O LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS E O RECEPTOR DE TRANSFERRINA COMO UMA DAS NOVAS PERSPECTIVAS NO ACOMPANHAMENTO E DIAGNÓSTICO DA ANEMIA DO DOENTE RENAL CRÔNICO
Por: selmadigitadora • 7/11/2022 • Trabalho acadêmico • 7.710 Palavras (31 Páginas) • 109 Visualizações
O LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS E O RECEPTOR DE TRANSFERRINA COMO UMA DAS NOVAS PERSPECTIVAS NO ACOMPANHAMENTO E DIAGNÓSTICO DA ANEMIA DO DOENTE RENAL CRÔNICO
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Análises Clínicas da Faculdade e Bioquímica da Universidade Federal de , para obtenção do título de especialista em Análises Clínicas .
RESUMO[pic 1]
A anemia é uma importante causa de morbidade em indivíduos portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC). Esse quadro hematológico é multifatorial, sendo que a redução de secreção de Eritropoetina (EPO) desempenha papel primordial. A maioria dos pacientes com IRC tem anemia normocítica, normocrômica. Quando não tratada, a anemia de IRC é associada a várias anormalidades fisiológicas, incluindo-se aumento do débito cardíaco, aumento da área cardíaca, hipertrofia ventricular, angina, entre outras, além de retardar o crescimento em pacientes pediátricos. Tais anormalidades reduzem a qualidade de vida e oportunidades para reabilitação em sobrevida do paciente com IRC. Este estudo, cuja metodologia consiste em revisões literárias, tem o propósito de revisar os recentes avanços no entendimento dos aspectos diagnósticos, patofisiológicos e terapêuticos da anemia presente em portadores de DRC, vislumbrando o receptor de transferrina como uma nova perspectiva diagnóstica.
Palavras-chave: Anemia, Insuficiência Renal Crônica, Eritropoetina.
LISTA DE FIGURAS [pic 2]
FIGURA 1 – CLASSIFICAÇÃO DA ANEMIA 16
FIGURA 2 – VIAS NORMAIS DE TRANSPORTE DO FERRO 17
LISTA DE ABREVIATURAS [pic 3]
CTLF – Capacidade de ligação da transferrina ao ferro
HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica
DM – Diabetes Mellitus
DRC – Doença Renal Crônica
EPO – Eritropoetina
EPO-rHU – Eritropoetina Recombinante Humana
IL – Iterleucina
INF – Interferon
IRC – Insuficiência Renal Crônica
OMS – Organização Mundial da Saúde
sTfR – Níveis séricos do Receptor de Transferrina Sérica
TFG – Taxa de Filtração Glomerular
PTH – Paratormônio
VCM – Volume Corpuscular Médio
SUMÁRIO[pic 4]
1 INTRODUÇÃO 7
2 MATERIAIS E MÉTODOS 8
3 DOENÇA RENAL CRÔNICA 9
3.1 Importância e questão social 10
3.2 Visão clínica e laboratorial 11
4 A DRC E A ANEMIA 14
4.1 A Eritropoetina Recombinante Humana (EPO-rHU) como
tratamento da anemia no DRC 18
5 A UTILIZAÇÃO DO RECEPTOR DE TRANSFERRINA COMO
PARÂMETRO DE ACOMPANHAMENTO DA ANEMIA PRESENTE
NO PORTADOR DE DRC 21
6 PERSPECTIVAS FUTURAS NO TRATAMENTO DA ANEMIA DO
PORTADOR DE DRC 24
7 DISCUSSÃO: RECEPTOR DE TRANSFERRINA COMO
PARÂMETRO DIAGNÓSTICO DA ANEMIA DO DRC
CONCLUSÃO 25
BIBLIOGRAFIA 26
1 INTRODUÇÃO
A anemia é uma grave conseqüência da Insuficiência Renal Crônica (IRC), sendo causada, principalmente, pela produção renal insuficiente de eritropoetina. Ela é caracteristicamente normocrômica/normocítica, leve a moderada, e apresenta hipoferremia em presença de estoques adequados de ferro. Provoca incapacidade física e mental, sendo responsável pela redução da sobrevida e da qualidade de vida dos pacientes. A anemia estigmatiza o paciente portador de insuficiência renal, pois acarreta palidez cutânea, conferindo-lhe um aspecto de doente, prejudicando de maneira importante sua recuperação social (GARCIA et al, 1988).
No portador de Doença Renal Crônica (DRC), a eritropoese encontra-se normal ou discretamente aumentada e a contagem de reticulócitos normal ou inadequadamente aumentada frente ao grau de anemia do paciente (MEANS JR. & KRANTZ, 1992).
A resposta medular inadequada observada deve-se, basicamente, à secreção inapropriadamente baixa de Eritropoetina (EPO), à diminuição da resposta da medula óssea à EPO e à diminuição da eritropoese conseqüente à menor oferta de ferro à medula óssea (MEANS JR. e KRANTZ, 1992).
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