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A situação do consumo de hidratos de carbono

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Por:   •  11/9/2013  •  Artigo  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  564 Visualizações

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Os carboidratos são subdivididos em:

1) monossacarídeos (com um açúcar por

molécula), 2) dissacarídeos (com dois

açúcares por molécula) e 3) polissacarídeos

(com inúmeros açúcares por molécula).

Curiosamente, ao contrário dos carboidratos

simples (mono e dissacarídeos), os

carboidratos complexos (polissacarídeos) não

possuem sabor doce (Rugatto, 2003).

Biesek (2005) destaca que o valor

nutricional dos alimentos é influenciado por

algumas propriedades dos carboidratos:

absorção no intestino delgado (digestibilidade

e velocidade), metabolismo dos monômeros

absorvidos e produtos da fermentação no

intestino delgado (digestibilidade, velocidade e

natureza). A extensão da digestão no intestino

delgado (digestibilidade) determina a fração do

carboidrato total que passará ao intestino

grosso para ser fermentado. A digestibilidade

do carboidrato é considerada a mais

importante propriedade nutricional. A

velocidade de absorção no intestino delgado

determinará as respostas glicêmicas e

hormonais após uma refeição, sendo expressa

como índice glicêmico.Durante a prática regular de atividade

física prolongada, o consumo de alimentos de

médio índice glicêmico são bem tolerados. O

esvaziamento gástrico ocorre com maior

facilidade neste grupo de alimentos quando

comparados aos de alto índice glicêmico na

mesma concentração (Hirschbruch e Carvalho,

2002).

A situação de consumo de

carboidratos antes, durante e após o esforço,

estimulou o aparecimento de grandes

variedades de produtos no mercado visando

aos atletas e praticantes de atividade física

prolongada em geral. Os produtos orientados

ao consumo pré-esforço geralmente são

formulados com polímeros de glicose

(maltodextrina, por exemplo) e devem

respeitar concentrações de até 20%. Isto faz

com que o seu consumo não comprometa

intensamente o direcionamento do fluxo

sanguíneo a musculatura durante o exercício.

Já a mesma concentração, porem com

estruturas moleculares menores (glicose,

frutose, etc.) provocará grandes alterações da

osmolaridade gástrica, resultando um

acentuado direcionamento circulatório para

esta região. Ao realizar a contração muscular,

então haverá o redirecionamento deste fluxo

para a musculatura exercitada, provocando um

desconforto gástrico e favorecendo manobras

do tipo vomito (Hirschbruch e Carvalho, 2002).

DEPLEÇÃO DAS RESERVAS DE

GLICOGÊNIO MUSCULAR.

Muitos estudos, ao longo das últimas

décadas, têm demonstrado a relação direta

entre os níveis de glicogênio muscular préexercício

e o tempo de exaustão durante o

esforço (Bergström e colaboradores, 1967;

Karlsson e Saltin, 1971; Mcconell e

colaboradores, 1994 e Mitchell e

colaboradores, 1989). Dessa forma, a

depleção das reservas de glicogênio muscular

tem sido freqüentemente associada à fadiga

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo v. 2, n. 10, p. 211-224, Julho/Agosto, 2008. ISSN 1981-9927.

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Revista Brasileira de Nutrição Esportiva

ISSN 1981-9927 versão eletrônica

Per iódico do Ins t i tuto Brasi lei ro de Pesqui sa e Ensino em Fi s iologia do Exercício

w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r

em diferentes exercícios físicos (Coggan e

Coyle, 1987; Coyle e colaboradores, 1986).

Em esforços prolongados, realizados

sob intensidade moderada (60% a 85% do

VO2 máximo), o consumo da glicose é

intensificado, principalmente nos estágios mais

avançados do esforço, para o fornecimento de

energia, visto que, nesse momento, as

reservas de glicogênio muscular se encontram

reduzidas, o que contribui acentuadamente

para a queda do rendimento (Coggan e Coyle,

1987). Portanto, a depleção das reservas de

glicogênio muscular apresenta uma forte

correlação

...

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