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Síndrome Pós Pólio

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Por:   •  1/7/2014  •  455 Palavras (2 Páginas)  •  374 Visualizações

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Síndrome pós pólio - Manual dR Acary Jr

Prefácio

Nas últimas três décadas tem-se observado mais acuradamente ao redor do

globo que muitos dos indivíduos que tiveram a poliomielite paralítica desenvolvem, décadas mais tarde, um conjunto de problemas de saúde como fadiga excessiva, dor muscular e articular, e a nova fraqueza muscular, o mais alarmante de todos os sinais e sintomas.

Na década de 70, por causa de poucos artigos na literatura médica sobre as

alterações neurológicas, a postura dos profissionais de saúde foi de ceticismo. Para complicar ainda mais, esse conjunto de sintomas não tinha nome. E sem nome, não existia doença. Somente na década de 80, após o conhecimento da história de milhares de pessoas com os mesmos sintomas na fase tardia da pólio, a comunidade médica adotou o nome Síndrome Pós-Poliomielite (SPP).

A síndrome Pós-Poliomielite, entretanto, não foi uma nova descoberta, os

sintomas foram descritos pela primeira vez na literatura médica francesa em 1875, e na literatura médica mundial cerca de trinta e cinco artigos foram publicados até 1975. Em nosso país a história registrada da transmissão autóctone do vírus da poliomielite foi de 78 anos e após dezoito anos do último caso muitos dos sobreviventes estão vivenciando os sintomas da SPP.

Temos observado, sob uma forma sistemática que a SPP é uma realidade no

Brasil. Mais de cinqüenta por cento dos pacientes atendidos em nosso serviço com história prévia de poliomielite apresentam a nova fraqueza muscular, acompanhada de outros sinais e sintomas muitas vezes de caráter limitante. A caracterização dessa entidade exigiu uma mudança na forma de atendimento a estes pacientes, sob uma forma padronizada com envolvimento da multidisciplinalidade. Descobrimos que estes pacientes são diferentes, apresentam características próprias que precisam ser melhor entendidas e tratadas.

Os conhecimentos propiciaram implementação de serviço específico no

ambulatório de Doenças Neuromusculares na UNIFESP/EPM e reuniões informativas regulares para os pacientes. Nestas reuniões com o engajamento pró-ativo dos pacientes a criação da ABRASPP - Associação Brasileira de SPP.

Neste momento no processo do conhecimento da SPP em nosso país, a

interação e a cooperação entre a Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista 16 de Medicina – Departamento de Neurologia e Neurocirurgia - Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares - ambulatório de SPP, a Secretaria de Estado da Saúde – Coordenadoria de Controle de Doenças – Centro de Vigilância Epidemiológica – Divisão de Doenças de transmissão Hídrica e Alimentar, a Secretaria de Saúde do Município de São Paulo – Coordenação de Vigilância em Saúde – Centro de Controle e Prevenção de Doenças e a Associação Brasileira de Síndrome Pós-Poliomielite, permitiram a elaboração deste manual que traz importante contribuição para o conhecimento da SPP e seu tratamento.

Acary Souza Bulle Oliveira

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