de MO.

Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar, os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10 ml para testes, estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente, no caso de compatibilidade o doador é chamado para exames complementares e para realizar a doação. (INCA 2013).

Muitos confundem transplante de medula óssea com transplante de medula espinhal. Infelizmente não se domina ainda a tecnologia para tal transplante, isto é, da porção do sistema nervoso central que passa por dentro do canal localizado na medula espinhal.

Transplante de medula óssea é o procedimento clinico onde se retira parte da medula óssea alojada na cavidade interna de vários ossos, em geral da bacia, usada como tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue.

Ela consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. O transplante pode ser alogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical (INCA 2013).

2.2 Além da medula óssea há outros órgãos, tecidos e células que podem ser doados em vida.

Segundo a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira para ser um doador necessário passar por avaliação médica para ser considerado apto para fazer a doação. Por lei, apenas familiares (pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos) podem fazer doações sem que seja necessária autorização judicial.

Os órgãos que podem ser doados em vida são: rim (por ser um órgão duplo), fígado e pulmão (podem ser doado parte destes órgãos).

Além da doação de rim, fígado e pulmão, há a doação de óvulos e espermatozóides. Os óvulos são indicados para mulheres que não tem a função ovariana, onde a doadora é uma mulher jovem que aceita doar parte dos oócitos (células germinativas femininas) produzidos no processo de estimulação ou através de oócitos vitrificados (congelamento ultra-rápido). Os espermatozóides são indicados para homens que não possuem uma produção completa do mesmo, onde todos os exames preventivos são realizados antes da doação.

Além dessas doações, também é possível a doação de sangue (que é uma transfusão) onde o doador saudável faz uma doação voluntária ao que necessita.

“A transfusão é feita com o objetivo de restabelecer as condições clínicas de um paciente com perda sanguínea aguda (consequente a cirurgia ou acidente) ou crônica (decorrente de anemias crônicas, quimioterapia ou transplante de medula óssea)”. (Sociedade Beneficente Israelita Brasileira- 2009)

2.3 Captação de doadores de medula óssea: Compatibilidade, critérios, inaptos.

Primeiro é feito um exame de sangue para tipificado o tipo histocompatibilidade (HLA, que é responsável pela compatibilidade). Este teste de laboratório é identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante. O HLA será incluído no cadastro. Os resultados são confidenciais e servem apenas para os fins do REDOME.

Seus dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.

No ato da doação, em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, se requer internação por um mínimo de 24 horas.

Existe uma outra forma de obtenção das células-tronco da medula óssea, que utiliza uma máquina específica (aférese) para separar do sangue periférico (corrente sanguínea), as células necessárias para o transplante. Neste caso, o doador tem que receber um medicamento antes da doação (fator de crescimento), que estimula a medula óssea a liberar estas células para a corrente sanguínea. Esta técnica só é utilizada em casos específicos, sob decisão médica e com consentimento do doador. (WATANABE, Alexandra M. et al. 2009)

Estão relacionadas abaixo as principais causas de inaptidão à doação de sangue. Serve também como referência para doador de MO. Entretanto,