Relatório Estágio Nutrição
Por: leilaschreider • 19/11/2023 • Relatório de pesquisa • 2.430 Palavras (10 Páginas) • 94 Visualizações
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Carlos Cordeiro
Carlos Hadade
Leila Schreider
Mayara Rodrigues
Vanessa de Melo
Jessica Kruschewsky
- INTRODUÇÃO
Cada vez mais a procura por qualidade de vida aumenta, tal procura é feita por diferentes motivações como melhora do condicionamento físico, melhora na saúde, por estética, entre outras. Independente da motivação as pessoas procuram por ofertas de fácil acesso e aplicação, muitas vezes se torna mais cômodo acompanhar e colocar em prática medidas disponibilizadas nos canais da mídia, que se apresentam facilmente e prometem resultados superiores, do que realizar um acompanhamento periódico com profissionais licenciados para determinados fins. O objetivo deste trabalho tem como foco principal compreender e analisar os meios que a mídia utiliza para influenciar as pessoas a consumirem seus produtos e realizar uma revisão analisando o papel da mídia na alimentação e os possíveis impactos ao longo da vida, para tal objetivo realizou-se pesquisas com levantamento de dados relevantes e também entrevistas com profissionais. Conclui-se, portanto que para auxiliar tanto os profissionais como o público é necessário antes identificar as potenciais problemáticas para então se apontar as resoluções. |
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Vivemos na era da expansão tecnológica o que cada vez mais oferece diversos recursos para a mídia e meios de comunicação. Tal crescimento tecnológico é vital para diferentes frentes de desenvolvimento inclusive a saúde. Mas por vezes, a facilidade em se obter informação acaba sendo prejudicial como no caso das informações a respeito de exercícios e boa alimentação. Por se tratarem de canais midiáticos alimentados por qualquer pessoa muitas dessas informações não tem base científica e acabam influenciando de maneira negativa. Os hábitos nutricionais são de extrema importância para a saúde e bem estar das pessoas. Ele acontece não somente pelo o que lhe é ensinado, mas também pela observação das pessoas que lhe sirvam de exemplos, pela influência que elas exercem sobre elas. Eles podem se influenciados por diversas maneiras e fatores como a cultura e costumes de um povo, religião, estilo de vida, escola, amigos, condição que se vive e muito também pelo o que a mídia fornece. Hoje a alimentação é vista também como um dos fatores contribuintes para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, que começam a surgir cada vez e em pessoas mais jovens. ‘’A alimentação é uma das necessidades mais importantes para o desenvolvimento do ser humano, não somente no aspecto biológico, como também por envolver os aspectos sociais, psicológicos e econômicos. O alimento se faz presente em todas as etapas de nossa vida, contudo, é na infância e na adolescência que ele se torna mais importante ‘’ (KART; HUBSCHER; MURA, 2007) Como Miotto relata em sua monografia ‘’Os meios de comunicação influenciam muito o consumo de alimentos, pois a alimentação engloba tanto a necessidade, quanto o desejo do indivíduo. Hoje, esses meios representam fonte de informação, entretenimento e educação, e transmitem aos mais diversos lugares, dados sobre como as pessoas se comportam, se vestem, o que pensam, como aparentam ser, e como se alimentam’’ (MIOTTO, 2006). A mídia influencia diretamente e com muita força a alimentação, vendo que as pessoas não associam a alimentação apenas às necessidades fisiológicas, mas também desejos e muitas vezes como forma de obter prazer e recompensa. Através da mídia temos acesso à educação, informação, entretenimento, comportamento e as tendências, pessoas se comportam, vestem e se alimentam influenciadas por essa ferramenta, no caso da alimentação, infelizmente, visando lucro o grande incentivo de consumo de alimentos ultra processados vem levando muitas pessoas a comprometer a saúde e estética. Hoje, somos diariamente expostos ao que a mídia oferece em termos de estratégias para a divulgação de produtos alimentícios, oferecendo forte influência sobre nossos hábitos alimentares. Visto que atualmente em função da vida que levamos, na correria do dia a dia os meios de comunicação seja TV, rádio, revistas, outdoor, filmes, aplicativos de internet, se prevaleçam em vender a ideia de consumir produtos, onde mostram apenas pontos positivos em consumir esses produtos, do que necessariamente os reais perigos que ele pode oferecer a saúde, usam de estratégias como, por exemplo, pessoas famosas para divulgá-los, sendo que quando vistas, toma-se como exemplo, como pessoas a seguir ou a copiar, como se fosse algo de bom para sua vida. A mídia influencia pessoas de diferentes idades, desde crianças a idosos. No caso das crianças se torna ainda mais negativo já que estas ainda não possuem o discernimento do que é ou não saudável, do quem tem ou não nutrientes, sendo facilmente dominados por propagandas com personagens animados, por super-heróis e outros, fazendo que criem um padrão de alimentação não saudável desde cedo. Os comerciais usam estratégias de marketing que sejam atrativas a esse público mesmo que escondam a verdade sobre muito alimentos divulgados como no caso dos ultra processados. “A publicidade de alimentos ultra processados domina os anúncios comerciais de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens. ” (GUIA ALIMENTAR, 2014, P.117) Tendo em vista essas informações, e as mais variadas consequências que uma má alimentação pode gerar, cabe a família fazer com que as crianças despertem e desenvolvam