RELATÓRIO XVI MUNDIAL DA SAÚDE
Tese: RELATÓRIO XVI MUNDIAL DA SAÚDE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rochafranco • 12/1/2014 • Tese • 889 Palavras (4 Páginas) • 534 Visualizações
Esta marcante publicação da Organização Mundial da Saúde procura despertar
a consciência do público e dos profissionais para o real ónus dos perturbações
mentais e os seus custos em termos humanos, sociais e económicos. Ao
mesmo tempo, empenha-se em ajudar a derrubar muitas das barreiras – especialmente
o estigma, a discriminação e a insuficiência dos serviços – que impedem
milhões de pessoas em todo o mundo de receber o tratamento de que
necessitam e que merecem.
Em muitos aspectos, o Relatório sobre a Saúde no Mundo 2001 proporciona
uma nova maneira de compreender as perturbações mentais, oferecendo
uma nova esperança aos doentes mentais e às suas famílias em todos os países
e todas as sociedades. Apanhado geral do que se sabe sobre o peso actual e
futuro destes problemas, bem como dos seus principais factores, o relatório
analisa o âmbito da prevenção, a disponibilidade e os obstáculos do tratamento.
Examina minuciosamente a prestação e o planeamento de serviços e termina
com um conjunto de recomendações de longo alcance que cada país pode
adaptar de acordo com as suas necessidades e os seus recursos.
As dez recomendações para a acção são as seguintes:
1. Proporcionar tratamento em cuidados primários
O controlo e tratamento de perturbações mentais, no contexto dos cuidados
primários, é um passo fundamental que possibilita ao maior número possível
de pessoas ter acesso mais fácil e mais rápido aos serviços – é preciso
reconhecer que muitos já estão a procurar ter assistência a esse nível. Isso não
só proporciona melhores cuidados, como também reduz o desperdício, resultante
de exames supérfluos e de tratamentos impróprios ou não específicos.
PANORAMA GERAL
XVI RELATÓRIO MUNDIAL DA SAÚDE
Para que isso aconteça, porém, é preciso que o pessoal de saúde em geral
receba formação quanto às aptidões essenciais dos cuidados em saúde mental.
Essa formação garante o melhor uso dos conhecimentos disponíveis para o
maior número de pessoas e possibilita a imediata aplicação das intervenções.
Assim, a saúde mental deve ser incluída nos programas de formação, com
cursos de actualização destinados a melhorar a eficácia no tratamento de perturbações
mentais nos serviços gerais de saúde.
2. Disponibilizar medicamentos psicotrópicos
Devem ser fornecidos, e estar constantemente disponíveis, medicamentos
psicotrópicos essenciais em todos os níveis de cuidados de saúde. Estes medicamentos
devem ser incluídos nas listas de medicamentos essenciais de todos
os países, e os melhores, para tratamento das afecções, devem estar disponíveis
sempre que possível. Em alguns países, isso pode exigir modificações na
legislação reguladora. Esses medicamentos podem atenuar os sintomas, reduzir
a incapacidade, abreviar o curso de muitas perturbações e prevenir as
recorrências. Muitas vezes, eles proporcionam o tratamento de primeira linha,
especialmente em situações em que não estão disponíveis intervenções psicossociais
nem profissionais altamente qualificados.
3. Proporcionar cuidados na comunidade
A prestação de cuidados, com base na comunidade, tem melhor efeito sobre
o resultado e a qualidade de vida das pessoas com perturbações mentais
crónicas do que o tratamento institucional. A transferência de doentes dos
hospitais psiquiátricos para a comunidade é também eficaz em relação ao custo
e respeita os direitos humanos. Assim, os serviços de saúde mental devem
ser prestados na comunidade, fazendo uso de todos os recursos disponíveis.
Os serviços de base comunitária podem levar a intervenções precoces e limitar
o estigma associado com o tratamento. Os grandes hospitais psiquiátricos, de
tipo carcerário, devem ser substituídos por serviços de cuidados na comunidade,
apoiados por camas psiquiátricas em hospitais gerais e cuidados domiciliários,
que respondam a todas as necessidades dos doentes que eram da responsabilidade
daqueles
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