RELATÓRIO DO PRIMEIRO SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA MEDICINA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

HISTÓRIA DA MEDICINA

RELATÓRIO DO PRIMEIRO SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA MEDICINA

SÃO LUÍS – MA

2018

1. MEDICINA NO SÉCULO XIX – A IMPORTÂNCIA DE PASTEUR

O discente Jucelino iniciou a apresentação descrevendo as condições precárias da medicina ocidental e as mudanças ocorridas ao longo do século XIX. Alterações essas que ocorreram no perfil demográfico, por exemplo, quando a população chegou pela primeira vez na história a 1 bilhão de pessoas. Essas mudanças se manifestaram no campo das ciências biológicas, especialmente na medicina. Esta estava bipartida nas vertentes da Anatomia Clínica e da Medicina Laboratorial.

Dentre os avanços mais notáveis observados na área médica no século XIX, as descobertas na microbiologia melhoraram a aplicação das práticas médica e cirúrgica. Louis Pasteur é considerado um dos representantes primordiais nesse avanço, sobretudo, a partir da descoberta dos micro organismos materializada na obra “Teoria dos Germes”, de 1857, conforme apresentou o discente Vinicius. Isso contribuiu significativamente na evolução dos métodos de antissepsia, contribuindo para frear as taxas de infecção no ambiente hospitalar, principalmente no ambiente cirúrgico.

Além disso, acirrava-se a disputa entre duas teorias: biogênese e abiogênese. As pesquisas de Pasteur nos fenômenos da fermentação e putrefação e o seu experimento com frascos em pescoço de cisne, enfraqueceram a abiogênese. Por fim, o discente Vinicius ainda discorreu sobre a Revolução Pasteuriana, enfatizando que além de alterar o contexto atual da sua época, serviu de base para elaboração de diversas outras teorias, como a imunização e vacinação através de patógenos específicos para cada doença.

1. O ESTADO ATUAL DA MEDICINA NO MARANHÃO

O discente Geraldo inicia a apresentação abordando a criação do SUS, explicando sua origem, lógica de funcionamento, bem como a sua importância para a saúde pública no Maranhão, uma vez que surge como um direito a toda a população, assegurando tratamento médico a todos, independentemente da renda. Além disso, falou a respeito das reformas alcançadas no sistema de saúde, a partir do movimento sanitarista na 8ª Conferência Nacional de Saúde, institucionalizando a saúde como direito de todos de forma integralizada.

Posteriormente, o discente Ramilson relatou os problemas na medicina brasileira atual e os seus reflexos no Maranhão. Dentre essas deficiências estão: a má distribuição geográfica dos médicos brasileiros, o investimento em médicos especialistas em detrimento dos generalistas e a má gestão das redes que compõe o SUS. Aprofundando a exposição do contexto atual da medicina maranhense, Ramilson apresentou problemáticas como a deficiência no número de leitos, as filas de espera e a falta de recursos nos pontos de atendimento. Por fim, discorreu a respeito das medidas de intervenção aplicadas a fim de alterar esse quadro, como a abertura de grandes hospitais, que atendem pelo SUS, espalhados pelo Maranhão, aumentando em de mais de 40% o número de leitos.