O Pequeno Médico

A História de Alexandre nos leva a refletir e pensar em tudo que já vivemos e o que ainda queremos viver, sua trajetória foi curta, mais com um papel muito importante para as pessoas que estavam ao seu redor e acima de tudo ele foi um exemplo de força e garra perante uma doença tão agressiva, a vontade pela sobrevivência é o que nos contagia na história, com isso ele encoraja sua mãe seu irmão parentes e amigos a seguir firme nessa luta.

Durante o período em que Alexandre esteve no hospital ele foi muito bem atendido pela equipe de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, pois além de excelente qualificação, elas eram humanitárias, davam atenção e carinhos, respeitava acima de tudo o paciente, algo imprescindível para pessoas que estão vivendo realidades tão difíceis. Diferentemente de alguns médicos que se anularam em suas patentes de superiores e descartavam as opiniões de quem realmente importava, o paciente. O médico urologista ignorou os alertas de Alê em relação à sonda, que realmente estava posta no lugar errado, se ele tivesse sido humilde e escutado seu paciente, teria evitado mais sofrimento, e a doutora Suely Aparecida de lemos que de modo nada ético e agressivo, respondeu a Graziela, na qual seu dever era ter sido solidaria, e respeitar a dor do próximo, lógico essas são as exceções, que ainda devem aprender a ouvir e entender as necessidades dos outros, principalmente nos momentos de maiores dificuldades.

Para uma criança, foi muito difícil tudo o que ele foi submetido a passar, tantos tratamentos abusivos, doses cavalares de diversos medicamentos, e mesmo bastante debilitado nunca perdia sua alegria infantil, e havia mantido o sonho de se tornar medico, infelizmente a vida não lhe proporcionou o tempo que merecia, se tivesse vencido o câncer com certeza iria fazer a diferença nos hospitais e principalmente nas pessoas pois só quem já viveu essa dura realidade pode entender por completo o próximo suas necessitam, e oferecer compreensão para superar os obstáculos.

Admirável é o amor de uma mãe, que a torna mais corajosa que um herói, a ponto de sair à frente de um campo de guerra para proteger seu filho. Graziela em meio a tantas dificuldades nunca perdeu as esperanças, sempre acreditava e tinha fé que tudo ia dar certo, mãe possui uma persistência incrível, em verdade a palavra sublime pode definir a grandeza e a força de seu amor. E nada se compara a perda de um filho, como muitas já relataram é como se tivessem arrancado uma parte do corpo alma e coração, ainda não sou mãe, mais a leitura me fez imaginar e me aproximar um pouco dessa agoniante sensação.

O livro é realmente muito comovente, e nos leva a pensar que são tantas outras crianças, jovens e adultos sofrendo por essa doença tão devastadora, que depois da leitura,nos renova a ver a vida de uma maneira diferente, nos induzindo a valoriza-la mais,aproveitar até as coisinhas mais bobas que poça acontecer. E com isso a lição mais profunda que o livro me mostrou, está resumida em um trecho da leitura que diz:

“Para mim ficou a certeza de que é preciso viver de verdade todos os momentos com aqueles que amamos. Para não nos arrependermos de a vida ter passado despercebida.’’ (Graziela Gilioli).