TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Sistema Nervoso Central e Obesidade

Seminário: Sistema Nervoso Central e Obesidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/10/2013  •  Seminário  •  2.937 Palavras (12 Páginas)  •  860 Visualizações

Página 1 de 12

SISTEMA NERVOSO CENTRAL E OBESIDADE

A neurociência tem se preocupado em detectar umaárea cerebral mais diretamente relacionada com a obesidade.Atualmente parece ser o hipotálamo o órgãomais diretamente relacionado ao desejo de comer, sendo o assimchamado centro da saciedade localizado no hipotálamoventro-medial

A destruição experimental desse centro dasaciedade causa hiperfagia e obesidade, com excesso dasecreção de insulina (hiperinsulinemia),alterações no controle da temperatura corporal e nosistema nervoso autônomo.

Na parte lateral do hipotálamo estaria o centroda fome. Sua destruição experimental leva a um estadode diminuição da ingestão alimentar e aoemagrecimento acentuado. A participação de algunsneurotransmissores e de diversos tipos de receptores éfundamental para o início e o término de umaalimentação.

NEUROTRANSMISSORES E OBESIDADE

Uma das hipóteses cerebrais para obesidadeé que as pessoas obesas podem comer em excesso porquepossuem menor número de receptores para dopamina, umasubstância química cerebral associada ao prazer.

A dopamina é um dos neurotransmissores, ou seja,mensageiros químicos utilizados pelos neurônios paratransmitir sinais entre si e para todo o sistema nervoso. Adopamina tem um papel importante nas sensações derecompensa, prazer e saciedade, sensações essasassociadas ao comer, sexo, amor, reprodução, etc.Substâncias como álcool, cocaína e nicotinatambém ativam o circuito.

Atualmente os estudos que avaliam afunção de determinados sistemas cerebrais sãochamados estudos funcionais do cérebro e, normalmente,são realizados com Tomografia por Emissão dePósitrons (PET ou SPECT).

Através do PET, tem-se observado que aperformance dopamínica nos obesos tem sido menor, ou seja,poucos receptores de dopamina mostram-se funcionais. A falta dedopamina talvez cause o excesso de apetite para compensar aatividade diminuída nesse sistema de recompensa esaciedade.

Essa mesma linha de pesquisa também temencontrado poucos receptores de dopamina nos cérebros daspessoas viciadas em álcool, cocaína eopiáceos, o que sugere um menor número de receptoresem pessoas com vícios, seja ele qual for. Talvez por isso oComer Compulsivo esteja classificado junto com os TranstornosAdictivos.

Existem sérias dúvidas do tipo "o ovoou a galinha", ou seja, é preciso determinar seé a falta de receptores a causa da obesidade ou se aobesidade é que causa a diminuição dereceptores. Uma outra teoria seria sobre o excesso de comidaestimular cronicamente o cérebro a produzir excesso dedopamina mas, com o tempo e como adaptação, osneurônios reduziriam o número dos receptores. Enfim,as pesquisas estão caminhando nesse sentido.

De fato, os medicamentos com ação sobre oapetite atuam sempre sobre neurotransmissores como dopamina ouserotonina, como é o caso dos anorexígenos ou, maismodernamente, dos estimulantes da saciedade (sibutramina).

OBESIDADE INFANTIL

A incidência de obesidade na infânciaestá aumentando em todo o mundo. No Brasil tambémestá ocorrendo um aumento marcante da obesidade infantil e,além das possíveis complicaçõesclínicas da obesidade, com o crescente apelo estéticode um padrão de beleza sempre magro, aimplicação da obesidade na auto-estima infantiltambém tem sido um fator muito importante.

A obesidade infantil prepondera no primeiro ano eapós o oitavo ano de vida, é maior nasfamílias de renda maior (11,3 %) do que naquelas de menorrenda (5,3 %). Mas, em qualquer faixa sócio-econômica,a vida moderna tem criado condições para odesenvolvimento de obesidade em crianças, na medida em quesão impedidas de saírem de casa (por causa daviolência) e, desta forma, deixam de correr naspraças, andar de bicicleta e participar de outrasbrincadeiras de boa atividade física.

Atualmente as crianças ficam muito em casa,dentro de seus quartos, sentadas ou deitadas na cama, jogamvideo-game, navegam pela internet, assistem vídeos ouestão ligadas na TV. Pesquisas têm revelado que 26%das crianças americanas, entre 8 e 16 anos, passam 4 ou maishoras em frente à televisão diariamente. Essesestudos procuram relacionar o hábito de ver TV com aobesidade infantil.

O ganho de peso acima do normal é, geralmenteestimulado já nos primeiros anos de vida, pois afamília, principalmente mães e avós têm,a idéia de que nenê gordinho é sinal desaúde. A obesidade deve ser prevenida tão logo acriança nasça, pois, o ganho de peso acima doesperado, aumenta o número de células gordurosas efavorece o aparecimento de obesidade no futuro. Como se viu acima,da Obesidade Hipercelular.

É preciso alertar para o fato de ser em tornodos dois anos e meio que se definem o número decélulas gordurosas de uma pessoa adulta e, normalmente, umacriança com excesso de peso possa a ter maior númerode células gordurosas que uma criança com pesonormal. Na fase adulta, tendo maior número de célulasgordurosas, essa pessoa terá maior dificuldade em se mantermagro. O contrário é verdadeiro, ou seja, as pessoasque possuem menor número de células gordurosas, mesmovenham a ganhar algum peso, não serão obesas,já que possuem poucas células que armazenamgordura.

É freqüente pais desejarem que o filho sejacheio de dobrinhas e bem gordinho. É freqüentetambém que essas crianças gordinhas percam o excessode peso ao começarem a engatinhar e a andar. O problemacomeça a ficar sério quando a criança continuaa ganhar peso excessivamente depois de 1 ano de idade. Aos dois outrês anos de idade, o excesso de peso antes elogiado pelosavós, ao invés de agradar, passa a incomodar pais,familiares e a própria criança. Nessa fase, as mesmaspessoas que achavam linda a criança gordinha, passam a dizerque um regimezinho agora até que seria bom.

A melhor maneira de evitar a obesidade infantilé tomar alguns cuidados antes mesmo do nascimento. Paisobesos e com padrões alimentares ricos em gorduras,calorias, sal e açúcar, são fortes candidatosa ter filhos obesos.

Neste caso, o bebê deve ter umaalimentação inicial baseada exclusivamente no leitematerno durante os seis primeiros meses de vida, tendo em mente quequanto mais tempo durar a amamentação, melhor. Apartir do primeiro ano de vida, fase em que a criançacomeça a ingerir alimentos sólidos, as frutas,legumes e carnes magras devem entrar no seu cardápiodiário. A primeira lição que a criançadeve aprender é que o açúcar deve serconsumido em pequenas quantidades e após asrefeições.

Dessa forma, o aleitamento

...

Baixar como (para membros premium)  txt (21.8 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com