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Sexo E Reprodução

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Por:   •  4/11/2014  •  Seminário  •  748 Palavras (3 Páginas)  •  209 Visualizações

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Sexo e Reprodução

Sexo é a forma pela qual os seres vivos se reproduzem. Mas porque existe sexo? Algumas espécies fazem sexo sem nenhuma finalidade reprodutiva e tudo indica que a evolução possibilitou outras funções para o mesmo, além da reprodução. Pesquisas mostram que a reprodução assexuada, ou seja, espécies que não precisam do parceiro sexual para reprodução, estão mais vulneráveis a qualquer agente patogênico, pois durante o processo, a espécie produz uma cópia geneticamente igual a si mesma, enquanto na reprodução sexuada, os genes variados (metade do pai e a outra metade da mãe) possibilitam um maior potencial de adaptação às diferentes condições do ambiente, garantindo assim uma maior diversidade nas características genéticas.

A maioria dos seres vivos tem a capacidade de dominar sua ‘’ seleção sexual’’ o que implica na competição entre parceiros sexuais, possibilitando assim chegar a escolha do parceiro ideal, a partir das características que são importantes no ponto de vista genético. Se tratando da fêmea, por exemplo, esta procura um parceiro macho que possa oferecer boas características genótipos aos seus descendentes. Na situação inversa, ou seja, quando um macho vai escolher a fêmea, ele opta por uma que tenha grandes vantagens evolutivas. A reprodução humana é mais complicada, pois é processada mediante a ocorrência de vários eventos com caráter sequencial e ordenado os parceiros pelos parceiros,como o vínculo do casal, comportamento do parceiro, sustentação dos filhos e etc.

A preocupação da qualidade da vida sexual das pessoas é um assunto que sempre está sendo discutido, isso porque os genes que tornam as pessoas desinteressadas pelo sexo foram eliminados e os que aumentam a reprodução foram selecionados. É comum vermos livros falando sobre os distúrbios sexuais tipo: Ejaculação precoce, dificuldade das mulheres a chegar ao orgasmo. Essas dificuldades enfrentadas por homens e mulheres são exemplos do principio que a seleção natural exerce, maximizando a reprodução e não a satisfação. O orgasmo nos homens é muito mais rápido do que nas mulheres, isso é explicado quando analisamos a dificuldade de reprodução se o homem ejaculasse muito lentamente, a mulher iria se satisfazer mais rápido, iria interromper a relação e os espermatozóides não trariam nenhum benefícios aos genes. A última das metas compartilhadas, a perfeita comunhão entre mãe e feto seria a gravidez, porém como mãe e feto compartilham apenas metade dos seus genes, existem muitos conflitos. O feto aproveita todos os recursos maternos que consegue utilizar, colocando em risco a capacidade da mãe em cuidar dele no futuro e de criar irmãos. O feto manipulará a mãe para que ela forneça mais nutrientes e a mãe usará mecanismos para resistir a essa manipulação.Essas considerações levaram o biólogo David Hairg a prever o conflito entre pais e filhos, essas pequenas diferenças implicam em grandes conflitos. Um exemplo disso é a produção da gonadotropina coriônica humana (hCG) pelo feto e que é secretado na corrente sanguíneo da mãe, ele une-se aos hormônios luteinizantes materno e estimula a produção de progesterona pelos ovários da mãe. Esse hormônio bloqueia a menstruação e permite que o feto continue implantado e é resultado da disputa entre o feto e mãe para manter ou não a gravidez. 78% dos óvulos fertilizados não conseguem ser implantados ou são abortados precocemente, a maioria tem anormalidades cromossômicas. A produção de hCG é uma estratégia do feto para se manter implantado e segundo Hairg, essa produção de hCG pode ser o motivo de náusea e vômito durante a gravidez.

Após todo o conflito entre mãe e feto e o desenvolvimento do bebê, a hora do parto é esperada. A antropóloga Wenda Trevathan observou que outros primatas se isolam na hora do parto, ao contrário das mães humanas, que buscam companhia e apoio. A presença de um auxiliar ou até mesmo a presença de outra mulher que apóie a mãe durante o parto, reduz o índices de cesarianas em 66%. Após o parto o obstetra retira a placenta e minimiza o sangramento. A oxitocina é um hormônio natural que interrompe o sangramento excessivo, muito utilizado e já ajudou a salvar milhares de vida. Além de diminuir o fluxo sanguíneo, é estudado também a função de vínculo humano, a ovelha dá coice e rejeita o carneiro nascido de cesariana porque durante o parto normal, a produção de oxitocina ativa um mecanismo cerebral que faz a mãe se ligar ao cordeiro nascido. Uma pequena dose de oxitocina em uma ovelha faz ela se ligar ao cordeiro nascido de cesariana. Mas os efeitos positivos e negativos desse hormônio ainda precisam ser estudados.

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