SCHEEFFER, Ruth. Teorias De Aconselhamento
Monografias: SCHEEFFER, Ruth. Teorias De Aconselhamento. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: daydecastro • 7/1/2014 • 947 Palavras (4 Páginas) • 2.446 Visualizações
1. Concepção de Homem
A concepção da natureza humana que baseia a Terapia Centrada no Cliente é de que o ser humano é, em sua natureza, basicamente positivo, social, progressista, racional e realista (Rogers,1953, p.56 apud Scheeffer, 1976, p.46);
Todo ser humano tem uma capacidade latente ou manifesta de se autocompreender e de resolver seus próprios problemas. Todo homem exibe, também, uma tendência natural para exercer essa capacidade, ou seja, uma tendência para se realizar, atualizar as suas potencialidades, no sentido de crescimento, ajustamento, socialização, independência, autonomia e saúde. (Scheeffer, 1976, p.46). Esta tendência existe sempre, e o movimento que vem dela é contínuo, mesmo que o crescimento seja, às vezes, doloroso.
“Força motivacional primária do ser humano”.
O homem, para Rogers, revela tendência para desenvolver relacionamentos interpessoais, que são importantes para a sua própria socialização. (Scheeffer, 1976)
O homem é dotado de um conhecimento reflexivo, ou seja, ele sabe que sabe. Isso permite a autovalorização e autocorreção; Essa compreensão é ativa, voltada para a ação, e por isso permite continuação produtiva do processo de solução de problemas, o que marca o crescimento em direção à maturidade (Scheeffer, 1976)
Embora o homem seja dotado da capacidade de se desenvolver sozinho, e guiado por tal capacidade, é necessário que as condições ambientais sejam favoráveis. Scheeffer (1976) nos diz que o ambiente deve oferecer relações humanas favoráveis, sem ameaças psicológicas e restrições que impeçam a emergência de atributos pessoais autênticos (positivos) e de um autoconceito (conceito de “self”, como a pessoa se vê, como julga a sua experiência; imagem que a pessoa tem de si mesma);
Manifestações destrutivas, desajustadas e anti-sociais são os mecanismos de defesa contra o ambiente percebido como desintegrante e ameaçador;
O comportamento humano é distintamente racional (Rogers, 1961 apud Scheeffer, 1976,);
No homem predomina a subjetividade. Ele vive essencialmente seu mundo subjetivo e pessoal. Só pode ser compreendido sob esse aspecto (o homem como fonte de conhecimento de suas experiências - ponto de vista da fenomenologia); (Scheeffer, 1976)
2. Concepção de clínica
Para Rogers, a clínica (portanto aconselhamento e psicoterapia) seria somente um relacionamento particular entre todos os outros vividos pela pessoa, não havendo necessidade ou possibilidade de distinção entre estes dois conceitos. Desta forma, pode-se dizer que a teoria de Rogers se apresenta como uma teoria dos relacionamentos humanos, e não uma teoria especialmente clínica, voltada à psicoterapia.
O aconselhamento psicológico, abordagem centrada no cliente, não difere, portanto, da psicoterapia, uma vez que se considera que qualquer relacionamento humano que tenha uma atmosfera favorável ao desenvolvimento das potencialidades de uma pessoa (sem julgamentos, sem avaliações, com empatia e compreensão do outro) tem os mesmo efeitos benéficos. (Scheeffer, 1976);
3. Objetivos do Aconselhamento Psicológico
Segundo Scheeffer, o processo de aconselhamento é precisamente o contrário das condições que inviabilizaram o desenvolvimento adequado da personalidade do aconselhando (Scheeffer, 1976, p.52).
O objetivo esperado com o aconselhamento psicológico, abordagem centrada no cliente, é o funcionamento do aconselhando como pessoa completa. Escreve Scheeffer que este processo envolve “o desenvolvimento de suas tendências atualizantes e a capacidade de realização, o preenchimento de suas necessidades de consideração positiva (...) a obtenção de congruência interna, que permita ao indivíduo autoaceitar-se na sua autenticidade e ser aquilo que realmente é.” (Scheeffer, 1976, p.53);
Pode-se dizer, então, que o objetivo do aconselhamento é o processo de reorganização do “self”, processo que resulta, para o aconselhando, em ser o que ele é realmente, em “tornar-se pessoa”.
4.
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