MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO: Uma Revisão Da Literatura.
Trabalho Universitário: MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO: Uma Revisão Da Literatura.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Virginiafp • 5/7/2014 • 5.166 Palavras (21 Páginas) • 795 Visualizações
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO: uma revisão da literatura.
SÃO LUÍS
2014
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO: uma revisão da literatura.
Projeto de pesquisa apresentado a Faculdade... como requisito para a aprovação na disciplina seminário de Pesquisa I.
Orientadora: ...
SÃO LUÍS
2014
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, tem-se vivenciado avanços científicos e tecnológicos na indústria farmacêutica, que luta constantemente contra a contaminação para garantir a qualidade de seus produtos. Como auxiliares no controle da contaminação, desinfetantes são empregados para desinfecção de equipamentos e áreas. Na escolha do desinfetante ideal, fatores como natureza, número e localização dos microorganismos, concentração e potência do agente desinfetante, propriedades físico-químicas, substâncias incompatíveis e metodologia para detecção são de fundamental importância para eleger o melhor agente sanitizante (AMARAL, 2002, pg.28).
Para Kalil e Costa (1994) a esterilização é a eliminação ou destruição completa de todas as formas de vida microbiana, sendo executada através de processos físicos ou químicos, já a desinfecção é o processo que elimina todos os microorganismos ou objetos inanimados patológicos, com exceção dos endosporos bacterianos. Esse processo não deve ser confundido com a esterilização, visto que não elimina totalmente todas as formas de vida microbiana. Por definição, os dois procedimentos diferem quanto à capacidade para eliminação dos esporos, propriedade inerente à esterilização.
A natureza do microorganismo é um dos principais parâmetros a avaliar antes da escolha do agente desinfetante. Muitas classes de microorganismos são resistentes, limitando o número de ativos disponíveis. Como regra básica, quanto mais concentrada maior a ação do produto e menor o tempo de exposição ao agente. Contudo, como a maioria das substâncias é tóxica em concentrações elevadas, devemos nos basear em estudos científicos para determinar as concentrações e tempos de exposições ideais (MARTINS et al, 2002, pg.40).
Dessa forma, a presente revisão tem o objetivo de apresentar as diferentes técnicas de esterilização e desinfecção do ar e materiais utilizados no âmbito industrial, bem como estabelecer as implicações dessas técnicas na qualidade do produto final.
DISCUSSÃO
Ciclo de vida das bactérias
As bactérias no seu estado ativo podem ser facilmente destruídas por um método correto de esterilização. A forma esporulada é um mecanismo protetor através do qual a bactéria é capaz de permanecer latente por um grande período de tempo. Neste estado ela pode sobreviver às condições nas quais morreria rapidamente em seu estado ativo. Entretanto, quando estes esporos são colocados novamente em uma condição favorável para seu desenvolvimento, eles tornam-se bactérias ativas. Para que a esterilização seja um processo absoluto é necessário conhecer o ciclo de vida das bactérias e as condições necessárias à sua destruição, bem como de seus esporos (NIEHEUS, 2004, Pg.23).
Nem todas as espécies de bactérias produzem esporos e de fato, a produção de esporos é quase inteiramente restrita às bactérias do gênero Bacillus e Clostridium. De qualquer forma alguns membros deste gênero merecem ser notados, pois podem causar doenças graves como o Tétano (Cl. tetani), Gangrena (Clwelchii) e Anthrax (B. anthracis). Algumas cepas de bactérias formadoras de esporos, como Cl. welchii podem também causar intoxicação alimentar.
Para que a destruição dos microrganismos seja absoluta, o processo de esterilização a vapor deve permitir o controle do calor, umidade e temperatura. O calor pode matar prontamente as bactérias mas, além disso, é necessário que o vapor circule por convecção, de forma a penetrar nos objetos porosos (RUTALA, 1997).
Esterilização
Rutala (1997) define a esterilização como o processo de completa eliminação ou destruição de todas as formas de vida microbiana viáveis, podendo ser realizada por meio de processos físicos ou químicos. As formas microbianas de vida consideradas mais resistentes a processos físicos e químicos e que podem ser manuseadas laboratorialmente são os esporos bacterianos. Portanto, os esporos são utilizados para estabelecer parâmetros para os processos de esterilização.
Entre os processos físicos, incluem-se calor úmido saturado sob pressão, calor seco, irradiação ionizante, irradiação ultravioleta e a filtração. Entre os agentes químicos recomenda-se o óxido de etileno, o Glutaraldeído e o Formaldeído. A escolha do processo de esterilização depende da natureza do artigo a ser esterilizado. O processo deesterilização que oferece maior segurança é o calor úmido saturado sob pressão, entretanto, vários artigos hospitalares são termossensíveis, o que inviabiliza esse processo de forma generalizada (WIDMER, et al,2002,pg. 255).
A prática da esterilização visa à incapacidade de reprodução de todos os organismos presentes no material a ser esterilizado, causando a morte microbiana até que a probabilidade de sobrevivência do agente contaminante seja menor que 1:1.000.000, quando um objeto pode então ser considerado estéril (COSTA, 1990). Um dos avanços na prática da esterilização é a compreensão de que os microrganismos submetidos a maioria dos processos de esterilização não morrem todos ao mesmo tempo, mas de uma forma progressiva.
A esterilidade ou nível de segurança é a incapacidade de desenvolvimento das formas sobreviventes ao processo de esterilização, durante a conservação e utilização de um produto. A manutenção do nível de
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