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Relatório Energy Drink

Por:   •  21/6/2016  •  Seminário  •  3.085 Palavras (13 Páginas)  •  436 Visualizações

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1.        INTRODUÇÃO

  1. BEBIDA ENERGÉTICA OU ENERGÉTICO OU ENERGY DRINK

A Bebida energética ou Energy Drink é uma bebida não alcoólica que estimula o metabolismo e tem como finalidade fornecer ao consumidor energia através da ingestão de estimulantes ou semelhantes (BONCI, 2002). São consideradas também bebidas não alcoólicas, que prometem energia extra, imediata, estimulando o estado de vigília e melhorando a resistência física, além disso, e prometem promover sensação de bem estar (GHORAYEB; AMPARO & PERRONE, 2013).

Inicialmente, foram desenvolvidas para incrementar a resistência física, aumentar a concentração nas atividades exercidas, evitar o sono, proporcionar sensação de bem-estar, estimular o metabolismo e eliminar substâncias nocivas para o corpo. Estas bebidas são geralmente embaladas em latas finas com um visual atrativo e posicionadas entre os principais produtos do mercado de bebidas (HEALEY, 2004).

As bebidas energéticas também são consideradas estimulantes, pois proporciona um “estado de alerta” para a mente e o corpo e têm em sua composição basicamente taurina, cafeína e inositol ou também essências de guaraná (BONCI, 2002). Além da cafeína, essas bebidas contêm outras substâncias como vitaminas, aminoácidos, e algumas delas também contêm extratos de ervas tais como Gingko biloba e Ginseng (TEIXEIRA, 2008). Compunham, normalmente nessas bebidas a água, os carboidratos e aminoácidos. O carboidrato tem a função de prover o nutriente energético, as vitaminas, com função de suplementação indireta para facilitar melhor ação do sistema nervoso central, junto com os aminoácidos (CARVALHO et al., 2006).

O risco associado aos altos níveis de cafeína parece ser o problema mais comum destas bebidas, em comparação a outras substâncias que a compõem. Os principais ingredientes da maioria destas bebidas são: taurina, cafeína, guaraná, ginseng, glucuronolactona e vitaminas. Algumas possuem minerais, inositol e carnitina, entre outras substâncias. Muitos destes componentes são de origem vegetal. Alguns ingredientes são classificados como adaptógenos, pois ajudam a normalizar funções de sistemas do corpo alteradas pela tensão (BALLISTRERI & CORRADI-WEBSTER, 2008).

O potencial risco de consumo das bebidas energéticas seria aumentado pelo uso concomitante com outras substâncias, como o álcool. Isto poderia desencadear uma série de transtornos como convulsões, arritmias e morte súbita. Por outro lado, as bebidas energéticas parecem retardar os efeitos depressores do álcool, levando ao consumo de mais bebidas alcoólicas (DALL’AGNOL; DI CIERO & BOTELHO, 2002). Bebidas denominadas energéticas foram “criadas" para incrementar a resistência física, proporcionar reações mais rápidas e maior concentração, aumentar o estado de alerta mental, evitar o sono, proporcionar sensação de bem estar, estimular o metabolismo e ajudar a eliminar substancias nocivas ao corpo (FERREIRA et al., 2004).

Energéticos são produtos compostos líquidos prontos para consumo a qual o conteúdo de álcool deve ser menor que 0.5% e de cafeína deve ser no máximo de 350 mg/l. É ainda obrigatória a demonstração no rótulo do conteúdo de cafeína e advertência em destaque e negrito acerca de idosos e portadores de enfermidades, alertando para consultar o médico antes de consumir o produto e advertência para crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades, além, também, de não recomendar o consumo com bebida alcoólica”. Os termos “Bebida Energética” ou “Energy Drink” são permitidos nos rótulos, mas passam a ser proibidas expressões como “Estimulante”, “Melhora de Desempenho” ou equivalentes (BRASIL, 2005).

É muito importante fazer distinção entre bebidas energéticas e as bebidas conhecidas como bebidas para o esporte (sport drinks) ou bebidas isotônicas, que são produtos com diferentes funções e composição, embora os termos sejam usados de forma permutável (AMENDOLA et al., 2004). As bebidas para o esporte são principalmente designadas para repor fluídos e prover carboidratos e não contém normalmente os principais ingredientes das bebidas energéticas tais como: cafeína, taurina e glucoronolactona (SAFEFOOD, 2002).

Essas bebidas são essencialmente formuladas e elaboradas para praticantes de atividade física, sendo que nessa categoria estão excluídas as bebidas alcoólicas e bebidas gaseificadas; produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, como por exemplo, a cafeína; hormônios e outras consideradas como dopping (BRASIL, 1998).

O risco do consumo dos energéticos se baseia não só em sua combinação com o álcool ou com outras substâncias psicoativas, mas na “toxicidade” do estilo de vida que causa aceleração, descontrole e rendimentos anormais (BALLISTRERI & CORRADI-WEBSTER, 2008). As bebidas energéticas possuem um grande potencial de mercado, dado a grande variedade de componentes em sua formulação, cada um contendo suas características de funcionalidade. Por serem produtos ainda relativamente novos no mercado, existem muitas controvérsias a respeito das concentrações adequadas de uso e a respeito dos reais efeitos destes ingredientes no organismo (CARVALHO et al., 2006).

1.2 INGREDIENTES PRESENTES NAS BEBIDAS ENERGETICAS

1.2.1 Cafeína

A cafeína, a substância mais presente nas bebidas energéticas, mostra positivo durante o exercício devido, principalmente, a sua ação estimulante sobre o sistema nervoso central junto à ação de outros micronutrientes (ALTIMARI, et al., 2001)

.A cafeína é substância de maior uso, aceitação social e abrange o mundo, 12,13 ela é um alcaloide purínico da classe das metilxantinas (1, 3, 7-trimetilxantina), de ocorrência natural em folhas de mate, café, cacau e noz de cola (CARRILO & BENITEZ). Devido isso, a cafeína ser uma das substâncias mais largamente utilizadas no planeta, o seu uso abrange os interesses dos consumidores de alimentos, bebidas e medicamentos. E segundo a legislação brasileira, o composto líquido pronto para consumo pode conter o limite máximo de 35 mg/100mL de cafeína em sua composição (BRASIL, 2005).

A cafeína exerce uma ação inibidora sobre os receptores do neurotransmissor de adenosina, situados nas células nervosas, sendo que, essas respostas fisiológicas com a administração de cafeína são opostas às de adenosina, por isso há uma sensação de revigoramento, diminuição do sono e fadiga com isso, a cafeína exerce um efeito sobre a descarga das células nervosas e a liberação de alguns neurotransmissores e hormônios, como a adrenalina (BORSTEL, 1993).

1.2.2 Taurina

A Taurina ou ácido beta-aminossulfônico é um composto final do metabolismo dos aminoácidos sulfurados (metionina e cisteína) que se encontra conjugada com ácidos biliares de sódio e potássio, formando o ácido taurocólico, um dos ácidos da bile alcalina, essencial para absorção dos lipídios. A síntese de Taurina ocorre a partir dos aminoácidos metionina e cisteína, através de uma sequência de reações enzimáticas de oxidação e transulfuração que requerem a participação da vitamina B6 como cofatora (HUXTABLE, 1998).

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