Papel Das Proteinas No Envelhecimento Saudavel
Trabalho Escolar: Papel Das Proteinas No Envelhecimento Saudavel. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: susanafroli • 21/5/2013 • 2.982 Palavras (12 Páginas) • 928 Visualizações
Papel das proteínas da dieta no envelhecimento saudável - Parte 1
Introdução
A população de idosos nos Estados Unidos está crescendo e os idosos estão vivendo mais (1). Um número estimado de 19,3% (72,1 milhões) de pessoas da população dos Estados Unidos terá 65 anos de idade ou mais até 2030 comparado com 12,8% (38,9 milhões) em 2008 (1). No Brasil, em 2008, havia 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, superando a população idosa de vários países europeus, como a França, a Inglaterra e a Itália, segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgada em outubro de 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda em 2008, havia 9,4 milhões de pessoas com 70 anos ou mais no País, 4,9% da população total. Entre 1998 e 2008, a proporção de idosos (60 anos ou mais) aumentou de 8,8% para 11,1%. Com o envelhecimento, existe uma maior incidência de perda de massa muscular e óssea, o que pode aumentar o risco de sarcopenia e osteoporose, respectivamente (2-5). À medida que o número de pessoas mais velhas continua crescendo, a sarcopenia e a osteoporose deverão se tornar cada vez mais preocupações de saúde pública.
A sarcopenia é uma perda involuntária, progressiva, relacionada à idade, de massa muscular (2-4). Essa condição está associada com uma menor força, perda funcional, fragilidade, quedas, incapacidade, perda da independência e melhor qualidade de vida em idosos (6,7). A sarcopenia afeta um número estimado de 30% das pessoas com idade de 60 anos ou mais e mais de 50% das pessoas com mais de 80 anos (8). No ano 2000, US$ 18,5 bilhões em cuidados com saúde foram diretamente atribuídos à sarcopenia nos Estados Unidos (9).
A osteoporose (ossos porosos) é uma doença caracterizada pela redução da massa óssea e deterioração estrutural do tecido ósseo, levando à fragilidade dos ossos e maior risco de fraturas, especialmente do quadril, espinha-dorsal e pulso, apesar de qualquer osso poder ser afetado (2,10). Essa doença afeta um número estimado de 55% das pessoas com idade de 50 anos ou mais (10). Em 2005, as fraturas relacionadas à osteoporose foram responsáveis por custos estimados de US$ 19 bilhões nos Estados Unidos, o que provavelmente aumentará para aproximadamente US$ 25,3 milhões até 2025 (10).
Dada a natureza debilitante e a carga econômica da sarcopenia e da osteoporose, a prevenção e efetivamente tratamento dessas condições relacionadas à idade é uma importante meta da saúde pública (2). Múltiplos fatores, tanto relacionados à genética como ao meio-ambiente, contribuem para essas desordens (6-8,10,11). A boa nutrição e a atividade física, ao ajudar a reduzir os riscos e desacelerar a progressão das perdas ósseas e musculares relacionadas à idade, podem ajudar os idosos a se manter ativos e independentes e potencialmente reduzir os custos nacionais com cuidados de saúde (2).
A proteína da dieta é crítica para o desenvolvimento de músculos e ossos e um crescente número de pesquisas sugere que o aumento modesto na ingestão de proteína acima da atual quantidade recomendada (12) pode ajudar a preservar a massa muscular de adultos (isto é, reduzir os riscos de sarcopenia) e massa óssea (isto é, reduzir os riscos de osteoporose) (2-6,13-16). Esse artigo revisa as recentes descobertas relacionadas ao papel da proteína da dieta na otimização da saúde dos músculos e dos ossos em idosos.
Atuais recomendações de ingestão de proteína
A atual recomendação de ingestão de proteína feita nos Estados Unidos, chamada de Dosagem Diária Recomendada (Recommended Daily Allowance - RDA) é de 0,8 gramas por quilo de peso corpóreo por dia em adultos com idade de 19 anos ou mais (12). Assim, uma pessoa com peso médio de 70 quilos teria que consumir idealmente 56 gramas de proteína por dia. Uma análise de estudos de curto prazo sobre o balanço de nitrogênio em adultos jovens foi usada para estabelecer essa RDA para proteína. Embora o método de balanço de nitrogênio possa ser apropriado para determinar a quantidade mínima de proteína necessária para evitar deficiência (17,18), se é ou não é o melhor método para determinar as recomendações de ingestão de proteínas para se ter uma saúde ótima é discutível (2-7,14,19-22). Em particular, pesquisadores argumentam que a atual RDA para proteína não lida adequadamente com as mudanças que ocorrem com o envelhecimento, como menor massa muscular, maior massa de gordura, reduções na ingestão de alimentos e atividade física e maior ocorrência de doenças (2,6). Com o envelhecimento, existe um decréscimo voluntário na ingestão de energia. Quando as necessidades de energia não são supridas, a proteína se torna uma fonte alternativa de energia, o que pode subsequentemente aumentar os requerimentos de proteínas. Devido às várias limitações na técnica de balanço de nitrogênio, uma delas é que ela não mede qualquer ponto clinicamente relevante (como massa de musculatura esquelética), esse método pode subestimar os requerimentos ótimos de proteínas para adultos mais velhos (2,5,13,14,22).
O Instituto de Medicina dos Estados Unidos (IOM, sigla em inglês) também estabeleceu um alcance aceitável de distribuição de macronutrientes (AMDR, sigla em inglês) para proteína dietética de 10-35% da ingestão diária de energia para adultos (12). O AMDR está mais de acordo com o conceito de ingestão ótima de nutrientes, em oposição à ingestão mínima recomendada refletida pela RDA (12). Em termos práticos, para um indivíduo que consome uma dieta de 2.200 quilocalorias por dia, a média do alcance de proteína seria de 20% da energia, o que corresponderia a 110 gramas de proteína por dia (12).
O papel da proteína da proteína dietética na otimização do músculo e na redução de risco de sarcopenia
A perda muscular na sarcopenia resulta de um desequilíbrio entre síntese protéica e taxas de degradação de proteína (6,7,11,23). A ingestão de proteína dietética é a forma primária de estimular a síntese de proteína muscular aumentando a disponibilidade de aminoácidos, especificamente os essenciais (indispensáveis), resultando em um estado anabólico (síntese de proteínas musculares) após a refeição (6,23-27).
A ingestão inadequada de proteínas e a menor atividade física são dois fatores chaves para a perda de músculo em idosos (6,11). Apesar de muitos norte-americanos suprirem ou excederem a atual RDA para proteína, dados de pesquisas feitas no país indicam uma tendência em direção à redução na ingestão de proteínas
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