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Pesquisa (Câncer - Biologia Molecular)

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Por:   •  30/5/2014  •  4.091 Palavras (17 Páginas)  •  522 Visualizações

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CÂNCER – BIOLOGIA MOLECULAR

O QUE É O CANCER?

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma. Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).

O QUE CAUSA O CÂNCER?

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos. O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais frequente nesses indivíduos. Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células. O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando.

O APOIO PSICOLÓGICO A PESSOAS COM CÂNCER

Acolhimento, enfrentamento e comunicação. Essas três palavras definem a atuação do psicólogo em um hospital oncológico, de acordo com as psicólogas Christina Haas Tarabay e Katia Rodrigues Antunes.

O apoio psicológico começa no momento do diagnóstico do câncer e se estende enquanto durar o tratamento. Muito além de escutá-lo, esses profissionais buscam compreender as necessidades emocionais, a angústia e os medos presentes nos relatos dos pacientes e oferecer todo o suporte psicológico. É por meio da conversa, do estabelecimento de vínculo, do respeito e confiança que acontece essa relação e o sucesso depende de todos esses fatores.

No caso do atendimento às crianças, são realizados avaliações e atendimentos psicoterápicos individuais. São realizadas também avaliações psicológicas. O paciente deve se sentir acolhido. Por isso, precisamos mostrar que cada um tem uma história e usar a própria reflexão do paciente para que ele perceba tudo a sua volta, o que está passando e possa enfrentar esse momento com mais serenidade. O psicólogo tem que procurar ler nas entrelinhas do discurso do paciente o que muitas vezes não é dito, por estar difícil para se expressar naquele momento. O trabalho do psicólogo se estende ainda, em alguns casos, à família, quando é realizado o trabalho de suporte familiar, oferecendo apoio psicológico, visando colaborar no processo de comunicação entre os familiares e o paciente, uma vez que, o enfrentamento da doença pode ser difícil e falar sobre o assunto requer um preparo.

Estimular a comunicação é importante para o processo de enfrentamento da doença. A psicologia foca no acolhimento para auxiliar o paciente e familiar a enfrentarem a doença, em todas as fases do tratamento.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS RELACIONADOS AO CANCER

O diagnóstico de câncer continua se constituindo em um momento particularmente difícil e gerador de intensa angústia na vida de uma pessoa em função de uma série de aspectos que são mobilizados. A ruptura na forma habitual de vida, a incerteza e a insegurança de futuro, o caminho de um tratamento incerto, por vezes, doloroso e prolongado, associada ao estigma de uma época em que não havia tratamento disponível e a possibilidade da morte era iminente. Estes são aspectos determinantes na configuração de um estado de crise em que a fragilidade emocional torna-se uma esperada consequência.

Apesar dos importantes avanços na área da oncologia, particularmente no que se refere às possibilidades terapêuticas, o diagnóstico de câncer comumente ainda continua sendo uma doença bastante estigmatizada, carregada de preconceitos e mistérios e estimuladora de fantasias irracionais abalando a integridade psicológica dos pacientes, tornando-os fragilizados e vulneráveis, fazendo com que o paciente se volte para si mesmo ou utiliza mecanismos psicológicos de defesa.

Tais mecanismos de defesa têm dupla finalidade: lutar contra a angústia desencadeada diante da ameaça da doença e estabelecer uma nova maneira de relacionamento da pessoa doente com o meio e consigo mesma. Sendo que, estas formas de relacionamentos são as mais variadas possíveis, como agressividade, recusa ao tratamento, baixa autoestima e etc., dificultando assim a relação do paciente com sua família e equipe de saúde.

O impacto do diagnóstico pode definir diversos sentimentos de difícil elaboração que variam de acordo com os recursos de cada paciente: a idade do paciente, dinâmica familiar, insegurança na relação médico-paciente,

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