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Picada de cobra

Relatório de pesquisa: Picada de cobra. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  4.554 Palavras (19 Páginas)  •  209 Visualizações

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Picada de cobra

A primeira coisa a fazer em caso de uma picada de cobra é identificar a serpente. Embora a picada de cobra possa ser fatal, existem soros muito eficientes que podem evitar esse desfecho, sobretudo se a cobra puder ser identificada.

Segundo o Instituto Butantan, há quatro tipos de acidentes peçonhentos com cobras:

Acidente botrópico (causado por serpentes do grupo das jararacas): causa dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da picada; sangramentos nas gengivas, pele e urina. Pode evoluir com complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.

Acidente laquético (causado por surucucu): quadro semelhante ao acidente botrópico, acompanhado de vômitos, diarreia e queda da pressão arterial.

Acidente crotálico (causado por cascavel): sensação de formigamento no local da picada, sem lesão evidente; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dores musculares generalizadas e urina escura.

Acidente elapídico (causado por coral verdadeira): no local da picada não se observa alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.

Quais são as diferenças entre cobras venenosas e não venenosas?

As diferenças servem como um guia geral, mas comportam muitas exceções. Consideram-se alguns fatores:

As cobras venenosas têm aneis coloridos completos pretos, brancos, vermelhos ou amarelos.

As cobras venenosas têm cabeça triangular, bem destacada do corpo e coberta pelas mesmas escamas do corpo. As cobras não venenosas têm cabeça arredondada e coberta por placas.

As cobras venenosas têm cauda curta, que se afila bruscamente; as cobras não venenosas têm cauda longa, que se afila gradualmente.

As cobras venenosas têm presas na parte anterior da boca. As cobras não venenosas têm dentes serrilhados.

As cobras venenosas têm olhos grandes e pupilas como fendas verticais. As não venenosas têm olhos pequenos e pupilas arredondadas.

As cobras venenosas têm um pequeno orifício entre os olhos e as narinas, a chamada fosseta loreal; as não venenosas não têm. Com exceção da cobra coral, que não tem fosseta loreal, mas é venenosa.

As escamas das cobras venenosas são alongadas e pontudas, dando ao tato uma sensação de aspereza. As outras têm escamas miúdas e dão, ao tato, um aspecto liso e escorregadio.

As cobras venenosas têm hábitos noturnos (embora também possam ser avistadas de dia).

As serpentes inofensivas fogem quando ameaçadas; as peçonhentas não e assumem atitude de ataque (elas se enrolam e armam o bote).

Quais são os primeiros socorros a serem prestados a uma pessoa que foi picada por uma cobra?

Como a picada de cobra acontece habitualmente em lugares distantes do ponto de socorro médico, os primeiros socorros têm de ser prestados por uma pessoa leiga, que deve:

Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.

Manter o paciente deitado.

Manter o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele.

Procurar o serviço médico mais próximo, o mais rápido possível.

Se possível, levar o animal para identificação.

Retirar aneis, pulseiras, sapatos ou outros adereços apertados, porque logo ocorrerá o edema (inchaço).

O que não deve ser feito?

Não fazer torniquete ou garrote.

Não cortar o local da picada, nem perfurar ao redor do local da picada.

Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes na ferida.

Aranhas

As aranhas pertencem ao filo Arthropoda, mais especificamente à classe Arachnida e a ordem Araneae. O grupo é caracterizado por apresentar exoesqueleto (um esqueleto externo resistente à dessecação), compartimentalização do corpo em cefalotórax (prossoma) e abdome (opistossoma) e a produção e uso da seda.

Consistem em um grupo diverso, habitando desde ecossistemas terrestres até mesmo a aquáticos, com aproximadamente 40 mil espécies descritas (Ruppert et al., 2005). Todas as aranhas são carnívoras, se alimentando principalmente de insetos. São solitárias na sua grande maioria, mas há espécies que apresentam o hábito social desenvolvido (Campón, 2007). A seda não é característica exclusiva das aranhas, pois é encontrada na construção de casulos de borboletas e mariposas. Entretanto a presença de fiandeiras, estruturas em que se localizam as glândulas sericígenas (responsáveis pela produção da seda), é característica exclusiva das aranhas. A utilização de seda pode ser usada na predação, na reprodução como também em alguns casos na dispersão para novos ambientes. A reprodução é realizada por transferência indireta de esperma, onde os machos utilizam os seus pedipalpos modificados (segundo par de apêndices) para transferir os espermatozoides para a fêmea. A fêmea então deposita seus ovos que são armazenados em uma ooteca (várias camadas de seda utilizadas para revestir um grande número de ovos), que pode ser carregada pela fiandeira da fêmea ou presa e escondida na própria teia. Em alguns casos, a fêmea pode cuidar de sua prole, até mesmo transportando-os no seu dorso. A duração da vida varia entre as espécies, levando geralmente de 1 a 2 anos, sendo que algumas espécies de caranguejeiras foram mantidas em cativeiro por 25 anos (Ruppert et al., 2005).

Outra característica exclusiva das aranhas é a presença de glândulas de veneno associada às quelíceras (estruturas em formato de pinça presentes no cefalotórax, sendo consideradas o primeiro par de apêndices). No entanto, o veneno associado às picadas de aranhas raramente provoca acidentes graves em humanos, devido à pequena quantidade de veneno injetada, a baixa toxicidade para humanos e também, ao formato das quelíceras (Cardoso et al., 2003). As quelíceras das aranhas podem apresentar dois formatos distintos: quelíceras paralelas que se movem somente no plano longitudinal (quelíceras

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