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Qestinário Homem E Sociedade

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Por:   •  18/11/2013  •  8.464 Palavras (34 Páginas)  •  408 Visualizações

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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - 2° SEMESTRE 2013

DISCIPLINA: ECOSSISTEMAS TERRESTRES

TEMA: BIOMA PAMPA; CAMPOS SULINOS E CAMPOS EM ALTITUDE.

PERÍODOS DE: 12/08 E 02/09/2013

AUTORES: CLEYTON ROGÉRIO SIMÃO

TADEU RODRIGO SALES

ANDERSON HENRIQUE

PROFESSORA: Dra. SONIA SILVEIRA RUIZ

Introdução

O Brasil faz parte dos países com megadiversidade do mundo, todavia as ameaças à fauna, flora e paisagens naturais são alarmante. O país possui seis biomas terrestres: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Pampa além das áreas costeiras. A vegetação campestre do sul do Brazil,chamada de Campos Sulinos que está incluída em dois biomas nesta classificação no Pampa, correspondente à metade sul do estado do Rio Grande do Sul, e no bioma Mata Atlântica. Este último inclui áreas de campos no Planalto Sul-Brasileiro, formando mosaicos com as florestas na metade norte do Rio Grande do Sul (RS) e nos estados de Santa Catarina (SC) e Paraná (PR).

Historicamente, a região dos Campos Sulinos não foi tratada como área prioritária para conservação, assim como outras formações não-florestais no Brasil. Com isso as atuais ameaças e os desafios para sua conservação são apresentados como a maior parte das pesquisas queue tem sido conduzidas no RS e como este possui aproximadamente 75% da área total dos Campos, a maioria dos dados disponíveis é deste Estado.

Devido à sua posição geográfica estar cerca do paralelo 30ºS de latitude, um limite virtual para os tipos de vegetação tropical e estar no leste da América do Sul, o sul do Brasil ocupa uma região de transição entre os climas tropical e temperado, com verões quentes e invernos frios, sem estação seca. Variações no substrato geológico e na altitude também contribuem para a diversidade de tipos vegetacionais da região.

A vegetação natural no sul do Brasil é um mosaico de campos, vegetação arbustiva e diferentes tipos florestais ocupa as encostas leste e os vales do Planalto Sul-Brasileiro, desde o nordeste do RS até a planície costeira e as encostas do planalto de SC e PR. A Floresta com Araucária, com dominância fisionômica de Araucaria angustifolia Kuntze no estrato superior, é encontrada principalmente sobre o planalto do PR, SC e RS, formando mosaicos com Campos naturais.

Os Campos do sul do Brasil estão na região Neotropical e fazem parte de dois domínios biogeográficos, o Amazônico e o Chaquenho, representados pelas províncias do Paraná (PR, SC e norte do RS) e Pampeana (sul do RS). O limite entre essas províncias mais ou menos corresponde ao paralelo 30º de latitude sul, o mesmo limite que separa os biomas Mata Atlântica e Pampa na classificação brasileira. Na Província Paranaense, o relevo é ondulado (Planalto Sul-Brasileiro), a precipitação é alta (1500–2000 mm), sem estação seca, e as temperaturas médias anuais variam entre 16 e 22ºC, exceto em altitudes elevadas (que podem atingir 1800 m, em SC), onde a média é 10ºC. Apesar dos verões serem quentes, podem ocorrer geadas e neve no inverno, especialmente nas áreas mais elevadas. A vegetação campestre que co-ocorre com as florestas subtropicais e de 28 Araucária é considerada uma zona distinta dentro da Província do Paraná, mas, geograficamente, ela está mais ou menos interconectada com a Província Pampeana (Cabrera & Willink 1980). Na Província Pampeana, isto é, na metade sul do RS e áreas adjacentes do Uruguai e Argentina, tanto a precipitação média anual (ca.1200–1600 m) como a temperatura média anual (13-17ºC) são mais baixas que na Paranaense. O tipo de vegetação campestre predomina, com muitas espécies herbáceas, arbustivas e de arvoretas coexistindo na matriz de gramíneas. A maior parte da flora tem origem Chaquenha, mas também há espécies dos domínios Amazônico e Andino-Patagônico.

Há um século atrás, segundo Lindman (1906) percebeu a contradição entre a presença de vegetaçãocampestre no sul do Brasil e as condições climáticas que permitiam o desenvolvimento de florestas. Da mesma forma, a presença de campos na região do Rio da Prata, em áreas onde o clima é aparentemente capaz de suportar vegetação florestal, levou a um intenso debate sobre o então chamado “problema dos pampas". Em síntese, quatro períodos climáticos distintos podem ser reconhecidos desde o final do Pleistoceno até hoje. Entre cerca de 42.000–10.000 anos antes do presente (AP), isto é, incluindo a última glaciação, os campos dominavam a região, indicando um clima frio e seco. A maior parte da região foi, provavelmente, desprovida de árvores, estando os elementos florestais restritos a vales profundos de rios e à planície costeira. Após 10.000 anos AP, as temperaturas aumentaram, mas a floresta com Araucária não expandiu, pois o clima permaneceu seco. Contudo, a floresta Atlântica migrou na direção sul ao longo da costa, onde as condições deveriam ser mais úmidas. A partir do início do Holoceno, o fogo se tornou mais frequente, como indicado pela maior abundância de partículas de carvão em perfis de turfeira. Este aumento esteve

provavelmente relacionado com a chegada das populações indígenas na região, juntamente com um clima mais sazonal. Aproximadamente na mesma época, grandes animais pastadores se extinguiram. As populações indígenas provavelmente utilizavam o fogo para caçar e manejar a terra porém não há evidências diretas sobre isso. Após a metade do Holoceno, cerca de 4000 AP, o clima se tornou mais úmido, permitindo a lenta expansão da floresta, principalmente ao longo dos rios. A velocidade da expansão aumentou após 1100 AP, levando a uma substituição mais pronunciada dos campos pela vegetação florestal, formando áreas maiores de cobertura florestal contínua sobre o planalto e de florestas ripárias nas planícies, os missionários jesuítas introduziram cavalos e gado na região e a pecuária com gado de corte se tornou uma importante forma de uso da terra no sul do Brasil, e assim permanece hoje em dia. Assim como tem sido observado em outros continentes o fogo e/ou pastejo são provavelmente os principais fatores que impedem a expansão florestal em áreas campestres cujas condições climáticas são propícias ao desenvolvimento de vegetação florestal.

A baixa precipitação, em geral menor que 250 mm durante a estação

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