Metodologia De Ensino
Pesquisas Acadêmicas: Metodologia De Ensino. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 300607 • 2/6/2014 • 1.221 Palavras (5 Páginas) • 411 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A família Bromeliaceae é uma das mais representativas da flora neotropical, abrange cerca de 56 gêneros e 2.600 espécies epífitas ou terrestres (SMITH & TILL 1998). Bromeliaceae possui distribuição neotropical, com exceção de uma única espécie de Pitcairnia que ocorre na África Ocidental, no Brasil ocorrem cerca de 40 gêneros e 1200 espécies (SOUZA & LORENZI, 2008).
A maioria das Bromeliaceae apresenta potencial ornamental, o que vem causando o declínio das populações naturais de algumas espécies (SOUZA & LORENZI, 2008). Estas plantas impressionam por suas formas exóticas, pela gama de cores e variedades de suas flores. Têm grande valor para arranjos em vasos de interior e, também, ocupam sempre lugar de destaque em projetos paisagísticos (MENDONÇA, 2002). Incluem-se entre os gêneros frequentemente cultivados como ornamentais e conhecidos popularmente como bromélias, gravatás ou caraguatás: Aechmea, Alcantarea, Billbergia, Guzmania, Neoregelia, Pitcairnia, Vriesea e muitos outros (SOUZA & LORENZI, 2008).
As Bromeliaceae são comuns em florestas úmidas, principalmente na Mata Atlântica, onde são uma das principais famílias entre as epífitas, com folhas dispostas de forma a acumular água da chuva em verdadeiros “tanques”. Nas florestas de restinga representam um importante componente na paisagem, dominando o estrato herbáceo por vastas extensões e, neste sentido, destaca-se a espécie. Quesnelia arvensis. Também em ambientes mais secos, particularmente nas caatingas e campos rupestres, as Bromeliaceae podem ser muito comuns. Uma das espécies mais curiosas e mais amplamente distribuídas é a barba-de-velho (Tillandsia usneoides), comum em diversos ecossistemas florestais, em nada lembra a maioria das Bromeliaceae, com ramos longos e esbranquiçados, pendentes nas árvores, o que motivou o seu nome popular (SOUZA & LORENZI, 2008).
Em virtude de ser facilmente reconhecida e bastante distinta das demais monocotiledôneas, Bromeliaceae já foi considerada uma família isolada e de relacionamento incertos, classificada por alguns autores na ordem Bromeliales (CRONQUIST 1981; DAHLGREN ET AL. 1985; JUDD et all. 1999). Entre as característica que fazem Bromeliaceae ser tão singular, incluem-se a formação de roseta, a predominância de forma de vida epífita, a presença de escamas foliares especializadas à absorção de umidade e nutrientes, e os estigmas espiral-conduplicados (MARCHANT 1967; CRONQUIST 1981; DAHLGREN et al. 1985; GILMARTIN & BROWN 1987). Algumas dessas características, com forte valor adaptativo, como a roseta e as escamas absortivas, associadas à fotossíntese do tipo CAM, são consideradas inovações-chave para o processo de diversificação ou radiação adaptativa e colonização de ampla gama de ambientes (BENZING 2000; CRAYN 2004).
A importância da família está relacionada com as amplas interações ecológicas, nas quais muitas bromélias participam como espécie-chave, nos ambientes onde vivem. Bromeliaceae é indicada como a família mais importante no fornecimento de néctar volumoso e concentrado para mais de 35% das espécies de beija-flores da Mata Atlântica brasileira (BUZATO 2000) e em ambientes extremos e periféricos à Mata Atlântica, as Bromeliaceae criam micro-ambientes mais propícios ao estabelecimento e crescimento de outras espécies vegetais, sendo então chamadas de “nurse-plants” (SCARANO 2002). Além disso, grande parte das espécies apresentam fitotelma (tanque), uma cavidade formada em virtude da sobreposição das bainhas foliares imbricadas que, quando preenchido pela água das chuvas e colonizado por organismos aquáticos, recebe o nome de fitotelmata (BENZING 2000).
2. OBJETIVOS
Identificar as espécies encontradas de acordo com os padrões morfológicos, indicando suas variações.
Obter informações e dados a fim de embasar propostas de conservação e riqueza morfológica das bromélias.
Comparar a morfologia e desenvolvimento de Bromeliaceae segundo ambiente de Mata Atlântica, por meio do levantamento das bromélias no Parque Estadual do Itaberaba (PEI) – SP, colaborar com o conhecimento da Flora PEI, por meio de descrições, ilustrações e comentários sobre a variação morfológica e o desenvolvimento de bromélias ocorrentes na área.
3. MÉTODOS
Será realizado um levantamento bibliográfico da família Bromeliaceae, e os padrões morfológicos e desenvolvimento das bromélias em Mata Atlântica.
O estudo será realizado no município de Santa Isabel - SP, no Parque Estadual do Itaberaba (PEI), que abrange 15,1 mil há (quinze mil hectares), com áreas dos municípios de Guarulhos, Mairiporã, Nazaré Paulista, Arujá e Santa Isabel. O PEI foi formado para preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente e conservação da biodiversidade (Jornal da Cidade de Arujá 2010).
O PEI por ter florestas conservadas em suas áreas apresenta ótima oportunidade para estudar as bromélias, o estudo visa contribuir com a flora (morfologia e desenvolvimento) da família e consequentemente com o próprio Parque que faz parte de uma área ainda pouco conhecida.
A coleta e observação das bromélias serão realizadas mensalmente no período de outubro de 2010 a outubro de 2011, em 03 áreas distintas no Parque Estadual do Itaberaba, serão levadas amostras para o laboratório de sistemática vegetal da Universidade de Mogi das Cruzes, para o estudo (observação e análise) da morfologia e desenvolvimento de Bromeliaceae.
Os procedimentos adotados em campo,
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