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Meningite

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Por:   •  22/4/2014  •  Seminário  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  519 Visualizações

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Meningite é uma infecção que se instala principalmente quando uma

bactéria ou vírus,por alguma razão,consegue vencer as defesas do

organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem

o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso

central. Mais raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos

ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

a) Meningites virais

Nas meningites virais, o quadro é mais leve. Os sintomas se assemelham

aos das gripes e resfriados. A doença acomete principalmente as

crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca,

inapetência e ficam irritadas. Uma vez que os exames tenham comprovado

tratar-se de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se

resolva sozinho, como acontece com as outras viroses.

Para a erradicação da doença no Brasil é uma tarefa difícil por causa da alta de notificações uma vez que há pessoas sem registro como cidadãos.

Situação geográfica é também um fator que dificulta os serviços de saúde e notificações de caso como exemplo as favelas em 1978.

Em um dos artigos cita um estudo eito no município do Rio de Janeiro em 1978 onde oi usado para diagnosticar caso de meningite bacteriana meios de cultura para observar as bactérias coletadas do grupo que oram investigados

1. MENINGITES BACTERIANAS:

As meningites bacterianas permanecem ocupando um lugar de destaque em todo o mundo, principalmente, devido a sua gravidade, sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade (Daoud et al., 1995). Diversos são os agentes causadores destas enfermidades, porém, os de maior importância e que disputam a supremacia são: Neisseria meningitidis (Nm), Streptococcus pneumoniae (Sp) e Haemophilus influenzae b (Hib), que, segundo Tikhomirov & cols, são responsáveis por mais de 80% dos casos de meningites bacterianas fatais (Tikhomirov & cols, 1997). Estima-se que, excluindo-se as formas epidêmicas, ocorram pelo menos 1,2 milhões de casos de meningites bacterianas por ano, em todo o mundo, dos quais 135.000 são fatais (Tikhomirov & cols, 1997).

1.1. Tipos de Meningite Bacteriana:

i) Meningite por Haemophilus influenzae b (MHib):

O Hib causa doenças, normalmente, em crianças; as meningites promovidas por este agente são raras em menores de 3 meses e, pouco freqüentes, em maiores de 6 anos (Willet, 1994); entretanto, casos em lactentes e em adultos são relatados (Willet, 1994). Apresenta, geralmente, caráter endêmico e, epidemias não têm sido observadas, ainda que possa originar pequenos surtos, principalmente em creches, contatos familiares e outros (Willet, 1994; Kaplan & Feigin, 1994). Segundo Kaplan & Feigin, durante, aproximadamente, 30 dias após o início de um caso de meningite, o risco em contatos familiares é 585 vezes maior que o risco ajustado para a idade, na população geral, que não teve contato prévio com os casos (Kaplan & Feigin, 1994).

A literatura revela que até há bem pouco tempo atrás o Hib era o principal agente na causação da meningite bacteriana endêmica, em crianças, em diversas partes do mundo fatais (Richardson, 1996). Com a introdução da vacina conjugada Anti-Hib, na rotina, este quadro vem mudando bastante, em diversos países, como Estados Unidos (Schuchat et al., 1997) e Inglaterra (Richardson, 1996). Em um estudo realizado nos Estados Unidos, no ano .de 1995, pode-se constatar uma mudança profunda no padrão epidemiológico das meningites bacterianas, naquele país, sendo

estas, atualmente, enfermidades que acometem principalmente adultos; tal mudança, se deve à introdução desta vacina, que produziu uma redução de 94% no número de casos de MHib, e, conseqüentemente, uma queda de 55% no total de meningites bacterianas, alterando, de modo consistente, a média de idade destas últimas, passando de 15 meses em 1986, para 25 anos de idade, em 1995 (Schuchat et al., 1997). Apesar da comprovada eficácia vacinal, alguns países ainda lutam para demostrar a necessidade da implantação desta vacina, na rotina, como é o caso observado na cidade de Puebla, no México, onde de 48 cultivos positivos de LCR, em crianças menores de 5 anos, 23(47,9%) foram identificados como Hib, seguido do Sp com apenas 6(12,5%) casos (Iglesias et al., 1995). Situação semelhante é também encontrada em Irbid, na Jordânia (Daoud et al., 1996), em Salvador, na Bahia (Gomes et al., 1996) e em Israel; neste último, a taxa de incidência de MHib, em menores de 5 anos, é de 92,6/100.000 nascidos vivos (Dagan et al., 1994).

ii) Meningite Pnemomocócica (MP):

Dentre os causadores de meningites bacterianas, o Sp vem assumido uma posição de destaque, não só devido ao declínio vertiginoso na incidência de Hib como, também, e principalmente, devido ao aparecimento crescente de cepas resistentes à maior parte dos agentes antimicrobianos, em diferentes partes de mundo (Willet, 1994). Além disso, a MP, possui uma altíssima taxa de letalidade, grande número de seqüelas, e, é o maior responsável por casos de meningites recorrentes, em todos os grupos etários (Willet, 1994).

Muito comum em crianças, principalmente entre 1 mês e 4 anos de idade, e adultos, acima de 60 anos, é muito mais danosa aos segundos do que aos primeiros. Em um estudo realizado na Inglaterra, onde a taxa de incidência global é de 0,8/100.000/pessoas/ano e, em menores de 5 anos, de 5,5/100.000, com uma taxa de letalidade global de 22%, 40% dos casos ocorreram em menores de 5 anos e 43% em maiores de 60, sendo que as taxas de letalidade foram 7% e 48%, respectivamente (Urwin et al., 1996). Em outro estudo, nos Estados Unidos, das meningites bacterianas, a MP foi a mais encontrada, sendo responsável por 47% de todos os casos; a incidência, específica por idade, foi muito maior na faixa etária de 1 a 23 meses, com 86,7% do total de casos, seguida dos maiores de 60 anos, com

apenas 7,4%; a taxa de letalidade, para todas as idades, foi de 21% (Schuchat et al., 1997).

A vacina existente contra o Sp é efetiva para 23 sorotipos, dos 84 que possui, os quais são responsáveis

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