Teratologia
Casos: Teratologia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gkscardua • 25/3/2013 • 1.278 Palavras (6 Páginas) • 926 Visualizações
Teratologia
A Teratologia (teratos = monstro; logus = estudo) consiste no estudo das malformações congênitas, ou seja, das anomalias de desenvolvimento que provocam alterações morfológicas presentes ao nascimento.
O QUE SÃO MALFORMAÇÕES OU ANOMALIAS CONGÊNITAS?
As malformações ou anomalias congênitas são alterações ou defeitos estruturais ou funcionais presentes no momento do nascimento e originadas de uma falha na formação de um ou mais constituintes do corpo durante o desenvolvimento embrionário.
Sendo “constituintes do corpo” os diferentes tipos de organização, desde o molecular até o orgânico.
As alterações morfológicas, citadas no conceito, podem variar de uma formação defeituosa de um ou mais órgãos até a ausência completa destes.
Para se entender a origem das malformações, conceitos de Embriologia Humana devem ser considerados, entre eles, o de indução embrionária.
A indução embrionária consiste na capacidade de um tecido orientar a diferenciação e evolução de tecidos vizinhos. Assim, um grupo primário de células determina (induz) a multiplicação e a diferenciação de um segundo grupo celular, que por sua vez age em um terceiro, e assim sucessivamente. O desenvolvimento embrionário, pois, pode ser definido como uma série sucessiva de induções de ordem crescente, ou seja, em que há, a cada indução, influência de um grupo cada vez maior de células.
A seqüência dos processos de indução promove uma variedade morfofuncional das células embrionárias, que passam a se organizar em grupos conforme a sua semelhança. Formam-se, então, os tecidos, a partir dessa diferenciação (especialização) e crescimento celular. São traçados os primeiros esboços dos órgãos do futuro nessa fase embrionária, denominada "organogênese". Na organogênese, é de crucial importância a migração celular. A atividade dinâmica dessas migrações é orientada pelos fenômenos indutores e, principalmente, pelo meio em que se encontra o embrião. Assim é que o efeito gravitacional, o gradiente de concentração do meio, oxigenação etc. são elementos determinantes na organização do ser.
Diante da complexidade dos acontecimentos que envolvem os processos de desenvolvimento embrionário, fica evidente que qualquer irregularidade nos fenômenos de transformação presentes neste processo pode levar ao aparecimento de malformações.
Uma ação perturbadora sobre a proliferação, a migração ou a diferenciação celular pode induzir uma cascata de efeitos que culminam nas anomalias de desenvolvimento. Daí o período de organogênese ser o mais vulnerável aos efeitos teratogênicos (agentes que comprovadamente agridem as células durante a fase embrionária), uma vez que, nesta fase, estas três atividades - proliferação, migração e diferenciação - são constantemente observadas. Os tecidos já diferenciados também podem ser afetados pelos agentes teratogênicos, apesar de o risco de malformações ser reduzido depois que a morfogênese está completa.
Tipos de anomalias:
_Malformações: ocorrem durante a formação de estruturas durante a organogênese. Elas podem resultar na ausência total ou parcial de uma estrutura ou em alterações na configuração normal. As malformações são causadas por fatores ambientais e ou genéticos, agindo de modo independente ou em conjunto. A maioria das malformações tem sua origem no período que vai da terceira a oitava semana de gestação.
Cada sistema de órgão pode ter um ou mais estádios de suscetibilidade. Poe exemplo, a fenda palatina, que pode ser induzida do estádio de blastocisto ao estádio de quando os processos palatinos estão se formando. Além disso, apesar da maioria das anormalidades serem produzidas durante o período da embriogênese, defeitos também podem ser induzidos antes ou depois desse período de tal modo que nenhum estádio do desenvolvimento é totalmente seguro.
_ deformações: são causadas por forças mecânicas que moldam uma parte do feto durante um período de tempo prolongado. Um exemplo é o pé torto, causado por compressão na cavidade amniótica. Frequentemente as deformações envolvem o sistema músculo esquelético e podem ser reversíveis após o nascimento.
_Síndromes: refere-se a um grupo de anomalias que ocorrem juntas e tem uma etiologia específica, comum.
Agentes teratogênicos
Teratógenos ou teratogênicos são os agentes que podem induzir ou aumentar a incidência das malformações congênitas quando se atuam uma mulher em gestação.
Fatores genéticos
a) fatores gênicos: envolvem a herança dos genes que causam a anomalia. Um exemplo de malformação oriunda desse fator é a polidactilia (o indivíduo apresenta mais de cinco dedos, principalmente nas mãos).
b) fatores cromossômicos: abordam as aberrações cromossômicas representadas pelo número anormal de cromossomos. Um exemplo seria a Síndrome de Down.
Fatores ambientais
a) agentes infecciosos: um teratógeno desse tipo é o vírus da rubéola, cuja infecção, nas primeiras quatro semanas após a concepção, possui altos riscos de gerar malformações do tipo lesões cardíacas, microcefalia (encéfalo pequeno), retardo no crescimento etc.
b) agentes químicos: envolvem substâncias químicas e drogas. Exemplos clássicos seriam: o álcool (causando hipoplasia maxilar (maxila pequena), microcefalia (encéfalo pequeno) e retardo do crescimento) e a talidomida,uma droga utilizada no passado durante a gestação para alívio de enjôo (provocando focomelia, ou seja, mãos e pés inseridos diretamente no tronco) etc.
c) agentes físicos: destaca-se, principalmente, a radiação. Pode causar cegueira, defeitos cranianos e microcefalia (encéfalo pequeno).
Fatores cronológicos
Dependendo do estágio de desenvolvimento embrionário no qual atua o teratógeno, as manifestações das malformações são variadas. Um exemplo seria a rubéola que, se adquirida durante na sexta semana , determina o aparecimento de alterações oculares. Por outro lado, se a infecção corre na oitava semana, há o condicionamento de surdez congênita.
Fatores constitucionais
A constituição genética de uma população é um fator importante de predisposição a determinado efeito teratogênico. Assim, um agente comprovadamente
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