Parestesia Dos Nervos Alveolar Inferior E Lingual pós Cirurgia De Terceiros Molares
Trabalho Escolar: Parestesia Dos Nervos Alveolar Inferior E Lingual pós Cirurgia De Terceiros Molares. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anap1707 • 1/4/2014 • 3.064 Palavras (13 Páginas) • 777 Visualizações
Parestesia dos nervos alveolar inferior e
lingual pós cirurgia de terceiros molares
REVISÃO | REVIEW
RESUMO
A remoção cirúrgica dos terceiros molares vem se tornando cada vez mais freqüente nos dias de hoje. Quando se trata dos dentes inferiores,
é importante atentar-se para a ocorrência das parestesias dos nervos lingual e alveolar inferior, cujas incidências são de 0-23% e
0,4-8,4%, respectivamente. O quadro poderá resolver-se espontaneamente, mas quando isso não ocorrer, as modalidades terapêuticas
disponíveis apresentam resultados limitados a determinados casos, confirmando que o melhor é a prevenção. Esse estudo se propôs
a realizar uma revisão de literatura sobre parestesia dos nervos lingual e alveolar inferior, em relação a sua etiologia, sintomatologia,
condutas preventivas e terapêuticas.
Termos de indexação: nervo alveolar inferior; nervo lingual; parestesia.
ABSTRACT
The surgical removal of the third molars has been a frequent procedure lately. When the lower teeth are surgically removed, it is of great
importance to warn possible occurrence of the lingual and inferior alveolar nerve paresthesia, which incidence varies between 0-23% and
0.4-8.4% respectively. This situation can be solved by itself, but when this does not happen, even the best therapeutics available might
present insufficient and unsuccessful results proving that prevention is still the best procedure. The aim of this study was to review the literature
concerning lingual and inferior alveolar nerve paresthesia, in relation to its etiology, symptoms, preventive and therapeutics procedures.
Indexing terms: mandibular nerve; lingual nerve; paresthesia.
Paresthesia of lingual and inferior alveolar nerve after third molars surgery
Franncine Miranda da ROSA1
Carlos Alberto Bazaglia ESCOBAR2
Larissa Corrêa BRUSCO1
1 Universidade Luterana do Brasil, Departamento de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia. Av. Farroupilha, 8001, São José, 92410-306, Canoas, RS,
Brasil. Correspondência para / Correspondence to: LC BRUSCO (larinhabrusco@yahoo.com.br).
2 Universidade Federal de Santa Maria, Faculdade de Odontologia. Santa Maria, RS, Brasil.
INTRODUÇÃO
A população jovem de hoje vem apresentando um
aumento significativo de problemas referentes à região dos
terceiros molares, que se traduzem em dor, edema, infecção,
trismo e dificuldade de higiene oral, ocorridos graças à nãoirrupção
espontânea desses dentes. O fato destes dentes
ficarem retidos pode ser explicado pela falta de espaço físico
para os terceiros molares, devido ao tamanho do osso da
arcada dentária ser menor que o tamanho requerido para
acomodar todos os dentes, aliado ao fato destes serem os
últimos dentes a irrupcionarem, ou ainda poderá advir da má
posição dos mesmos. Graças a isso, a remoção cirúrgica dos
terceiros molares é uma prática que vem se tornando cada vez
mais rotineira nos consultórios odontológicos, e com ela suas
complicações pós-cirúrgicas. Dentre estas, está a parestesia
dos nervos alveolar inferior e lingual, graças à proximidade
anatômica dessas estruturas com os dentes em questão.
Tendo como base essas considerações, essa revisão de
literatura visa discorrer sobre parestesia, abordando questões
a ela relacionadas, tais como sua etiologia, sintomatologia,
prevenção, formas de tratamento e prognóstico.
PARESTESIA
Anatomia
O nervo trigêmio (V par craniano) é um nervo misto
responsável pela sensibilidade da face e pela motricidade dos
músculos da mastigação e diversos pequenos músculos. Do
gânglio trigeminal partem seus três ramos: nervo oftálmico,
RGO, Porto Alegre, v. 55, n.3, p. 291-295, jul./set. 2007
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nervo maxilar e nervo mandibular, que é a divisão inferior e
maior do nervo trigêmio1.
O nervo mandibular é o único ramo misto do nervo
trigêmio. Seus ramos motores, em sua grande maioria, recebem
a denominação dos músculos a que se destinam e seus ramos
sensitivos são representados pelos nervos aurículotemporal,
bucal, lingual e alveolar inferior, sendo que esse último
origina o nervo mentoniano, o nervo incisivo e o nervo milohióideo2.
O nervo lingual emerge do tronco do nervo
mandibular e une-se, na região zigomática ao nervo
corda do tímpano, que possui fibras associadas gustativas.
É responsável pela inervação sensitiva dos dois terços
anteriores da língua e da mucosa da cavidade bucal em sua
face lingual. O nervo alveolar inferior penetra na mandíbula
pelo
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