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Problemas nos pés

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Por:   •  22/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.318 Palavras (10 Páginas)  •  423 Visualizações

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Parte 06 Dani

OS PROBLEMAS CLÍNICOS MAIS

COMUNS JUNTO A POPULAÇÃO

EM SITUAÇÃO DE RUA

7.1 PROBLEMAS NOS PÉS

Questões a serem observadas

Problemas nos pés são comuns nessa população por passarem muitas horas por dia em pé nas ruas ou andando. Além disso, os sapatos que recebem de doação, meias ou chinelos que costumam usar podem causar calos e abrasões, além de infecções fúngicas, que são muito comuns.

O local em que as pessoas em situação de risco encontram para se deitar, assim como a posição em que se deitam , costuma provocar edema e estase venosa, que, combinamos com picadas de insetos e machucados, podem levar a ulcerações e celulite.

Calos e clavus pantares são bastante frequentes na população em situação de rua e, pelo impacto na sua mobilidade, é algo que ganha grande importância no que se refere à sua saúde. Saber dos fluxos de encaminhamentos para cirurgia ambulatorial e rede de abrigamento é importante pois após a retirada dos clavus, estarão impossibilitados de andar alguns dias.

PROBLEMAS COMUMENTE ENCONTRADOS NOS PÉS DOS MORADORES DE RUA

Varicosidades e estase venosa Celulites e erisipelas

Micoses Calosidades

Clavus plantares Pé-de-imersão ou pé-de-trincheira

Bicho-de-pé Unha encravada

O que devo fazer:

Como normalmente utilizam chinelos grandes e tem contato com umidade, frequentemente desenvolvem fissuras e micoses. Antifúngicos orais podem aumentar a hepatoxidade em usuários de álcool, prefira os tópicos.

Vale resaltar que a realização de curativo é um excelente momento para aprofundar o vinculo e aprofundar a anamnese e , conforme demanda, poderão ser realizados pela equipe do consultório na rua in loco.

No caso de varizes, a orientação de deitar-se com as pernas elevadas por alguns minutos poderá ser avaliada junto com o usuário, pois, apesar de nem sempre ser possíveis nos grandes centros, em parques geralmente é viável.

É importante conhecer as redes de doações e, sempre que necessário, acessar a assistência social para que o usuários tenha direitos a meias, calçados e meias elásticas.

7.2 INFESTAÇÕES

Claudio Candiani

A dificuldade de acesso a locais para higiene pessoal, principalmente no que se refere a banho

e lavagem de roupas, propicia que infestações como piolhos de corpo, de cabeça e escabiose

sejam agravos frequentes no que se refere à saúde da população em situação de rua.

Questões a serem observadas:

INFESTAÇÕES COMUMENTE ENCONTRADAS PELOS MORADORES DE RUA

Pediculuscorporis (piolho de corpo, muquirana) Pediculus capitis

Pthiruspubis Escabiose (sarna)

O tratamento torna-se dificil por causa da reexposição diante das condições do local de dormida e higiene das roupas. Resaltamos ainda que as picadas de insetos podem levar a abscessos locais, impetigo e celulites.

No tratamento local deve-se ter atenção com o tetmosol (monossulfiram) pelo risco de reação em usuários de álcool, Invermectina é uma boa opção para o cuidado, podendo ser usado o benzoato de benzila.

Ações que podem ser realizadas:

• Orientar os albergues quanto aos cuidados com roupa de cama, evitando o rodízio delas sem higienização.

• Mapear os locais de doação de roupas da cidade ;

• Utilizar dosagem de Invermectina de 2 cp de 6mg em dose única.

• Unidade Básica de saúde que atendem a população em situação de rua com estrutura apropriada de banheiros que possibilitam ao usuario o acesso de higiene pessoal.

• Articulação com outros equipamentos que possibilitam a higiene pessoal e a lavagem das roupas.

7.3 TUBERCULOSE

Existem poucos dados disponíveis sobre a tuberculose (TB) na população em situação de rua que nos permitam traçar com clareza o seu perfil de adoecimento e ou de suas apresentações sobre o processo saúde doença. Mas por meio de estudos já realizados, bem como de depoimento desse grupo social e de técnicos que trabalham junto a ele, estima-se que se trate de um grave problema social e de técnicos que trabalham junto a ele, estima-se que se trate de um grave problema de saúde, sempre com elevada taxa de incidência e de abandono do tratamento. Essa população é considerada pelo Ministério da Saúde como um grupo de vulnerabilidade. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) considera a prevalência de 67x maior de TB que na população geral, de acordo com o estudo realizado em 2004 (Adorno 2004).

Fatores dificultadores:

• Baixa autoestima;

• Alimentação inadequada;

• Sintomas imperceptíveis;

• Uso de álcool e drogas;

• Transtornos mentais;

• Dinâmica de rua, que não contribuem para que os remédios sejam tomados com regularidade.

• Roubo de pertences individuais e ou recolhimento pelos orgãos publicos – entre eles os medicamentos sobre o cuidado do doente.

• Regras rígidas estabelecidas pelo serviço de saúde;

• Fixação de horário e dias de atendimento;

• Definir as unidades de saúde que serão referencia para o atendimento, estabelecendo um fluxo claro entre elas e as instituições de rede de proteção social;

Ações que podem ser realizadas:

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