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Necrose E Apoptose

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Por:   •  7/1/2015  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  532 Visualizações

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A célula muitas vezes está exposta a condições que podem levar à lesão celular. Essa

lesão pode ser reversível até certo ponto, depois do qual a célula morre. A morte celular pode

seguir a via da necrose ou da apoptose, sendo a primeira sempre patológica, enquanto a

segunda pode acontecer também em processos fisiológicos normais do organismo.

As causas mais comuns de lesões celulares são: ausência de oxigênio (hipóxia); agentes

físicos (traumas, temperatura, radiação, choque); agentes químicos e drogas; agentes

infecciosos; reações imunológicas; distúrbios genéticos e desequilíbrios nutricionais.

O estímulo nocivo desencadeará vários processos intracelulares, como o dano à

membrana, que afeta a mitocôndria (levando à diminuição da produção de ATP e morte

celular), os lisossomos (causando digestão enzimática dos componentes celulares) e a

membrana plasmática em si, culminando na perda do conteúdo celular. Há também aumento

do cálcio intracelular e das espécies reativas de oxigênio (radicais livres, como o O2-, H2O2,

OH-), o que leva a proteólise e dano ao DNA. O cálcio ativa muitas enzimas que levam a

degradação celular, como as endonucleases e as proteases. Acontece diminuição da

quantidade de ATP, levando a perda das funções celulares dependentes de energia. A

atividade da bomba de sódio e potássio ATPase na membrana plasmática diminui, acumulando

sódio intracelularmente e levando à perda de potássio para o meio externo. Acontece edema

celular e dilatação do Retículo Endoplasmático, formando bolhas. O metabolismo energético

alterado contribuirá para o aumento da glicólise anaeróbica e diminuição das reservas de

glicogênio, aumentando o ácido lático e fosfatos inorgâncios. Esse aumento de produção ácida

causa diminuição do pH, prejudicando a atividade de muitas enzimas celulares. É a deficiência

na bomba de cálcio, devido à falta de energia, que leva ao aumento intracelular dessa

substância, conforme o descrito. Por fim, a diminuição da síntese protéica resulta em dano às

membranas mitocondriais e lisossomiais.

A lesão caracteriza-se como reversível enquanto houver alterações na membrana

plasmática (bolhas; redução e distorções nas microvilosidades; figuras de mielina; ligações

intracelulares mais frouxas), alterações mitocondriais (edema, densidades amorfas), dilatação

do retículo endoplasmático (separação e desagregação dos polissomos), degeneração

gordurosa e alterações nucleares (desagregação dos elementos granulares e fibrilares). O

dano passa a ser irreversível na medida em que a célula é incapaz de reverter os danos

mitocondriais (ausência de fosforilação oxidativa e geração de ATP) e há alterações profundas

na função da membrana.

A lesão isquêmica apresenta uma tendência para lesionar os tecidos mais rápido do que

a hipóxia.

As células sofrem essas alterações bioquímicas e morfológicas conforme a lesão

progride, evoluindo para morte celular e necrose.

Pode-se definir necrose como as alterações morfológicas que acontecem após a morte

celular em um tecido vivo, devido à ação progressiva de enzimas nas células que sofreram

uma lesão letal. A necrose é o correspondente macroscópico e histológico da morte celular

causada por uma lesão exógena irreversível. Assim que a célula morre, ela ainda não é

necrótica, pois esse é um processo progressivo de degeneração. As células necróticas não

conseguem manter a integridade da membrana plasmática, extravasando seu conteúdo e

podendo causar inflamação no tecido adjacente.

Morfologicamente, as células necróticas apresentam um aumento da eosinofilia, devido

à perda da basofilia causada pelo RNA no citoplasma normal e devido também ao aumento da

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ligação da eosina às proteínas plasmáticas desnaturadas. O citoplasma apresenta vacúolos e o

citoplasma com um aspcto corroído, podendo haver calcificações. As células mortas podem ser

substituídas por grandes massas de fosfolipídeos, denominadas figuras de mielina, que serão

posteriormente fagocitadas por outras células ou degradadas em ácidos graxos.

As células necróticas são vistas ao microscópio eletrônico com descontinuidade de

membranas plasmáticas e organelas. Dilatação acentuada das mitocôndrias, com densidades

amorfas e figuras de mielina intracitoplasmáticas.

A fragmentação inespecífica do DNA leva a alterações nucleares que podem aparecer na

forma de três padrões: cariólise (DNA em degradação, diminuição da basofilia nuclear),

picnose (encolhimento do núcleo e aumento da basofilia, pela condensação do DNA)

cariorréxis (fragmentação do núcleo, com seu posterior desaparecimento).

Há vários padrões morfológicos

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