o senso crítico do que é importante para a saúde e o que pode fazer mal. O acompanhamento dos pais e educadores, mostrando que a intenção da propaganda é mais vender do que propriamente nutrir, é umas das operações que se pode fazer para tentar mudar essa situação. Também, diminuir o tempo em que as crianças ficam em frente à tv, disponibilizando mais tempo para atividades físicas, e orientar sobre a importância de se alimentar com frutas, legumes e produtos naturais, mostrando o quantos elas podem ser benéficas é outra forma de auxiliá-las. Entre os adolescentes as redes sociais são unanimidade, são usadas para variados fins inclusive para acompanhar blogueiros que se dedicam a compartilhar seus estilos de vida. A maioria desses influenciadores passam dicas de estratégias que funcionaram para si mesmos e o público acaba copiando sem outro embasamento, esquecendo que cada organismo tem necessidades diferentes. Nos assuntos relacionados à estética, exercícios e alimentação a crescente de procura deste publico em redes sociais se mantém como se pode ver na tabela a seguir que foi realizada segundo pesquisa realizada em uma escola da rede pública de São Paulo. [pic 2] Entre os adolescentes a insatisfação com a aparência já revela a necessidade de se criar canais que sejam atrativos para esse público, mas que comuniquem de forma clara informações verídicas e que não possam ser prejudiciais. A tabela a baixo, extraído da revista Saúde edição 8 de 2021, mostra a relação de idade e percentual de acordo com os pontos de insatisfação apontado por esse público. [pic 3] Indiferente da idade toda e qualquer pessoa pode ser prejudicada por manter hábitos alimentares não saudáveis, o tipo de alimentação pode ser determinante no desenvolvimento de uma serie de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol. Esses hábitos alimentares são fortemente influenciados pela mídia, pois a sua publicidade envolve produtos que fazem praticamente milagres, oferecem energia para o dia a dia, nutrientes para o bom desenvolvimento do organismo, emagrecimentos, lanches rápidos para não perder muito tempo no preparo, ela mostra que biscoitos, salgadinhos, hambúrgueres são produtos fundamentais e saudáveis para a saúde, escondendo que são produtos altamente calóricos, cheios de açúcares e sódio, do qual são muito prejudiciais ao organismo. A nutricionista Camila Maria Reis alerta para o tipo de mídia que desinforma quem já não tem informação. “ Já assisti a programas de televisão onde um convidado passava informações completamente erradas sobre substituições alimentares. Muitas pessoas tem acesso limitado a informação por diferentes motivos e acabam sendo prejudicadas por acreditar em comerciais e fontes que não tem respaldo.” Conta Camila durante esta entrevista. Os profissionais da área da saúde devidamente licenciados precisam disponibilizar boas técnicas para seu público bem como garantir a funcionalidade dos métodos que aplicam. Para tal passam por anos de estudo de graduação e a maioria realiza especializações dando continuidade a esses estudos. Ao procurar orientação de não profissionais o paciente acaba trazendo danos a si mesmo e também a esses profissionais. A dona de casa Tassia Alessandra Souza participou desta pesquisa faz o seguinte relato: ‘’No ano de 2019 com a pandemia passei a acompanhar mais as redes sociais principalmente canais sobre saúde, lembro que testei diversas receitas e tratamentos alternativos que prometiam aumentar a imunidade, que naquele ano foi desejo de tantas pessoas para se proteger do vírus, um ano depois tive intoxicação e prejudiquei o funcionamento dos meus rins devido ao uso excessivo de um chá. Entendo que fiz o uso sem indicação de um profissional e que a responsabilidade foi minha, mas o fato de ter sido influenciada em um período que estava com medo e psicologicamente abalada também conta. ’’ Com histórias como a da Tassia se percebe a influência da mídia que por vezes acaba atuando negativamente na saúde dos consumidores. Nesta pesquisa também foi feito trabalho de campo com uma aluna do ensino médio de 17 anos que deixa claro em sua fala que as redes sociais e propagandas afetam muito a forma dela de pensar e de enxergar o próprio corpo. Ela mostra em seu aparelho celular que segue inúmeras influenciadoras e além de comprar produtos indicados por elas também faz uso de suplementos e vitaminas que são indicados nessas contas, mesmo sabendo que não tem respaldo profissional. É relevante conceituar que estamos falando de uma geração que já nasceu na era digital. Essa geração busca na mídia respostas para questões cotidianas e descontentamentos. Se imagens de corpos “perfeitos” são veiculados e essas pessoas as veem repetidamente, começam a acreditar que é uma versão da realidade, e não alcançar tal ideal é motivo de frustração e insatisfação. Há evidências, portanto, do impacto do uso das mídias sociais, mesmo que ainda existam poucos estudos sobre a temática, especialmente entre adolescentes e crianças, público mais vulnerável e que consome e é fortemente influenciado por essa mídia. Esse achado é muito relevante, uma vez que as pessoas estão intensamente envolvidas com o uso da internet em seus celulares, tabletes e computadores, acessando frequentemente essas mídias. Os comerciais de televisão e revistas também acabam entregando imagens e dados muitas vezes apelativos visando apenas à venda do produto. Nota-se a crescente influência destes canais na forma de pensar e no comportamento alimentar de cada vez mais pessoas em todas as idades. |
3. METODOLOGIA
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